Capítulo 2

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Melina

Liguei o ventilador e fui me deitar na cama. Ajeitei o travesseiro e me encostei. Fera entrou no quarto logo depois, mas eu tentei fingir estar dormindo.

Fera: Melina - Me sacudiu. - acorda porra
Melina: hum? - Abri os olhos devagar.
Fera: vem cá - Me puxou pra ele e eu tentei me soltar.
Melina: eu não quero Fera
Fera: tu tem querer porra? se eu quero transar contigo tu vai transar e pronto, tira a roupa

Me sentei na cama, tirando o vestido de dormir e jogando por ali mesmo. Só tava usando uma calcinha, que ele nem fez questão de tirar, só me empurrou e veio por cima de mim.

Olhei pra ele que tava tirando aquele pau murcho de dentro da bermuda, esse velho asqueroso.

Fera puxou minha calcinha pro lado e se enfiou em mim. Apenas fechei os olhos com força e me preparei para fingir estar gostando pelos próximos minutos. 

Eu sinto é nojo de encostar nesse homem. Prefiro quando ele tá com as da rua e nem lembra da minha existência.

Ele se movimentou dentro de mim e eu permaneci imóvel, apenas observando a cena, como se nem estivesse ali.

Fera: geme sua vagabunda - Bateu na minha cara com uma força que fez doer.

Fiz o que ele mandou, contragosto obviamente, não sinto nada com ele. E foi questão de segundos para ele gozar e cair por lado.

Fera: tu até que dá pro gasto Melina - Falou se ajeitando na cama.

Virei pro outro lado e respirei fundo me vestindo.

[...]

Ouvi um vozerio incessante vindo da sala e abri os olhos me levantando da cama. Abri a porta do quarto e saí vendo o Ronald eufórico e um homem alto dando a mão ao Fera.

Tenho a impressão de conhecer ele, acho que esse é o Duca.

O corpo todo tatuado, cabelo alinhado, tava vestindo uma blusa branca da nike, calca preta e um tênis preto. Tinha apenas um cordão de ouro no pescoço, mas no pulso um relógio que chamava atenção. Um pedaço de homem fora do normal.

Xxx: quem é essa? - A voz grave entrou nos meus ouvidos me assustando pelo tom.
Ronald: é a Melina
Xxx: sua namorada? - Fera deu risada e negou com a cabeça.
Fera: teu irmão com uma mulher? não Duca, essa é minha mulher
Duca: nova pra você, não acha não?

Como ele tem coragem de falar assim com o Fera? Não quero nem ver o estrago depois.

Fera: mas é útil pra umas coisas, você me entende né?

Que homem nojento e asqueroso, não é possível.

Duca: não, tá constrangendo a menina, se liga po
Fera: constrangendo mulher? Melina não liga né? - Me encarou.
Melina: é, tá tudo bem
Duca: satisfação Melina
Melina: oi Duca

Ele se aproximou e me deu um beijo no rosto. O perfume dele penetrou meu nariz, um cheiro gostoso inexplicável.

Fera: fiquei sabendo que sua mãe morreu Duca
Duca: fez até churrasco, deve ter ficado feliz

Olhei pro Ronald que tava com os olhos arregalados me encarado e eu sem saber o que ele queria dizer.

Cheguei mais perto e ele cochichou baixinho.

Ronald: se acostuma, Duca não deita pro Fera, é de igual pra igual
Melina: o Fera fica pianinho em
Fera: o que vocês dois tão cochichando?
Ronald: nada, tava dando bom dia pra Melina
Fera: ainda aí Melina? não tá vendo que meu filho chegou? vai fazer o café, vai logo - Confirmei com a cabeça.

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