LAURA GOMESCheguei à casa dos meus pais há alguns meses. Fui muito bem recebida por todos; minha enorme barriga encantou a todos, e fui muito paparicada. Rogério me trouxe em seu carro, já que meus pais tiveram que ajudar com as várias malas de roupinhas de bebê e algumas minhas. Corrado e Eloá tiveram que trazer algumas de helicóptero, mas no final deu tudo certo.
Rogério foi muito importante durante minha gestação e até mesmo depois que minha filha, Laís, nasceu. Laís Gomes Fabbri; o senhor Sebastião disse que não poderíamos deixar de colocar o sobrenome deles na neta. Ela nasceu com 39 semanas, por parto normal, e foi uma festa para toda a família. Minha irmã Eloá ficou o tempo todo ao meu lado, junto com minha mãe. Quando me lembro daquele dia, sorrio de alegria. Eu estava com tanto medo, mas não deixa de ser um dia especial.
Agora, estou perto do seu bercinho, olhando-a dormir e ela até sorri. É minha fonte diária de alegria.
— Você está cada dia mais parecida com seu pai, princesa. — Sussurro, dando-lhe um beijinho nos cabelos castanhos; os olhos dela e a cor do pai dela, assim como as feições sérias. Saio do quartinho dela e vou para o meu quarto com o monitor de bebê nas mãos. Neste fim de semana, faremos uma festinha para comemorar seu quarto mês de vida. Minha princesa estará completando 4 meses.
Antes de me deitar, olho pela janela do meu quarto. O céu está estrelado, tão bonito. Às vezes, me pego pensando se a vida poderia ter tomado um rumo diferente se eu não tivesse cometido o erro de me entregar a Ramon. Mas logo esse pensamento se desfaz. Eu me orgulho de ser mãe e não me arrependo do que vivi nos braços de Ramon. Ele pode ter me esquecido, nem saber da existência da filha. Um dia quero poder não sentir dor ao lembrar dele. Fecho a janela e me encaminho para a cama. Me deito e a última coisa que penso antes de dormir é na noite em que me perdi nos braços de Ramon.
Acordo com minha filha chorando, mas logo o choro para e sei que a avó dela a pegou. Então, me levanto com calma e sigo para o banheiro. Às vezes, é um milagre ela dormir a noite toda. Agora já passa das 6 da manhã e ela só acordou três vezes essa noite.
Assim que troco de roupa e faço minha higiene pessoal, vou para a cozinha e encontro minha filha nos braços da avó.
— Bom dia, Alzira. Vejo que a senhora está em boa companhia. — Ela sorri para mim, terminando de arrumar a mamadeira com leite para Laís.
— Bom dia, Laura. Espero que não se importe, ouvi ela chorar quando estava arrumando o quartinho dela. — Alzira sorri amplamente para a neta.
— De forma alguma, Alzira. — Paro perto das duas e encho minha princesa de beijos. — Você ama o colinho da vovó, não é mesmo, minha filha? — Falo com voz infantil, e Laís olha para mim atentamente.
— Você já foi trocada, princesa, a vovó cuida muito bem de você, não é mesmo? Está acostumando a mamãe mal. — Pego ela nos meus braços para Alzira misturar a fórmula.
— Muito obrigada por me ajudar, Alzira. — Ela me entrega a mamadeira, e eu me sento para alimentar Laís. Infelizmente, produzi muito pouco leite e acabou secando. Fiquei triste, pois não queria ter que recorrer à fórmula, mas não teve outro jeito.
— Para mim é um prazer, Laura. Sem falar que cuidar da minha netinha é um dos momentos mais importantes do meu dia. — Sorrio para ela e, de repente, me entristeço. Meus pensamentos insistem em vagar por lugares perigosos. Às vezes, penso se ele arrumou alguém, se algum dia vai voltar, qual será sua reação ao ver a filha? Ficará surpreso? Feliz? Vai rejeitá-la como fez comigo? Engulo em seco e beijo os cabelos da minha filha.
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Irresistível Cowboy (Degustação)
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