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A casa estava silenciosa quando abriu a porta, deu passagem para que Cheryl passasse e pendurou o casaco no cabideiro de recepção.
Ela ficou parada sem saber o que fazer, achou cômico o quão sem jeito ela estava, caçando, talvez com medo dos meus pais aparecerem.
— Quer alguma coisa? Água, suco? — Foi em direção à cozinha e direcionou o caminho para ela.
— Pode ser um suco — Chery ficou em pé próximo ao balcão.
O relógio na parede mostrava o quão tarde estava, como não recebeu nenhuma ligação da tia Wednesday dizendo que assassinou tia Enid, supôs que elas se acertaram.
Pegou a garrafa de suco de laranja e colocou no balcão, pegou também um pote com uvas que a mãe sempre deixava na geladeira.
Estendeu um copo para Cheryl, que só se moveu para pegá-lo, caso contrário ela iria continuar parada igual um soldado ao lado do mármore.
— Eu que sou a virgem e você que age como uma? — Levou uma uva até a boca, percebeu o olhar de desafio vindo dela — Isso não me parece certo, detetive.
— Só estou averiguando o perímetro, marrenta — Ela se debruçou no balcão e roubou uma uva da minha mão, seguiu sua ação de levar a fruta até a boca. Travou de momento com aquele ato, principalmente quando olhou em seus olhos e viu que a mesma estava fazendo aquilo para provocar — Você tem muito o que aprender sobre mim, Chloe.
— E quem disse que eu não sei sobre você? — Ergueu uma sobrancelha — Você pode até ser mais velha do que eu, e mais experiente em certo quesito... Mas é bem previsível.
— Certo, então, o que eu estou pensando agora?
Deu a volta no balcão, seus olhos me seguiram e me mediram. Parou ao seu lado e levou o dedo indicador até seu braço, começou a subir até parar em sua escápula.
— Primeiro, você até pode querer ir com calma comigo, mas nós duas sabemos que você fica completamente desorientada quando eu te provoco — Subiu o dedo pelo seu pescoço até parar em seus lábios, acariciou a região com o polegar— E nesse momento está pensando em uma maneira de sair dessa situação.
Se debruçou em sua direção, quando estava próxima aos lábios e prestes a deixar Cheryl quebrar a distância, desviou a rota e foi até sua orelha. Deu um sorriso quando viu suas mãos se fechando e percebeu ela engolindo a saliva da boca.
— Porque queridinha, eu posso até ser virgem — Mordeu seu lóbulo da orelha lentamente, e voltou em direção a sua boca, seus olhos estavam brilhando igual à lua do lado de fora — Mas eu não sou santa...
— Você está mexendo com o fogo, marrenta — A respiração dela começou a ficar intensa — Então é melhor a gente parar por aqui.
— Por que, detetive? — Aproximou os lábios dos dela de maneira sorrateira, Cheryl fechou a mão mais forte, tanto que suas unhas fincaram na palma — Não está a fim de brincar?
— Esse é o problema — Estava adorando vê-la perder a sanidade — Eu quero... Mas eu falei que iria devagar.
— E se eu não quiser ir devagar? — Levou o dedo indicador para seu peito e brincou com o colar em seu pescoço — E se eu quiser apressar as coisas e transar com você essa noite?.
Cheryl estava realmente surpresa com o que falava, ela não sabia até onde aquilo tudo era uma brincadeira.
Olhou para seus lábios e depois para seus olhos, estava sim mexendo com o fogo, mas estava disposta a se queimar.
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Consequences
FanficSegunda temporada de Don't Give Up Bem que falam que coisas mal resolvidas, sempre voltam para nos assombrar. Era isso que definia aquele momento da minha vida, meu passado estava batendo a porta. E o pior de tudo, era que dessa vez todos estavam...