Capítulo 12

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Melina

Ele caminhou pra o quarto e apesar de hesitar um pouco, fui atrás logo em seguida.

Observei ele jogar a arma na cama e tirar a camisa suja deixando pelo chão do quarto. O peitoral tatuado brilhava de suor, ele parecia ainda estar ofegante.

Duca: não me testa Melina - Falou se aproximando.
Melina: só quero ter certeza que você não precisa de nada
Duca: tem certeza que é por isso que tu veio atrás de mim no meu quarto?

Duca pegou no meu pescoço, me empurrando na parede, fazendo com que eu ficasse entre eles dois.

Duca: para de me testar
Melina: Duca... - Falei quase num fio de voz.

Senti o impacto da boca dele na minha e abri espaço pra língua dele entrar em contato com a minha.

Nossas línguas disputavam espaço querendo mais e mais. A mão dele saiu do meu pescoço e percorreu pelo meu corpo.

Afastei nossas bocas tentando recuperar o fôlego e o olhar dele queimou sobre mim.

Melina: tá disposto a morrer por isso?
Duca: eu quero que se foda

Empurrei ele pelo peitoral, o forçando a sentar na cama, sentei por cima, deixando uma perna de cada lado do seu corpo.

Estava usando um vestido de cetim que fazia minha calcinha entrar em contato com o membro duro coberto por uma calça.

Só quero sentir o que é prazer de verdade, ao menos uma vez na vida.

Duca: depois não tem volta Melina - Segurou meu queixo me encarando.
Melina: me dá o que eu preciso Duca - Ele sorriu de canto.

Beijei a boca dele, enquanto senti o tapa forte na minha bunda, me fazendo roçar ainda mais nesse gostoso.

Ele puxou meu vestidinho, jogando no chão. Encarou meus olhos, depois meu peito, caindo de boca logo que em seguida.

Melina: ai porra - Gemi quando ele mordeu o bico.

Minha pele queimava e cada vez que a língua dele entrava e contato, era como se tivesse jogando álcool.

Senti um celular vibrar sem parar na cama e vi o celular do Duca aceso ao lado da arma.

Melina: seu celular
Duca: pega e desliga

Enquanto ele ainda dava atenção aos meus peitos, peguei o celular sem esforço e já ia desligar quando subiu várias notificações com o nome da Cailane.

Segurei o celular e empurrei ele com força, fiquei de pé em sua frente e ele me encarou sem entender.

Melina: Cailane? sério Duca? - Apontei o celular pra ele que respirou fundo.
Duca: não é nada disso
Melina: vocês transaram? - Falei jogando o celular dele na cama. - fala Duca
Duca: sim, uma vez, não era nem pra ter acontecido, foi um lance nada haver
Melina: você é igual seu pai

Peguei meu vestido do chão e saí correndo pro meu quarto, bati a porta e tranquei.

Duca: Melina porra me escuta - Ouvi sua voz do outro lado. - me deixa explicar

Caminhei até a cama, coloquei minha roupa e me deitei. Deixei minhas lágrimas rolarem de ódio pelo que me permiti fazer. E o moleque ainda transando com a minha prima. QUE RAIVA.

Duca: abre a porta Melina
Melina: VAI PRO INFERNO SEU NOJENTO

Abracei travesseiro e continuei chorando. Não era tristeza, era só raiva. Raiva do Duca, da Cailane, do Fera, do mundo todo.

[...]

Abri os olhos devagar, sentindo um peso enorme na minha cabeça, acho que peguei no sono, enquanto chorava.

Minha cabeça doía tanto, que até a claridade estava incomodando.

Levantei da cama, caminhei até a porta e destranquei. Saí do quarto indo direto pra cozinha. Peguei um comprimido de dipirona e engoli junto com um gole de água.

Ronald: bom dia feiosa, noite difícil?
Melina: acordei com dor de cabeça, Fera não apareceu?
Ronald: deve ta drogado na casa de alguma piranha
Melina: pra variar

Peguei as coisas do café, pra começar a preparar.

Ronald: tem certeza que tá de boa pra fazer o café? posso comer na rua
Melina: to sim, relaxa

Preparei as coisas bem rápido e me sentei pra comer junto com ele.

Ronald: Duca deve dormir o dia todo, também duas noites virado
Melina: ele tava bem ocupado comendo minha prima

Ronald engasgou com um pedaço de pão e eu dei um sorrisinho falso.

Melina: pois é Ronald, eu já sei, quer um tapinha nas costas pra desengasgar?
Ronald: quem te falou isso?
Melina: ele mesmo, com um incentivo das mensagens dela no celular
Ronald: po, nem sabia - Fez cara de sonso.
Melina: jura Ronald? porque o amiguinho dela é você
Ronald: acordei meio sem fome hoje, já estou satisfeito, vou pra boca
Melina: foge mesmo cabeçudo idiota - Falei vendo ele sair correndo.

Terminei de tomar meu café e escutei batidas na porta. Levantei e caminhei na direção pra abrir.

Melina: esqueceu a chave né Ronald? - Falei abrindo a porta.
Xxx: bom dia

Olhei pro homem grande todo de preto na minha frente e atrás dele mais cinco homens mal encarados.

Xxx: você deve ser a mulher do Fera, não é mesmo?
Melina: sim, Melina - Ele me encarou de cima a baixo.
Xxx: espetacular, cadê o Fera? - Falou entrando com seus homens sem permissão.
Melina: quem é você? Fera não tá em casa
Xxx: então eu espero que ele chegue logo, não gosto de esperar - Sorriu de canto se sentando no sofá. - eu não apresentei, Marcão

O homem puxou uma pistola da cintura e colocou em cima da perna.

Já ouvi esse nome antes, esse cara é o chefe da facção.

Eu pensei que morreria pela mão do Fera, mas aparentemente o destino tinha outros planos.

Xxx: tá sozinha Melina?
Melina: não
Xxx: quem mais tá aqui?
Melina: um dos filhos do Fera
Xxx: Duca? - Confirmei com a cabeça. - chama ele pra mim bonitinha

Corri dali no momento que ele me pediu. Torci pra porta do quarto do Duca não estar trancada e parece que meu anjo da guarda tá trabalhando muito hoje, pois estava. 

Melina: Duca acorda, acorda agora - Sacudi ele.
Duca: Melina? - Coçou os olhos.
Melina: Marcão tá aqui
Duca: o quê? - Falou levantando rápido.

Duca só vestiu uma camisa e saiu do quarto, me fazendo ir atrás.

Duca: por que não ficou lá dentro Melina?
Melina: porque eu não quis - Falei como se fosse óbvio.
Marcão: parece que seu pai não dormiu em casa Duca, espero que isso se deva ao fato da invasão que sofreram ontem
Duca: aposto que sim

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⏰ Última atualização: Jul 11 ⏰

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