Esther, uma garota de 16 anos mora com a sua irmã mais nova, Alice de 8 anos e a sua mãe, Fernanda.
Após sete anos da morte de seu pai, sua mãe decide mudar para uma cidadezinha para conseguir trabalhar um pouco menos e passar tempo com as filha...
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- Você ficou louca? Você poderia ter apanhado! - Ele se encostou na parede esperando Esther acabar de trancar a porta.
- Bom, deu certo, não foi? Me desculpa por ter demorado para abrir a porta.
- Desculpa? Você foi incrível! Se eu não estivesse procupado demais em saber se você escaparia dessa, eu teria dado boas gargalhadas ao ver ele muchar perto de você.
Ela riu.
Alice ainda chorava na cama.
- Alice, está tudo bem. Venha cá. - Ela se sentou na cama e abraçou Alice.
Arthur tem um semblante triste agora.
- Eu não queria te assustar. Isso não vai mais acontecer, OK?
Alice afirma com a cabeça.
Enquanto abraçava Alice, Esther ouviu alguns sussurros.
Ela pensou que isso não passava de sua imaginação, quando um pássaro caiu morto na janela, deixando uma mancha de sangue.
Alice soltou um gritinho e Esther deu um pulo.
Arthur foi até a janela, sussurrando algo que elas não conseguiram ouvir.
Com um movimento brusco, ele abriu a janela.
- Ah, merda! - Arthur disse a si mesmo.
- Bom, às vezes, eles costumam caçar animais em uma entrada de floresta aqui perto. É mais fácil assim, já que muitos animais se encontram no riacho aqui do lado. - Ele voltou para perto delas e se sentou no canto da cama.
- Ister? - A voz de Alice era trêmula, com um peso quase tão grande quanto a voz de um adulto amedrontado.
- O que foi?
- V-você conhece aquela mulher?
Arthur e Esther olharam para a janela no mesmo instante.
Logo, eles se depararam com uma mulher com um rosto deformado, olhando da janela para o início da floresta.
Ela tinha uma pele muito branca, que parecia ser de porcelana.
Ela vestia uma roupa branca, que estava manchada de sangue.
Aquela figura tomou a atenção de Esther completamente.
Mas, por incrível que pareça, não foi porque a imagem era medonha.
Não foi pelo rosto deformado da mulher.
Não foi pelas manchas de sangue em sua roupa.
Foi por algo que nem Alice e nem Arthur pareciam ver.
