Prólogo

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Crescer nas ruas não é fácil, lá é aonde os olhos da sociedade não chegam, aonde a misericórdia de Deus se recusa a ir. Tudo depende de você. Quer comer? Consiga comida, quer dinheiro? Consiga dinheiro. Ou então apenas morra no canto da calçada, por que no meio pisaram em você. Não posso dizer que não tive ajuda no caminho, pessoas com a carteira no bolso de trás ou falando ao celular foram muito úteis para a minha sobrevivência. Estarei mentindo se disser que roubar era contra os meus valores, ninguém nunca havia se dado o trabalho de me ensinar o que era isso, mas pelo menos os furtos me garantiam um prato de comida. Ou um olho roxo.

No início era por mim, mas depois surgiram outros aos quais estavam na mesma situação que eu, dividiamos o prato e os centavos que sobravam, foi questão de tempo até que formassemos um grande número, afinal, eu não era o único ordinário desse mundo. Nos tornamos uma gangue, deixaram-nos crescer, achavam que não representavamos perigo, nós derrubamos muitos enquanto cresciamos e quando me dei conta já eramos os maiores da Ásia.

Eu ganhei um nome, Park Jimin, eles dizem que eu pareço ter vinte e cinco, então talvez essa seja a minha idade.

Muitas pessoas me odeiam, odeiam mais a mim do que quem as faz mal, eu entendo, é difícil sentir-se contente com conquistas que não são suas, mas tudo tem limites, ferir os meus, é ferir a mim. Então, se querem minha atenção, eu lhes parabenizo, vocês a conseguiram.  Eu lhes ofereço um jogo, todo e qualquer líder de gangue, de qualquer lugar do mundo, homem ou mulher poderá candidatar-se. O prêmio? Nada mais nada menos que o líder dos Carat's, eu.

PredadorOnde histórias criam vida. Descubra agora