Born To Die - Choni

The Return of Commander of Death

Toni estava ao fundo da sala, seus braços cruzados enquanto olhava fixamente para uma equipe de médicos ao redor de Cheryl, Jughead vez ou outra olhava para sua amiga, ele sabia o quanto ela estava arrasada, Cheryl sem memória seria uma tortura para Toni, ter a mulher que ama, porém não tê-la completamente. Toni viu a cirurgiã olhar para trás e a chamar, ela olhou para Jughead e o jornalista a incentivou se aproximar da médica. Os outros dois médicos deram espaço para Toni se aproximar, a cirurgiã tocou no ombro da morena e a direcionou para o lado de Cheryl que ainda parecia incerta sobre ter Toni próxima de si.

- Madelaine, eu quero que você me diga se essa mulher causa alguma lembrança em você, mesmo que algo vago, eu quero saber se a presença dela lhe parece familiar - os olhos de Toni pediam desesperadamente para Cheryl reconhecê-la, Toni tentou tocá-la, porém a médica parou o movimento da jovem, ela sabia que Cheryl poderia não se sentir confortável com aquilo - Madelaine? - chamou novamente, Cheryl parecia hipnotizada por aqueles lindos olhos de Toni, com a falta de informação em sua mente, a ruiva via Toni com uma garota indefesa.

- Eu sinto muito, eu... - Cheryl segurou o lençol da cama e o agarrou, ela estava frustrada, ela sentia-se inútil ao não conseguir lembrar nem ao menos de si - Eu não me lembro de nada. - respondeu.

- Está tudo bem, querida - disse a cirurgiã com um sorriso cheio de compaixão. - Vamos precisar fazer mais alguns testes, os últimos, eu prometo. Não se preocupe, não entre em pânico, a perda de memória acontece em muitos casos como o seu, mas não se apavore, muitas pessoas conseguem recuperar as lembranças, porém vou precisar que você tenha paciência. - Cheryl não respondeu a informação da médica, ela olhou mais uma vez para Toni que mantinha o mesmo olhar triste. - Posso falar com você a sós? - falou com a morena que apenas concordou e saiu da sala com a médica.

Cheryl ficou sozinha com Jughead ao final da sala, ela tentou não olhar para o rapaz estranho então desviou o olhar. O jornalista se aproximou da ruiva e tentou não parecer tão intimidador como sempre foi ao ficar diante de Cheryl.

- Como está se sentindo? - depois que Jughead descobriu que Betty era a traidora e não Cheryl, ele passou a não implicar tanto com a ruiva, sua compaixão era nítida ao ver a mulher.

- Como se eu tivesse perdido a memória, oras. - retrucou girando os olhos, Jughead deu um sorriso percebendo que a memoria de Cheryl até poderia ter sumido, porém a personalidade irritante ainda estava com a ruiva. - Desculpa! - pediu percebendo que havia sido rude. - É que é frustrante não saber quem eu sou ou como minha vida era, ou até mesmo quem são vocês. - disse se referindo a Jughead e Toni.

- Eu sei que eu vou soar como um idiota insensível, mas talvez essa sua perda de memória tenha sido algo bom. - o olhar de Cheryl poderia facilmente matar o jornalista se estivessem em algum quadrinho.

- Por quê? Eu fiz algo no qual eu tenha que me envergonhar?

- Não, desculpe, é que eu sou insensível mesmo, a propósito eu sou Jughead .- disse tentando parecer o mais simpático possível.

- De acordo com os médicos, eu sou Madelaine.- respondeu levantando sua mão e Jughead segurou a mão da ruiva, como se tivessem acabado de se conhecerem. - Mas me diz, você é minha família? Amigo? Namorado? - a ultima palavra saiu com um certo desgosto e isso fez Jughead gargalhar.

- Não me encaixo em nenhuma dessas opções, somos amigos por conveniência. - respondeu sendo sincero e Cheryl gostou da verdade que o jornalista passava. - Temos uma relação complicada, uma hora somos melhores amigos, em outras não conseguimos ficar no mesmo lugar ao mesmo tempo.

- Bom, me parece uma amizade verdadeira, nunca confie em alguém que você nunca brigou. - Cheryl sentia-se confortável na presença de Jughead, mesmo sem lembrar-se de absolutamente nada.