CAPÍTULO 4

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              LAURA GOMES

Meus pais, Rose e Bella, chegaram algum tempo depois que saímos da festa. Rose foi embora com Natália, enquanto Isabella foi para casa. Tomei um longo banho e não parei de pensar em Ramon. Lembrar do toque das suas mãos pelo meu corpo, dos seus beijos quentes e do volume que senti ao tocar em seu membro me deixa completamente excitada. Refletir sobre tudo o que fizemos me deixa inteiramente fervendo.
Já passava das duas da manhã, e eu não conseguia dormir. Por isso, decidi me levantar e sair para fora, na esperança de respirar um pouco de ar fresco e talvez distrair meus pensamentos do que havia vivido naquela noite. Enrolei-me em uma manta e fui para a varanda. Tinha esperado tanto tempo para sentir os toques de Ramon, seus beijos, e tudo superou minhas expectativas. Tudo o que desejava era tê-lo novamente, não apenas uma vez, mas para sempre. Minha atenção foi capturada por um cavalo correndo na pista iluminada, e em um ato de total imprudência, segui em direção à pista e parei surpresa ao ver Ramon ali. Meu corpo todo respondeu ao seu olhar ardente. Ele parou o cavalo, e eu observei-o pular a cerca e se aproximar de mim. Parou a uma distância segura, e soltei o ar com força.

- Você não acha que está tarde demais para estar fora da cama? - ele perguntou, olhando-me com desejo.

- Eu perdi o sono - confessei em um sussurro.

- E por que saiu para fora nesta noite fria? - ele continuou me observando, e eu apertei a manta entre os dedos.
- Estava sentindo calor. Está quente, né? - menti, tentando esconder meu tremor.

- Ah, sim, claro, está muito quente - ele sabia que eu estava mentindo, mas entrou no jogo.

- E você, por que está aqui? - perguntei, curiosa.

- Perdi o sono... - Ele passa a mão pela barba, e eu assisto ao movimento de seu braço, desejando que seus dedos estivessem passeando pelo meu corpo.
- Ramon... - O chamo, desviando meu olhar do dele e focando em seu peito. Sua camisa está com alguns botões abertos, e o vislumbre de sua pele tão perto de mim me deixa quente, desconcertada e com desejos que nunca senti antes.
- Sim, Laura... - Ele responde, e percebo que o timbre de sua voz está um pouco estranho.
- Eu... Eu... - Passo a mão pelos meus cabelos, querendo mais de Ramon, me aproximo parando a poucos centímetros dele. Olho para seu rosto, bem acima do meu, e lambo meus lábios quando meu olhar vai para sua boca. Ele percebe o movimento que faço e vejo que o deixa perturbado.
- Acho que você deveria voltar para dentro, Laura. A madrugada está fria, a garoa não vai demorar a cair. - Quando ele está prestes a se afastar, puxo sua camisa, e ele me encara surpreso.
- Me beija, Ramon... - Peço, nem mesmo sabendo de onde tirei tamanha coragem.
- Não me provoque, menina. - Ele pede em tom de reprovação, mas eu não me deixo abalar, me aproximo ainda mais dele, juntando seu corpo duro ao meu, levantando meus pés.
- Me beija como fez lá na festa, Ramon. - Sussurro, passando minha mão pela abertura de sua camisa.
- Eu não consegui dormir imaginando o que você disse que faria comigo... - Tento ser ousada, tento deixar minha timidez e vergonha de lado.
- Você me disse coisas... - Passo meus dedos ainda mais para dentro de sua camisa, e ele solta um suspiro. Suas mãos estão em punho ao lado do seu corpo.
- Coisas que me deixaram excitada... - Ele não permite que eu continue e enlaça suas mãos fortes em minha cintura, e eu solto um gritinho.
- Laura... Laura... - Meu nome sai cantado por sua boca, e ele aproxima seus lábios dos meus, e eu prendo a respiração, com medo e em expectativa do que poderá acontecer. Meu corpo se aquece inteiro.
- Você não deveria me provocar dessa maneira... - Ele desliza os dedos por meu rosto e pescoço, onde pode sentir minha pulsação elevada. Minhas pernas querem fraquejar, eu deixo a manta cair no chão e me agarro em seu ombro.
- Eu... Eu quero o que você disse que faria comigo, Ramon... - Sussurro, bem próxima à sua boca, e colo nossos lábios. Ele quase resiste, mas quando minha língua circula por entre seus lábios, ele me puxa para seus braços, e seus dedos se entranham em meus cabelos de forma possessiva, nossas bocas se lançam em um beijo faminto, cheio de necessidade. Sei que venci, que terei o que sempre quis de Ramon, mesmo que depois as consequências sejam duras.
- Porra, que cheiro doce é o seu. - ele ofegou enquanto apertava minha cintura e roçava sua barba em meu pescoço e ombro. Soltei a manta que caiu no chão e segurei em seus braços.

Irresistível Cowboy (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora