* Passeios noturnos ao hospital *

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                          Arthur

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                          Arthur.                                

  Tento arrombar a porta enquanto faço tudo o que posso para que minha mão machucada não fraqueje e a deixe cair.

 Aquela porra está a menos de um metro de nós e é impossível sair por outro lugar. Uma luz branca ofusca a minha visão e um calor nunca visto surge.

Me viro de costas para a gosma e me jogo contra a porta.

 Se der errado, não sairemos daqui nunca mais.

 A porta abre e eu corro sem saber o destino daquele lugar.

 - Conseguimos! - Berro, mas não há resposta. - Esther?

 Silêncio.

 Paro e olho para ela.

 Ela esta.... desacordada?

 O desespero aumenta e começo a correr, obrigando minhas pernas cansadas a se mexerem.

 Assim que saio da floresta a coloco no chão.

 Ela está pálida e continua a sangrar.

 Coloco o moletom que envolve a minha mão ensanguentada em seu corpo.

 - Esther, você está me ouvindo?

  Não ouve resposta.

 É claro que não. Mesmo se estivesse bem, não ouviria, pois a dor em minha garganta formada pelas lágrimas pesadas que escorrem no meu rosto não permitem que minha voz seja algo muito além que um sussurro.

Deus, proteja ela das suas próprias ideias!

 Com as mãos tremendo, ponho o capacete nela, vou até a moto e a deito. Depois subo atrás e apoio sua cabeça em minhas pernas, segurando-a com a mão cortada.

 Ligo a moto e corro, o desespero falando mais alto que a razão.

 O caminho é turbulento. Não sei se é porque estou aflito ou porque estou dirigindo com apenas uma mão. Provavelmente pelos dois motivos.

 Ao chegar, a pego com cuidado e entro correndo, tropeçando em meus pés.

  - EMERGÊNCIA! - Grito enquanto corro.

  Rapidamente ela é tirada dos meus braços e levada para algum lugar.

Ando de um lado ao outro na recepção por horas, angustiado.

 O cansaço me vence em menos de três horas e me sento.

  O tempo parece não passar. Não há notícias e nem sinal dela.

 Fecho os olhos, na tentativa de relaxar um pouco, mas tudo o que vejo é ela.

 Seu sorriso me persegue em tudo o que olho. Se me viro para as cadeiras, vejo seus cabelos em minhas mãos, se me viro para o relógio, lembro do seus olhos brilhando de felicidade.

Livro 1: Os Desejos Mais Sombrios De Uma Alma Onde histórias criam vida. Descubra agora