vocês são o céu e o inferno juntos

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Presidio Of Alcatraz — 14h52min.
Point Of View — Victor Camilo

Eu dava passos rápidos entre todos os policiais que caminhavam para fora do prédio. As coisas haviam se agravado em um nível que nos não estávamos conseguindo controlar.

Os presos haviam invadido o departamento de segurança tendo acesso a todas as câmeras do presídio e chaves. Todos os policiais estavam indo para fora do prédio e de lá iríamos monitorar tudo, eu não dava ouvido para todas as pessoas que passavam para o lado de fora tentando me convencer a sair logo dali.

Bárbara estava lá dentro.

Sozinha.

Eu não iria deixei que nenhum daqueles homens conseguisse chegar perto dela, eles ainda não haviam chegado a parte das celas femininas, e eu lutava contra o tempo correndo igual um louco por aqueles corredores para conseguir chegar a tempo de acontecer alguma coisa.

Os corredores estavam praticamente vazios pois todos estavam do lado de fora do presídio. Deixei que minha respiração saísse aliviada ao parar em frente ao portão que dava acesso as celas femininos vazios, o abri rapidamente correndo para dentro, estava um tremendo silêncio, o que me fez sentir uma raiva consumir em meu corpo ao imaginar que já pudessem ter a pego.

Assim que pensei nisso caminhei em passos rápidos até a cela 23. Catei entre o molho de chaves que eu havia pego, já que o sistema de computação automática havia sido desligado e logo já estava em frente as grades da cela de Bárbara.

Ver seu corpo de costas para mim me causou um alívio fora do comum por notar que ela estava bem, que nenhum filho da puta havia conseguido tocar nela.

Assim que comecei a abrir sua cela, Bárbara se virou para mim e arregalou os olhos surpresa ao me ver.

– O-o que... O que o senhor ta fazendo aqui?

Perguntou intrigada enquanto se aproximava de mim.

– Não me diga que você agora vai dar um de guarda e me levar ao pátio, por que...

– Você vai ficar aí de ironia? Por que se você quiser eu te tranco aqui de novo e deixo você ser estuprada por oitenta homens.

– O QUE?

– Anda logo!

Bárbara parecia confusa, mas não excitou em me acompanhar entre o corredor em passos rápidos. Assim que chegamos até o portão escutei algumas risadas masculinas e de súbito segurei na mão de Bárbara a deixando atrás de mim.

– Ora, ora...

Falou um homem alto e barrigudo com um ferro na mão e senti Bárbara apertar minha mão com medo.

– Se não temos aqui, nosso querido delegado e uma pequena presa!

O homem moreno ao seu lado riu alto olhando para as pernas de Bárbara mordendo os lábios. Rapidamente colei seu corpo nas minhas costas entrelaçando nossos dedos.

– Diga o que vocês querem pra nos deixar passar! — falei rude.

– O que? — riu negando com a cabeça – Nos não vamos deixar o senhor passar, mas quem sabe...

O homem barrigudo de blusa suja de suor falou em seguida olhando para Bárbara atrás de mim com um sorriso malicioso.

– Nos dê a menininha e deixamos você sair ileso, delegado! — falou o homem ao seu lado.

Soltei as mãos de Bárbara dando alguns passos em direção aos homens.

– Victor? — Bárbara choramingou – Por favor, não me deixa com esse homens, por favor!

Cela 23Onde histórias criam vida. Descubra agora