Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
Perdas e ganhos
A LUZ DO sol que entrava pela janela batia no meu rosto me dando uma sensação agradável, apesar da fraqueza que acometia cada parte do meu corpo. Quando abri os olhos, a primeira coisa que percebi era que estava em um quarto de hospital. Eu só não surtei, porque primeiro eu não tinha forças para me levantar e segundo porque a mão de Dominic estava na minha, me reconfortando, me dando segurança.
Virei a cabeça para encará-lo e ele sorriu. A visão de seu rosto me aqueceu e meu coração acelerou. Ele se levantou da cadeira em que estava sentado ao lado da cama e se inclinou na minha direção, dando um beijo demorado na minha testa.
-Bom dia. – Disse ele abaixando a cabeça para olhar em meus olhos. – Se sente melhor?
Eu ainda não sabia dizer se estava melhor ou não. Ainda estava confusa por tudo que tinha acontecido. Eu não me lembrava de como tinha ido parar ali e não entendia como tinha ficado doente tão de repente.
-Holly foi chamar alguém para te examinar quando viu que você estava acordando.
-Não me lembro de ter vindo para cá. – Eu disse depois de limpar a garganta. Minha voz saiu rouca e estranha. – Ou quando.
-Trouxemos você para o ambulatório da faculdade de madrugada. – Respondeu Dominic sentando-se novamente ao lado da cama. – Sua colega de quarto queria nos expulsar do dormitório e seu pai não permitiu que levássemos você para o apartamento da Holly. Nisso eu tive que concordar, porque você precisava de melhores cuidados. Sua febre não estava abaixando.
-Meu pai ainda está aqui? – Perguntei com surpresa e choque nos meus olhos.
Tony Miller já estava há dias longe de Nashville e mesmo sabendo que a distância de casa não era impedimento nenhum para ele se focar em trabalhar, me espantou o fato de ele estar em outro estado por minha causa. Normalmente, tudo que envolvesse a mim e meus problemas, outras pessoas eram encarregadas de resolver e ele apenas acompanhava de longe.
Dominic assentiu e me olhou com aquela preocupação em seus olhos castanhos. Eu não queria deixá-lo preocupado, não queria ser um peso para ele, mesmo gostando do sentimento de saber que alguém se importava comigo. Notei suas roupas amassadas e seus olhos cansados. Ele deveria ter passado a noite em claro cuidando de mim e isso me fez sentir culpada.
-Me desculpa. – Disse sem encontrar seus olhos. – Você sempre tá me salvando ou cuidando de mim... Não tem que fazer isso.
-Não tenho? – Eu o encarei quando ouvi a mágoa em sua voz.
-Não quero ser um peso pra você. – Murmurei sentindo uma dor no peito. Me lembrei na mesma hora da voz de Aaron dizendo isso para mim.
-Acho que já passamos dessa fase, não acha? – Perguntou Dominic aproximando-se. Ele colocou as mãos nas grades laterais da cama e se inclinou sobre mim. – Você não é um peso pra mim, Olivia. Você é a minha namorada. E sempre que eu precisar cuidar de você ou te salvar, eu irei.
Meu coração deu um salto do peito e senti meus olhos arderem. Me senti estúpida por ter ao menos cogitado comparar ele com Aaron.
-Então somos namorados? – Eu perguntei um tanto surpresa e um tanto ansiosa.
-Claro que somos. – Ele respondeu como se fosse obvio. – A menos que eu tenha entendido errado e você não quer que...
-Não! – Eu o interrompi. – Você não entendeu nada errado. Eu estou apaixonada por você há muito tempo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Impossível Não Te Amar
RomancePLÁGIO É CRIME - HISTÓRIA ORIGINAL - NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS. Depois de ser aceita em uma das faculdades mais famosas do país, Olivia tinha planejado meticulosamente o que iria fazer da sua vida. Ela estava disposta a ser alguém dife...