Nossa Visita ao Empório de Anões de Jardim

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- Capítulo onze - disse Jason - Nossa visita ao empório de anões de jardim.

" De certo modo, é bom saber que há deuses gregos lá fora, porque aí temos alguém para culpar quando as coisas dão errado. "

- Isso é muito verdade! - concordou Thalia

" Por exemplo, quando você está se afastando a pé de um ônibus que acaba de ser atacado por bruxas monstruosas e explodido por um relâmpago, e ainda por cima está chovendo, a maioria das pessoas acha que na verdade isso é apenas muita falta de sorte — quando se é um meio-sangue, a gente sabe que alguma força divina está tentando estragar o nosso dia. "

- E sempre tem alguma força divina fazendo isso, sempre - disse Annabeth

" Então lá estávamos nós, Annabeth, Grover e eu, andando pelos bosques ao longo da margem do rio, em New Jersey, as luzes de Nova York tornando o céu amarelo atrás de nós e o fedor do rio Hudson entrando por nosso nariz.
Grover estava tremendo e balindo, e seus grandes olhos de bode, cujas pupilas haviam se transformado em fendas, estavam cheios de terror.
— Três Benevolentes. As três de uma vez.
Eu mesmo estava em estado de choque. A explosão das janelas do ônibus ainda ecoava em meus ouvidos.
Mas Annabeth nos fazia seguir, dizendo:
— Vamos! Quanto mais longe chegarmos, melhor.
— Todo o nosso dinheiro ficou lá atrás — lembrei. — Nossa comida e nossas roupas. Tudo.
— Bem, quem sabe se você não tivesse decidido entrar na briga...
— O que queria que eu fizesse? Deixasse vocês serem mortos?
— Você não precisava me proteger, Percy. Eu ia ficar bem. "

- Ia ficar bem sim - debochou grover

De algum lugar, Chase conseguiu uma almofadas a jogou no sátiro.

" — Fatiada como pão de forma — interveio Grover —, mas bem.
— Cale a boca, garoto-bode — disse Annabeth.
Grover baliu, triste.
— As latas... Uma sacola de latas perfeitamente boa.
Nós chapinhamos pelas terras lamacentas, por entre horríveis árvores retorcidas que tinham um cheiro azedo de roupa suja.
Depois de alguns minutos, Annabeth veio para o meu lado.
— Olhe, eu... — sua voz vacilou. — Eu gostei de você ter voltado para nos defender, o.k.? Aquilo foi realmente corajoso.
— Somos uma equipe, certo?
Ela ficou em silêncio por mais alguns passos.
— É só que, se você morresse... além do fato de que seria realmente uma droga para você, isso significaria o fim da missão. Esta pode ser minha única chance de ver o mundo real.
A tempestade havia finalmente acalmado. As luzes da cidade diminuíram atrás de nós, deixando-nos em uma escuridão quase total. Não conseguia ver nada de Annabeth a não ser um reflexo de seu cabelo loiro.
— Você não sai do Acampamento Meio-Sangue desde que tinha sete anos? — perguntei-lhe.
— Não... apenas excursões rápidas. Meu pai...
— O professor de história.
— É. Não deu certo morar em casa. Quer dizer, o Acampamento Meio-Sangue é a minha casa. — Ela agora estava despejando as palavras como se tivesse medo de que alguém a interrompesse. — No acampamento a gente treina, treina. E é legal e tudo mais, mas o mundo real é onde os monstros estão. É onde
a gente descobre se serve para alguma coisa ou não.
Se não a conhecesse bem, poderia ter jurado que ouvi dúvida em sua voz.
— Você é muito boa com aquela faca — falei.
— Você acha?
— Qualquer um que seja capaz de montar nas costas de uma Fúria, para mim, é muito bom.
Não pude ver direito, mas acho que ela deu um sorrisinho. "

- Isso é tão fofo! - exclamou Afrodite

" — Sabe — disse ela —, talvez eu deva lhe contar... Uma coisa engraçada lá no ônibus...
O que quer que ela quisesse dizer foi interrompido por um piado estridente, como o som de uma coruja sendo torturada. "

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