Capítulo 7: Camimho Para o Éden

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"That say all good boys go to Heaven
But bad boys bring Heaven to you..."

- Julia Michaels

Oh meu Deus, ele era um completo babaca

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Oh meu Deus, ele era um completo babaca. Esse foi o meu primeiro pensamento quando saí daquela universidade.
— Juro que se esse Uber não chegar eu mesma vou roubar um carro — e o Uber chegou, nunca agradeci tanto a Deus.
— Olá, irá para o endereço... — o interrompi, era ele, o mesmo cara da primeira corrida.
— É você, o cara que me buscou hoje de manhã.
— Desculpe, faço muitas corridas, não tenho boa memória — acho que hoje não era meu dia de sorte.
— Ah, você me disse para tomar cuidado, cuidado com a universidade e os boatos que circulam sobre ela — sua expressão mudou.
— Oh, sim, claro! — deu uma gargalhada— agora me lembro da senhorita. E como foi o primeiro dia?
— Um completo desastre, o dono do terreno também é diretor da universidade, sabia? E ele é um completo idiota, sem falar da funcionária da direção — desabafei.
— A senhorita deve tomar cuidado com o Sr. Le Blanc
— Sr. Le Blanc? Achei que seria um sobrenome mais Irlandês — por que eu estava ficando curiosa sobre ele? Sou uma grande retardada.
— Seus avós vieram de fora, o pai conheceu uma garota daqui, de Dublin, e se apaixonou — soltou um suspiro — mas infelizmente os dois morreram em um acidente, foi um tempo depois de adotarem ele.
— Então ele é adotado? — então os pais não deveriam saber de nada, muito menos o resto da família.
— Sim, adotaram ele a muito tempo senhorita. Infelizmente nunca mais vimos seus avós, não que eles fossem próximos do povo. Provavelmente foram mandados para um asilo ou faleceram — e ficou quieto por alguns segundos — senhorita, chegamos.
— Ah, obrigada — disse descendo do carro — até a próxima!
Foi uma ótima conversa, saber que ele era adotado não se encaixava em minha mente, Deuses não eram "imortais"? Ele só me deixava mais curiosa, para minha sorte, jamais precisaria admitir isso para ele, seria um saco. Ele já é um saco por si só.
— Papai, cheguei! — o mais forte silêncio — onde ele foi? E ainda me disse para não atrasar, esse velhote viu.
Quando cheguei na cozinha vi um bilhete na porta da geladeira, o bom é que ele realmente me conhece, deixou logo na porta do meu lugar favorito.
— Tive que ir para a cidade vizinha, te vejo amanhã. Amo você, papai — disse em voz alta — um cavalheiro como sempre, mas nunca lembra que tem celular.
Fiz um lanche, lavei a louça e subi para o meu quarto. Precisava de um banho quente e extremamente relaxante.
— Será que ele ainda está na universidade? — meu celular tocou, me dando um susto — que merda de toque, a partir de hoje deixo você para vibrar, celular idiota.
Era mamãe, e fim de tarde acaba de ficar melhor.
— Oi filha, como estão as coisas aí? — estava chorando, novamente.
— Oi mãe, está tudo bem. Como você está? — uma pergunta idiota, você sabe como ela está Maeve.
— Estou bem — deu uma risada baixa — ou estou tentando ficar bem.
— Eu falei para você, perguntei se queria ir embora. Você nunca me escutou, não seria agora que escutaria. Vá embora mãe, venha pra cá se você quiser, posso alugar uma casa e você não terá que morar com o papai e comigo. Tudo será melhor do que ficar aí, com ele.
— Não posso filha — a mesma frase de sempre — se eu for não sei o que será de mim, e muito menos dele.
— Tenho que ir mãe — funguei, eu queria chorar, queria buscar ela a força — preciso estudar e acordar cedo para achar um emprego amanhã.
— Tudo bem, minha pequenina — ela estava tentando ser forte — eu te amo, somos a lua e o sol.
— Eu também te amo mãe — soltei uma risada — sempre a lua e o sol.
E eu desliguei, e infelizmente desabei no colchão. Depois, tomei um banho, não aquele quente e totalmente relaxante. Mas um gelado, depois da ligação era o que eu mais precisava.
— Preciso de um vinho, e com toda certeza preciso estragar ele colocando pedras de gelo — desci as escadas até a cozinha.
Peguei a primeira garrafa de vinho que vi no aparador, uma taça e gelo, muito gelo.
— Acho que preciso de salgadinhos, com toda certeza eu preciso — peguei um saco de salgadinho no armário e fui direto para a sala.
Quando liguei a TV para a minha felicidade passava Pânico, nada melhor que um filme desses nos nossos piores dias.
Não é como se Maeve fosse assistir o filme todo, na metade do filme ela dormiu e pra sua felicidade ou total tristeza, uma visita a observava pela janela. Olhos vermelhos estavam lá e eles estavam totalmente vidrado em seu peito subindo e descendo suavemente.

Fogo e Éter: Vessel and Maeve Onde histórias criam vida. Descubra agora