Capítulo 13

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Brutus não esperou John estacionar o carro para pular a janela e sair em disparada na direção da casa. Era como se ele soubesse que Enid precisava de ajuda, mesmo com uma idade avançada no mundo canino, o cachorro conseguia ser agiu.

John empunhou a arma e também correu, atento ao redor. Chegou de surpresa e meteu bala no sujeito.

Não pensou duas vezes em ir atrás do mascarado, seguiu os rastros de sangue até a porta dos fundos, Brutus fareja as gotas em busca de mais trilhas. Mas era como se o cara tivesse evaporado no ar.

O barulho de sirene e de portas batendo foi ouvido, Wednesday foi a primeira a aparecer.

— Cadê ela?

— Lá dentro — Seguiu na direção que foi apontada.

Amanda, Isabel, Jenna, Chloe e Charyl apareceram. A ruiva empunhava a arma na mão, outros oficiais estavam atrás dela.

— O cara sumiu — Avisou — Consegui meter uma bala no braço dele, ele estava mancando por conta da mordida que levou do cachorro. Não era para ter sumido tão rápido.

— Se ele está ferido, não deve ter ido muito longe.

Cheryl se virou para os companheiros de guarnição, todos estavam atentos para as ordens que receberiam. Quando Clark não estava, era Cheryl quem mandava.

— Isolem a área, quero uma patrulha sendo feita na floresta — Foi direta e autoritária — Preparem os sacos de provas, coletem o sangue e mandem para a análise.

John a encarou surpreso, Cheryl tinha bem mais tato para lidar com os oficiais do que Clark. Julgou que era ela quem sempre dava as ordens e Clark apenas assinava a papelada dizendo que era ele.

Em menos de um minuto toda a movimentação estava sendo feita, um dos oficias entregou um kit pericial para a ruiva, cada policial recebia um par de luvas, sacos de coleta com pinças e cotonetes, junto com canetas e etiquetas para identificação.

— Fiquem na viatura, logo eu apareço por lá para falar com vocês — Pediu com gentileza — Se conseguirem, evitem pisar nas manchas de sangue.

— Tudo bem, faremos isso.

Viram o momento exato em que Enid saiu da casa, sendo amparada por Wednesday. A loira mancava, seu conjunto de moletom estava ensanguentado.

— Ai meu Deus — Isabel murmurou em completo choque.

Cheryl sentiu um lamento muito grande com a cena, sabia que dentro da casa estava Charlotte e que pelo fato dela não ter saído, isso significava que ela estava morta. Enid lhe encarou, seus olhos estavam frios, era como ver a completa escuridão.

Não pode impedir a sensação que teve de nostalgia, já viu aquele olhar antes, foi o mesmo olhar que recebeu quando botou fim a amizade que tinham e se tornou desprezível. Era um olhar de dor e que lhe atravessava a alma.

Estava tendo o maior flashback naquele momento.

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Estava no banheiro retocando a maquiagem quando escutou a porta ser aberta, viu pelo espelho de quem se tratava, era impossível não se sentir mexida com aqueles olhos.

— Veio no banheiro para fazer suas necessidades ou para ficar olhando para minha cara? — Guardou o batom na bolsa e a encarou — Tira uma foto se for a segunda opção.

— Por que está me tratando assim? — Viu as mãos de Enid se mexerem nervosamente — Quer dizer, porque está tratando todos assim... com indiferença e desprezo, essa não é você.

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