Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
Provocações
MEU corpo ainda estava paralisado, meus olhos encarando-o em descrença. Tive que sacudir a cabeça para despertar do susto e da perplexidade. O que ele queria comigo? Me abordando desse jeito tão... tão intimidador! Ele, ao invés de ficar dentro do auditório foi o primeiro a sair para me esperar aqui? Por quê?
Seu rosto estava tão sério, seus olhos eram tão penetrantes! Meu Deus! Eu senti meu rosto quente, como se estivesse com o rosto na frente de uma fogueira. Como minha pele era branca demais, eu tinha certeza que a minha cara estava vermelha.
Tentei me recompor, limpando a garganta e voltando a respirar como uma pessoa normal.
-E-Eu... te conheço? – quase me chutei por ter gaguejado. Me abaixei para pegar a minha mochila, mas ele novamente foi mais rápido que eu, abaixando-se e pegando-a antes que eu pudesse alcança-la.
-Não me venha com essa. – murmurou ele entredentes entregando-me a mochila com força, ela quase caiu das minhas mãos de novo. – Você poderia usar a desculpa de que estava bêbada demais para se lembrar, mas eu tenho certeza que teria notado isso. A explicação mais lógica seria dizer que você bateu a cabeça depois que saiu correndo como uma louca e rolou escada a baixo, mas eu também tenho certeza de que não foi isso, vi quando você saiu e pegou um taxi. Então eu gostaria que você esclarecesse minhas dúvidas com uma explicação que faça mais sentido e não fingisse ser outra pessoa ou que não se lembra de nada. Você me deve isso.
Eu o encarei com os olhos arregalados. Acho que a minha boca estava aberta também. Eu não tinha conversado muito com ele naquela noite, trocamos poucas palavras, por isso o som da sua voz, mesmo parecendo dura e cheia de ironia, era tão... hipnotizante! Além disso, meu cérebro ainda estava processando suas palavras. Ele queria que eu dissesse por que saí correndo, claro. Mas... Por quê? Por que ele precisava tanto de uma explicação? Um cara normal não teria deixado isso pra lá? Eu tinha quase certeza de que ele conseguiu uma garota para transar no momento em que saí e o quarto ficou livre.
Esse pensamento me enfureceu. Com toda certeza ele era um cara popular como aqueles atletas da faculdade e vivia com garotas jogas aos seus pés. Eu era só mais uma que quase caiu na sua rede.
-Eu não te devo explicação nenhuma! – murmurei ajeitando a mochila no meu ombro e retomando meu caminho pelo corredor que já estava quase vazio. A conclusão de meus pensamentos me causou uma raiva repentina e desesperada.
Ao invés de me impedir fugir dele mais uma vez, ele começou a andar ao meu lado. Eu só pude ignora-lo e caminhar mais rápido.
-Ah, então você me conhece. Já está se lembrando? – perguntou com aquele tom irônico tão idiota.
-Qual é o seu problema? – perguntei irritada sem olhar para ele, enquanto desviava das pessoas pelo caminho. – Eu nem te conheço e você acha que tenho que te explicar alguma coisa? – parei e o fitei com o olhar estreito. – Me deixe em paz!
Não me importei com os curiosos nos olhando e sussurrando entre si ou com a expressão irritada e confusa de Dominic. Cortei um grupo de pessoas parado no meio do corredor e segui para o prédio D para Literatura I, minha próxima aula que com toda certeza chegaria atrasada.
Dessa vez ele não me seguiu e eu não olhei para trás para confirmar se ele havia desistido. Meu coração batia forte e as minhas mãos suavam. Eu sentia uma mistura de raiva, irritação e decepção por saber que aquele garoto lindo que não saiu dos meus pensamentos durante todo o final de semana era um idiota completo. Durante dois dias fiquei preocupada imaginando o que ele estaria pensando de mim e o que diria se me visse novamente. Eu não imaginei que ele fosse me abordar daquela maneira tão grosseira e exigir uma explicação. Para mim ele parecia tão calmo e educado e cavalheiro! Ah! Que ódio de mim mesma! Eu fiquei suspirando de amores por ele depois daquela noite, imaginando o tipo de homem que ele poderia ser só por causa da sua aparência irresistível. Garotas de vinte anos podem ser tão idiotas, às vezes!
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Impossível Não Te Amar
Roman d'amourPLÁGIO É CRIME - HISTÓRIA ORIGINAL - NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS. Depois de ser aceita em uma das faculdades mais famosas do país, Olivia tinha planejado meticulosamente o que iria fazer da sua vida. Ela estava disposta a ser alguém dife...