Capítulo 36

2K 224 353
                                    


......∆x∆......

A casa estava silenciosa quando abriu a porta, deu passagem para que Cheryl passasse e pendurou o casaco no cabideiro de recepção.

Ela ficou parada sem saber o que fazer, achou cômico o quão sem jeito ela estava, caçando, talvez com medo dos meus pais aparecerem.

— Quer alguma coisa? Água, suco? — Foi em direção à cozinha e direcionou o caminho para ela.

— Pode ser um suco — Chery ficou em pé próximo ao balcão.

O relógio na parede mostrava o quão tarde estava, como não recebeu nenhuma ligação da tia Wednesday dizendo que assassinou tia Enid, supôs que elas se acertaram.

Pegou a garrafa de suco de laranja e colocou no balcão, pegou também um pote com uvas que a mãe sempre deixava na geladeira.

Estendeu um copo para Cheryl, que só se moveu para pegá-lo, caso contrário ela iria continuar parada igual um soldado ao lado do mármore.

— Eu que sou a virgem e você que age como uma? — Levou uma uva até a boca, percebeu o olhar de desafio vindo dela — Isso não me parece certo, detetive.

— Só estou averiguando o perímetro, marrenta — Ela se debruçou no balcão e roubou uma uva da minha mão, seguiu sua ação de levar a fruta até a boca. Travou de momento com aquele ato, principalmente quando olhou em seus olhos e viu que a mesma estava fazendo aquilo para provocar — Você tem muito o que aprender sobre mim, Chloe.

— E quem disse que eu não sei sobre você? — Ergueu uma sobrancelha — Você pode até ser mais velha do que eu, e mais experiente em certo quesito... Mas é bem previsível.

— Certo, então, o que eu estou pensando agora?

Deu a volta no balcão, seus olhos me seguiram e me mediram. Parou ao seu lado e levou o dedo indicador até seu braço, começou a subir até parar em sua escápula.

— Primeiro, você até pode querer ir com calma comigo, mas nós duas sabemos que você fica completamente desorientada quando eu te provoco — Subiu o dedo pelo seu pescoço até parar em seus lábios, acariciou a região com o polegar— E nesse momento está pensando em uma maneira de sair dessa situação.

Se debruçou em sua direção, quando estava próxima aos lábios e prestes a deixar Cheryl quebrar a distância, desviou a rota e foi até sua orelha. Deu um sorriso quando viu suas mãos se fechando e percebeu ela engolindo a saliva da boca.

— Porque queridinha, eu posso até ser virgem — Mordeu seu lóbulo da orelha lentamente, e voltou em direção a sua boca, seus olhos estavam brilhando igual à lua do lado de fora — Mas eu não sou santa...

— Você está mexendo com o fogo, marrenta — A respiração dela começou a ficar intensa — Então é melhor a gente parar por aqui.

— Por que, detetive? — Aproximou os lábios dos dela de maneira sorrateira, Cheryl fechou a mão mais forte, tanto que suas unhas fincaram na palma — Não está a fim de brincar?

— Esse é o problema — Estava adorando vê-la perder a sanidade — Eu quero... Mas eu falei que iria devagar.

— E se eu não quiser ir devagar? — Levou o dedo indicador para seu peito e brincou com o colar em seu pescoço — E se eu quiser apressar as coisas e transar com você essa noite?.

Cheryl estava realmente surpresa com o que falava, ela não sabia até onde aquilo tudo era uma brincadeira.

Olhou para seus lábios e depois para seus olhos, estava sim mexendo com o fogo, mas estava disposta a se queimar.

ConsequencesOnde histórias criam vida. Descubra agora