* Desculpas não resolveriam uma morte *

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  "Eu" acordei machucada. Mas "eu" estava sozinha na floresta.


       " Eu" peguei ele e caminhei até em casa.


    Quando cheguei, deixei ele no sofá e fui para o quarto.




       Ouvi uma voz chamar por Alice.



      "Eu" abri a porta de vagar...



- Abra a porta, Alice....


- Não abra! - Gritei entrando no quarto correndo.





         Alice gritava.



- Quem está aí? - Ela chorava.



- Não abra, Alice!


         A coisa me puxou e me deu um soco no estômago.


         "Eu" me levantei rápido e joguei ela na cama.

        " Eu" peguei um lápis e furei o seu olho.

       " Eu" dei alguns socos nela. Foi fácil desmaiar ela.


    "Eu" peguei ela e levei para a sacada, jogando ela na floresta.


       Me sentei ao lado do closet.



- Pode abrir a porta, querida. - Suspirei.




      Eu ouvi o choro dela.


- Qual era o nome do meu cachorro?


          "Eu" ri.


- Era um passarinho, meu amor. O nome do seu passarinho era Tico.



      Ela parou de chorar e começou a destrancar a porta.

     


  - Não abra, Alice! - Eu gritei.



         Eu consegui encontrar a minha consciência só para dizer isso. Em segundos, eu estava inconciente.



    
        Uau! Como alguém conseguiria matar aquilo tão rápido, mesmo machucada?



      Mas eles mentiam bem.... Eles tinham vasculhado a minha mente.


       Eu nunca saí da floresta. Aquela não era eu, apenas o meu corpo.

     
    A minha mente alternava entre a floresta e o quarto.


- O quê? - Ela trancou a porta de novo.


        Eu já não tinha poder sobre o meu corpo e nem da  minha voz para dizer nada a ela.



       Era o fim. Ela iria abrir e a coisa iria matar ela.


     Depois, acabariam comigo, e o Arthur terá sorte se tiver batido a cabeça muito forte e já estiver morto.



    Era o fim... Eu lutei por eles, deixei de ter o meu pai, a pessoa mais importante da minha vida para morrermos.




      Era o fim. A minha pequena já era. E o meu amor? O menino que me ajudou esse tempo todo? Ah, eu o coloquei cara a cara com a morte.


      Eu entreguei a vida dele por desejos bestas e por medo de enfrentar a minha mãe. Eu acabei com tudo....





        Eu perdi o contato com a visão do quarto. Aquelas coisas ou pessoas deviam ter me dado alprazolam ou algo parecido. Eu apaguei de novo.




Livro 1: Os Desejos Mais Sombrios De Uma Alma Onde histórias criam vida. Descubra agora