Cela 23

ele está vivo

New York — 16h23min
Victor Camilo — Point Of View

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Soltei a respiração abaixando a arma em minha mão enquanto meu peito subia e descia ofegante. Pus o revólver novamente por dentro da minha calça e caminhei até o homem caído no chão gritando de dor com a perna ferida.

Logo Chaz e outros dois policiais se aproximaram algemando suas mãos em seguida o levando em direção a uma das ambulâncias que havia ali.

Levei minha mão até minha testa limpando o suor que havia ali deixando que um rajada de ar saísse pela minha boca enquanto desabotoava os primeiros botões de minha blusa sentindo um calor insuportável.

– Parabéns, senhor Camilo! — ouvi uma voz doce atrás de mim e encarei a mulher de olhos extremamente claros e com o fardamento da polícia.

Franzi o cenho a olhando de cima a baixo, eu não a reconhecia.

Soltei um riso fraco negando com a cabeça e dei as costas para ela começando a caminhar em direção a uma das viaturas que havia ali sentindo sua presença ao meu lado.

– Novata? — perguntei a olhando de soslaio.

– Sim! — sorriu de lado – Ouvi falar muito do senhor no centro de treinamento.

– Bem ou mal?

Me virei em sua direção apoiando um dos meus braços no carro ficando bastante próximo a mulher a minha frente.

– Depende do assunto... — deixou a frase no ar sorrindo de canto, tirei meus óculos de sol a analisando.

Seu cabelo batia na metade de suas costas, era totalmente liso, o tom castanho puxado para o ruivo estava sob a luz do sol fazendo que seus olhos azuis fossem obrigados a se fecharem minimamente.

– Bem, quem sabe você não descobri com o tempo!

A mesma riu fraco negando com a cabeça, seus olhos ainda mais claros devido a claridade pararam sobre os meus e a mesma levou a mão até a testa fazendo um breve comprimento e me deu as costas saindo.

– Já ta dando em cima da nova policial, Camilo? — Chaz brincou se apoiando no carro ao meu lado – Pensei que o seu lance agora era as presidiárias.

Assenti rindo de sua frase e pus novamente meus óculos desviando meu olhar da mulher que até alguns segundos atrás estava ao meu lado.

– Não estava dando em cima dela. Apenas queria ver qual era o tipo da novata!

Chaz a observou um pouco mais a frente e comprimiu os lábios assentindo.

– Posso adivinhar? — perguntou.

– Manda a ver.

– Puritana?

– Não, ela é o tipo de vadia que se faz de difícil, mas fale umas boas sacanagens no ouvido dela que ela já vai ta de joelhos te chupando.

Me desencostei do carro enquanto Chaz ria e caminhei até o lado do motorista da viatura e logo o mesmo entrou no banco de passageiro, dei partida no carro sendo seguido pelo veículo que trazia o bandido que eu havia prendido a segundos atrás e logo seguíamos caminho ao presídio.

– E a Bárbara? — perguntou após um tempo.

– O quê que tem?

– Se resolveram?