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Jughead olhou para Cheryl e observou a mulher, depois que ele jogou aquela pequena bomba, a ruiva não esboçava nenhuma expressão que fizesse Jughead confirmar suas suspeitas, a ruiva suspirou e tomou um gole de seu expresso, tirou algumas notas de sua carteira e pôs sobre a mesa, Cheryl levantou e Jughead fez o mesmo só que segurando firme o braço da namorada de sua amiga.

- Você sabe que isso só me faz confirmar tudo, não é? - disse em um sussurro ameaçador.

Cheryl olhou para a mão do rapaz em seu braço e em um movimento rápido segurou a mão de Jughead e a girou para trás, ela pressionou o rapaz sobre a mesa fazendo com que o rosto do jornalista encostasse-se à mesa fria do local, enquanto Cheryl prendia o braço do rapaz nas próprias costas dele, as poucas pessoas naquela cafeteria olhavam para a cena assustados, sem saber o que fazer. Cheryl pressionou um pouco mais o rapaz e ele soltou um grunhido de dor.

- Se eu estivesse traindo Toni, você seria o primeiro que eu eliminaria. - retrucou com a tranquilidade em seu tom de voz. - Se bem que eu não preciso trair Toni para acabar com você. - Cheryl o soltou e o rapaz imediatamente trouxe sua mão para frente, sentindo o incômodo onde Cheryl pressionou. Jughead olhava para Cheryl como se ela fosse seu inimigo número um.

- Eu estou com o celular de Percival, sei que você já foi uma menina religiosa, Cheryl, então reza para não ter nada ligado a você no celular de King, porque se tiver... - Jughead se aproximou da ruiva e olhou fixamente nos olhos castanhos da garota. - Eu não vou acabar com você, Toni vai, e sabe por que eu tenho certeza disso? Porque não há nada que Toni odeie mais do que traição e por mais que ela sinta algo por você, isso não vai impedi-la de acabar com você.

- Toni nunca faria isso.

- Ela nunca pensou em fazer algum mal a Peaches, mas não pensou duas vezes antes de explodi-la. - Jughead pegou sua mochila ao chão enquanto Cheryl continuava a olhar para ele. - Você tem até o final do dia para me contar a verdade, e eu dar uma chance a você. - Jughead não esperou por uma resposta e passou por Cheryl e dessa vez foi a ruiva quem o impediu de sair, segurando em seu braço.

- Eu jamais trairia Toni. - respondeu com confiança, Jughead puxou seu braço soltando-se de Cheryl e foi embora, deixando a ruiva naquele lugar.

[...]

- O quê?! - disparou Betty quando ouviu Toni chamá-la de traidora. A advogada que já tinha sua bolsa no antebraço a deixou cair com o que escutara.

- Foi você que entregou um dossiê sobre mim para Myles, você o trouxe até aqui, o que pretende com isso, Betty?! - Toni levantou do sofá e se afastou de Betty, ela estava começando a se enfurecer e não queria atacar sua amiga, pelo menos não agora. Betty olhava para sua amiga sem esboçar nenhuma expressão, até que a advogada franziu a testa. - Por que es...

- Antoinette, quem diabos é Myles?! - perguntou cortando o pensamento de Toni, a advogada esperava por uma resposta e o que recebeu foi uma gargalhada sarcástica. - Quem é Myles? - insistiu ignorando o sarcasmo da ação da amiga.

- Para de fingir Betty! Ele disse que a mulher que entregou minhas informações usava roupas formais, e tinha um corte na mão, é apenas uma coincidência essa mulher se encaixar perfeitamente com seu perfil? - Betty percebeu a impaciência na voz da amiga, foi quando teve a certeza de que Toni estava a ponto de deixar a situação mais física.

- Toni, querida, não sei se você percebeu, mas estamos em New York, metade das mulheres da cidade se vestem formalmente, e um corte na mão? Isso acontece todo dia com alguém por aí. - Betty se atreveu a se aproximar de Toni mesmo sabendo que a qualquer momento a amiga pudesse se tornar agressiva. - Quem diabos é Myles? - Toni deu uma tapa em Betty e a advogada realmente não esperava por isso.

Born To Die - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora