Esther, uma garota de 16 anos mora com a sua irmã mais nova, Alice de 8 anos e a sua mãe, Fernanda.
Após sete anos da morte de seu pai, sua mãe decide mudar para uma cidadezinha para conseguir trabalhar um pouco menos e passar tempo com as filha...
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Mais uma vez, estou sonhando.
Estou em um campo rodeado de girassóis. A brisa do vento os fazem balançar graciosamente sobre as folhas. O céu é uma mistura de azul e rosa claro.
É lido!
Ao dar um passo para frente, tiro os cabelos do rosto. Percebo, então, que estou coberta por um vestido azul claro. Sinto o vento e a textura macia da grama em meus pés e vejo que estou descalça.
Do outro lado, vejo Arthur e Alice correndo.
- Vem cá, mocinha! - Ele grita, sorridente.
- Nananinanão! - Ela grita enquanto perde as forças de tanto rir.
Alice para, cansada.
- Ahh, te peguei! - Seus lábios se afrouxam em um sorriso ao agarra-la enquanto lhe faz cócegas.
Rio.
Ao ouvir minha risada, seus semblantes se tornam furiosos, procurando a origem do som. Quando me vêem, franzem as sobrancelhas, como se fosse algo já combinado entre os dois, para uma peça de teatro.
- Por que ela está aqui? - Alice diz irritada.
- Que saudade! - Digo, sorrindo.
- Não sei, mas não importa. Ela não vai nos atrapalhar.
Meu sorriso se desfaz.
- O-o quê?
Arthur coloca a mão no ombro de Alice e a vira para ele, abraçando-a enquanto me lança um olhar feroz.
- Você não é bem-vinda a nossa nova vida. - Seu olhar é de desprezo, como se eu fosse tão inferior como um animal morto.
Sinto um nó em minha garganta se formar enquanto as lágrimas começam a escorrer, sem controle.
- Ali...
- NÃO SE DIRIGA A ELA! - Ele grita.
Olho para ele.
- Arthur, por favor...
- Vamos, Alice.
Eles se viram e uma névoa cinza os envolvem e os fazem desaparecer.
Os girassóis morrem todos de uma vez, o céu se torna uma escuridão completa, a brisa me sufoca enquanto caio de joelhos. O meu vestido fica todo ensanguentado.