Em passos largos, eu me distanciava daquele lugar onde vivi minha vida.
O homem ainda pensava sobre aquele pequeno diálogo realizado com a senhora; seria aquilo um sinal do acaso ou simplesmente sincronicidade?
Exausto de um dia ausente de sentido, ele caminha até à beira de uma pequena nascente, derivada do desfiladeiro que vira; ainda seguindo o pequeno rio, avista uma casa que parecia estar abandonada. A casa parecia cair aos pedaços; em estado completamente degradado. Cada parte sua, que parecia um dia ter aquirido vida, hoje está completamente podre. Aquele lugar pouco parecia um local seguro para passar às horas; a qualquer momento, toda sua estrutura poderia vir por terra encima do homem. Ele realmente refletiu.
Após alguns instantes apenas caminhando, ele decidiu adentrar naquele ambiente, totalmente consciente de que esta poderia ser a última vez que teria a oportunidade de puxar o ar fresco para seu pulmão.
Não demorou até ele colocar seus pés na pequena varanda; às tábuas pareciam ecoar gritos de ajuda, qualquer movimento brusco, faria com que elas gemessem arduamente. As jenelas, aparentemente, pareciam ser de séculos atrás; ele teve um pequeno vislumbre do ambiente interno: haviam duas cadeiras Thonet. As cortinas estavam velhas, talvez se tentasse apoiar-se em alguma delas, as tais virariam resquícios de poeira. De fato, a casa parecia ter sido esquecida há anos.
O homem parecia disperso em seus pensamentos; talvez estivesse pensando no que ia fazer agora. Assim como o som de um frigir de uma panela ao meio dia, seu estômago anseiva por pelo menos um vestígio de comida. Quando passava pela porta das casas, certamente poderia sentir o olhar escarnial daqueles a quem se apresentara; mas ele sabia, aquilo certamente o acossava.
"Preciso achar algo para te matar, se não posso matar-te, eu morrerei." - retrucou ao som estranho e insistente que vinha de sua barriga. Parecia tarde, a noite estava regressando, e com ela vinha aquele ar gélido que mais parecia uma alusão aos dias em que o homem ainda pensava que um futuro brilhante o aguardava. Sinceramente, quem o conhecesse, certamente o admiraria por ter tamanha expectativa em um futuro bonançoso.
Antes de escurecer totalmente, ele procurou perto da residência, algum arbusto que contesse pelo menos uma ou duas frutas silvestres; sem sucesso, ele retorna à casa. O lugar era ínfimo, estreito e abundantemente empoeirado. Só lhe restava a escolha de ficar sentado em posição desconfortável, até o dia ressurgir outra vez.
Uma voz em um tom calmo e sereno ecoa por aquele minúsculo lugar; "Sua parentela não o aguarda?". - por um instante, o homem retoma a realidade, despertando de um sono tênue -. A voz ainda era um mistério para ele, de onde ela surgiu? Onde encontrava-se? Queria realizar algo maléfico para com ele? Manteve serenidade, e respondeu calmamente com um leve tom de cansaço: "Não sei ao que está referindo-se; há muito tempo não sei oque significa fazer parte de algo. Talvez algum dia, eu tenha sentido algo como o prazer de ser acariciado quando menor, mas isto não passa de uma vaga lembrança que mais se assemelha a algo que nunca aconteceu." - "Este definitivamente, pode ser o marco para meu fim. Não tenho nada mais em minha vida, tudo tornou-se vazio; a vida nunca foi tão árida." - pensou ele; oque levara aquele pobre homem a sucumbir para uma atmosfera desconformidada? - Talvez... Apenas uma vez, ele tenha encarado a realidade como ela realmente se apresenta.
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Olá, aqui é Zhishu!Tenho uma reputação de pouca mídia e muito conteúdo ┐('ー`)┌
- não, literalmente levo um tempo para me encorajar a escrever um pouco -
Definitivamente, não planejo me aprofundar muito; sou uma pessoa parcialmente sociável, mas a maior parte dos meus diálogos contínuos, são com minha mente. - alguns chamam de esquizofrenia, mas eu prefiro dizer que apenas um verdadeiro artista ouve a si mesmo. -
Talvez grande parte desta e de outras obras, tenham diálogos completamente desconexos; talvez eu goste de ter uma ideia completamente diferente para cada capítulo, e isto acaba atrapalhando a compreensão dos que lêem.
Peço desculpas (。•́︿•̀。)
Espero que vocês possam ser complacentes para comigo, ainda sou bem inexperiente neste meio da escrita, e nem sou um gênio em português.
Caso haja erros em determinadas partes dos capítulos, a culpa é inteiramente do meu desfalque a detalhes. Isso é desconcertante.
ಠ︵ಠTenho preguiça de revisar os capítulos, geralmente me fazem querer escrever mais, só que essa onda de empolgação, transforma-se em 1, 2,5,10,40 minutos de procrastinação para escrever apenas uma frase.
Apenas meus amigos lêem isto, mas se caso algum forasteiro de duas pernas decida passar por aqui, digo: É um prazer informá-lo que talvez nós não somos bons da cabeça ╮(^▽^)╭
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O forasteiro de uma perna só
RomanceEscrevo sobre o dia em que minha mente transformou-se em algo físico.