Irresistível Cowboy (Degustação)

CAPÍTULO 7

                   LAURA GOMES

          ALGUNS MESES DEPOIS

Estou muito nervosa; meus pais estão vindo passar alguns dias aqui na hípica, e minha barriga de quase 6 meses não pode mais ser escondida. Eu me sento um pouco rápido na cama, e minha filha resolve se mexer.

— Meu amor, hoje você está agitada, não é mesmo? — falo massageando minha barriga, e ela resolve dar um chutinho, e eu sorrio.

— Vamos nos preparar para ver seus avós hoje. Acredito que está na hora de você ser apresentada a eles. — eu sigo para o banheiro, tomo um banho bem demorado, visto um dos vestidos que Rogério fez questão de me presentear, assim como ele já presenteou minha filha. Ele disse que quer ser padrinho dela, e eu ainda não me decidi sobre o assunto.

O dia passou, e com isso, meu nervosismo aumentou. Eloá e Corrado estão aqui esperando por eles.

— Estou com muito medo, Eloá. — comento com minha irmã.
— Nossos pais vão aceitar bem sua filha, minha irmã. — Eloá fala me abraçando, e justo nesse momento a porta da sala é aberta, e nossos pais entram. No primeiro momento, eles não percebem minha barriga indo cumprimentar Corrado, depois Eloá, e então eles se viram para mim. Minha mãe é a primeira a olhar para minha barriga e cobrir a boca com as mãos.

— Laura!! — ela cambaleia para trás, assustando meu pai, que a segura, e olha para mim, mudando suas feições para bravo.

— O que está acontecendo aqui? — automaticamente meus olhos se enchem de lágrimas, e eu me sento no sofá. Eu havia escondido muito bem minha gravidez, visto que meus pais estiveram aqui quando eu estava com 15 semanas, e minha barriga não estava grande o bastante para ser notada, não como está agora com esse vestido que destaca o formato da minha barriga.

— Acredito que você nos deve uma explicação, Laura. — diz meu pai severamente.

— Eu estou grávida, papai. — digo em um fio de voz, me sentindo fragilizada. Eloá se senta ao meu lado e segura minha mão.

— Isso está visível. O que eu não entendo é como você escondeu isso de nós? — ele olha para Eloá com certa raiva.

— E você, Eloá, por que não nos contou? — Corrado cruza a sala e puxa Eloá para ficar na proteção dos seus braços. E eu juro que nessa hora eu sinto falta de ter alguém a quem eu possa me apoiar enquanto passo por essa sessão de interrogatório.

— Laura, quem deveria contar, papai. Eu não achei certo revelar um segredo que não era meu. — ela se defende.

— Claro, e esconder a gravidez é o certo. Nos deixar pensando que você estava estudando enquanto nos preparava uma dessas. — ele passa a mão pelo rosto, minha mãe ainda continua calada, me analisando, parecendo muito abalada para falar qualquer coisa. E nessa hora Rogério resolve aparecer.

— Boa tarde a todos. — ele cumprimenta e vem até onde estou. Eu instintivamente procuro sua mão, e ele segura a minha.
— Você é o pai do filho que minha Laura está esperando, rapaz? — meu pai pergunta se aproximando dele.

— Como pode engravidar minha filha e ainda esconder de todos. Espero que cumpra com sua responsabilidade. — eu aperto ainda mais a mão de Rogério, mas logo a solto. Eu respiro fundo, olho para minha mãe, limpo as lágrimas dos meus olhos, e quando vou responder, minha mãe fala.

— Esse rapaz não é o pai do bebê, não é mesmo, Laura? — eu nego com a cabeça.

— Alzira havia comentado comigo pouco tempo depois que você foi embora, sobre... — ela respira fundo e olha para meu pai. — sobre seus sentimentos por Ramon.  — meu pai olha da minha mãe para mim e fica assim por um longo tempo.