Capítulo 4: Hipnotizada

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"You know you hypnotize me always
And you make it more
Than I could ever feel."

- Sleep Token

Mesmo após chegar em casa Maeve se sentia atordoada com a intensa experiência no bosque, sentindo uma mistura de excitação e medo diante do poder misterioso que invocou

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Mesmo após chegar em casa Maeve se sentia atordoada com a intensa experiência no bosque, sentindo uma mistura de excitação e medo diante do poder misterioso que invocou. Sua mente oscilava entre a curiosidade incontrolável e a necessidade de compreender o que acontecera naquela clareira. A sensação de ter despertado forças obscuras e desconhecidas a deixava perplexa, enquanto tentava reprimir a atração que sentia pelos olhos vermelhos que a observavam.
Não foi uma experiência normal, ela sabia disso, e não era nem um pouco normal sentir atração pela merda dos olhos vermelhos feito sangue.
Com um coração acelerado e uma mente confusa, ela tentava encontrar explicações racionais para o que presenciara. No entanto, a memória daquela energia pulsante e da sensação de conexão invadia sua consciência, resistindo a qualquer lógica convencional. A presença sombria que a observava com desejo e possessividade parecia ter despertado algo latente dentro dela, algo que a assustava e a atraía ao mesmo tempo.
Enquanto Maeve corria de volta para casa, o ser misterioso, oculto nas sombras, observava-a com um interesse crescente. Ele estava imbuído de um desejo voraz, um impulso irresistível de possuí-la e moldá-la à sua vontade. Apesar de sua natureza sombria e de suas trevas internas,
Enquanto a noite caía sobre o bosque e o silêncio retomava seu domínio, ele permanecia imóvel, alimentando a promessa de um reencontro inevitável, e Maeve alimentava o mesmo sentimento em sua mente, um novo encontro.
A noite caía sobre Dublin, envolvendo os dois em um véu de incertezas e anseios, enquanto o destino traçava um curso desconhecido e perigoso para ambos.

Eram exatamente seis horas da manhã, e eu não tinha dormi desde a experiência na clareira, quando cheguei em casa subi as escadas e me joguei em um banho quente, mas a sensação, aquela sensação no meio de minhas pernas não passou

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Eram exatamente seis horas da manhã, e eu não tinha dormi desde a experiência na clareira, quando cheguei em casa subi as escadas e me joguei em um banho quente, mas a sensação, aquela sensação no meio de minhas pernas não passou. Eu simplesmente me toquei imaginando seu corpo, suas mãos, seu rosto, a cor de seus cabelos e o que eu mais queria dentro de mim, a merda do seu pau.
— Maeve, bom dia — papai tinha duas xícaras de café na mão — Tome, você precisa de um café.
— Minha cara está tão péssima assim, papai? — fiz uma careta.
— Quer a verdade, filha? — um sorriso brotava em seu rosto.
— Obrigada, pai. Um cavalheiro como sempre senhor Gray — disse debochando.
— Conseguiu arrumar seu quarto ontem? Aproveite e dê uma passada na Universidade e termine de resolver a papelada.
— Não consegui arrumar tudo ainda, pai. E sobre a faculdade a papelada já está pronta, fiz tudo online ontem.
— O que houve ontem? Ouvi você saindo de madrugada e voltando correndo, viu um gambá não é?
— Bom, acabei saindo para espairecer e realmente vi um gambá, e voltei correndo por que ele subiu no meu pé, acredita pai? — que desculpa maravilhosa, imagine falar para o meu pai que fiquei excitada em uma clareira e voltei correndo por motivos de tesão acumulado.
— Ah, não. Mas vou fingir que acredito em você.
E saiu com sua xícara de café, como se fosse um fantasma. O lado bom é que meu pai jamais saberia da minha experiência na clareira.
— Pai, estou indo tomar banho, vou direto para a faculdade e achar um trabalho, okay? — dei um grito, na metade da escadaria.
- Não volte tão tarde, filha — gritou de volta.
Fui direto pro banheiro, e percebi que estava realmente necessitada de um banho completo e relaxante.
Eu estava totalmente descabelada e com olheiras, uma princesa, mas uma princesa zumbi.
Depois do banho pensei seriamente em secar o cabelo, mas como uma bela preguiça sai com o cabelo molhado. Agora estou aqui, no meio da rua com quinhentos casacos, uma meia calça por baixo da calça jeans e meu cuturno preto surrado. Sorte minha que tem uma touca enorme embutida no casaco, caso contrário estaria com a cabeça congelada.
Depois de tantos anos sem visitar Dublin, eu me sentia realmente perdida, nunca fiquei tão feliz por ter o aplicativo da Uber baixado no meu celular.
— Olá, Maeve? — o motorista chegou depois de alguns minutos.
— Olá, bom dia, sou eu mesma.
— Qual o destino moça? — me perguntou
— Vou para a University College Dublin, moço — eu estava muito animada.
Depois de uma hora chegamos na UCD, eu vou precisar de um emprego urgentemente para pagar as corridas até a faculdade, ou estarei me estabelecendo na primeira esquina e trabalhando por lá mesmo.
— Obrigada pela corrida.
— Moça, tome cuidado por aqui, as fofocas que circulam não favorecem a UCD.
E deu partida no carro, e eu não tive nem tempo de questionar, mas que merda.
Essa cidade vai me deixar louca, primeiro aquela merda toda na clareira, e agora esse motorista estranho mandando eu tomar cuidado, será que eu vou morrer? Meu Deus.
— Eu preciso achar o caminho para a direção, mas não tem ninguém nesse lugar, onde estão os estudantes dessa mer... — e um imbecil esbarrou em mim, hoje não é meu dia de sorte.
— Caralho, olha por onde anda seu babaca! — me levantei limpando minhas mãos no jeans surrado.
— Olhe o palavriado garotinha, você está em uma propriedade privada, e xingando o dono da mesma. — quando eu levantei o rosto e o vi, puta merda, ele era extremamente gostoso.
— Você esbarrou em mim, e ainda por cima me derrubou, você realmente espera que uma pessoa seja educada depois disso? — e por um momento eu pensei que estava alucinando, os olhos dele refletiram um brilho vermelho, vermelho sangue.
— Ter educação é o básico, e deve ser utilizado, garotinha — disse com um sorriso ladino.
— Pare de me chamar de garotinha, eu nem te conheço.
— Logo irá conhecer melhor — disse chegando mais perto — garotinha.
E ele saiu, com o mesmo sorriso ladino da momentos atrás e me deixando mais vermelha que um pimentão.
Uma simples palavra resumia meus sentimentos nesse exato momento, ódio, o mais puro ódio. Quem ele era? E em que momento eu perguntei se ele era o dono do terreno da UCD?
— Babaca metido a besta, tomara que caia um piano na cabeça dele — eu tive a sensação que falei mais alto do que devia, por que no exato momento em que os alunos começaram a chegar também chegaram os olhares de que eu provavelmente era louca.

Fogo e Éter: Vessel and Maeve Onde histórias criam vida. Descubra agora