🩸|Doprê
Já chegamos na casa do big magro, Lili convidou a gente pra tomar café e comer um sanduíche, ela já tinha comido, eu não tava com fome, Carol aceitou e estava com o Magrão comendo. Quando eles terminaram de comer, Carol deu uma de esperta e esqueceu que enquanto ela tá indo eu já tô voltando.
- Eu lavo a louça. - Carol disse
- Cê não lava nada não cuzão, vamo lá te ensinar os bugulho. - Magrão disse e eu ri
- Ela ta achando que vai fugir dessa mano. - falei
- Ai gente, eu não acho uma boa ideia não mano... - falou
- Para de ser louca e vai lá que nois vamo te ensinar, e tu vai arrasar. - Lili disse e nós concordamos enquanto Carolina nos olhava com uma cara estranha
Explicamos pra ela sobre os versos, tempo, sobre os beats e agora estávamos tentando fazer ela rimar, mas toda vez que ela ia começar, a mina travava e parece que não saia a voz.
- Desculpa, mas acho que não consigo. - ela falou e sentou no sofá cabisbaixa
- Ou, tá tudo bem. - falei sentando do lado dela - cê não vai começar aprender a rimar hoje e já sair rimando de uma vez.
- Eu entendi tudo e acho que consigo seguir certinho, mas quando vou mandar a rima parece que não sai mano. - falou chateada
- Fica assim não princesa, a gente tá aqui pra te ensinar por que sabe que cê consegue.- Lili falou e eu concordei
- Isso aí mano, é só questão de tempo pra tu tá amassando nois. - Magrão disse e nós rimos
- Amassar também não gente, vamo com calma. - ela disse e eu sorri - vou me esforçar mas não garanto muita coisa.
A gente deu uma pausa, tomamos uma água e Carol disse que já ia pra casa.
- Vou indo já gente. - falou indo em direção a mochila dela
- Espera aí doidona, vou ir também, te deixo em casa e depois vou pra minha. - falei, Magrão e Lili soltaram um "humm" com uma cara maliciosa - Que foi tio?
- Tô de olho em tu cheio da graça pra cima da minha amiga aí. - Lili disse
- Lá vem! - Carol disse e nós rimos. - Tchau lindos, obrigada por hoje. - Ela disse abraçando eles
- Vem amanhã de novo pra nois te dar mais umas aulas. - Magrão disse e ela concordou. - Falou aí neguinho, cuida dela!
- Valeu aí! - falei. - Vamo Lina?
- Vamo Doprezin. _ ela disse, eu peguei a mochila dela e saímos.
⚗️|Carolina
Pedro e eu viemos conversando durante todo caminho até minha casa.
- Obrigada. - eu falei
- Pelo o que doidona? - ele disse rindo
- Pela ajuda e disposição pra me ensinar a rimar, e por ter me trazido em casa.
- Precisa agradecer não mano, tô gostando de te ensinar as paradas, cê é foda e acredito no teu potencial. - falou pegando na minha mão e eu dei um sorriso, fiquei tão feliz de ter ouvido isso
- Quer subir? - perguntei e ele negou
- Já vou indo, tenho que banhar ainda.- disse
- Tem mesmo, mó cheirão podre. - brinquei
- Podre é você cuzona, pai é cheiroso parça. - falou e nós rimos. - Vou lá, se cuida viu? - disse me dando um abraço.
- Tu também gatinho. - fui dar um beijo na bochecha dele e ele mexeu a cabeça bem na hora, o que fez eu sem querer dar um selinho no canto da boca dele. - Desculpa. - falei sem graça
- Precisa pedir desculpa não. - falou sorrindo. - Sobe logo pra não pegar vento frio aqui fora, vou esperar ce entrar e já vou ir.
- Tá bom, se cuida. - falei e abri o portão. - Me avisa quando chegar em casa. - falei e ele concordou, logo entrei e subi para meu apartamento.
Entrei, tirei meu sapato e fui tomar banho. Separei uma camisa larga e uma calcinha, tirei minha roupa e entrei no box, tomei um banho demorado, me vesti e fui fazer algo para comer.
Coloquei uma música na tv enquanto fazia um macarrão com molho de frango, aparecido com o que minha mãe faz. Jantei e fui deitar ler um livro.
Estava lendo até meu celular acender o visor e mostrar uma mensagem do Pedro, dizendo que tinha chegado em casa, respondi ele e dei boa noite, mas como minha cabeça não ajuda muito, comecei a pensar no que ele me disse hoje.
Gosto muito de escrever meus poemas, mas rimar é diferente, por mais que eu tenha entendido o que eles me explicaram, parece que eu não consigo. Um pouco pode ser insegurança, na verdade é isso, tem algumas coisas em mim que sou um pouquinho insegura, a começar pela aparência.
Desde pequena fui uma criança gordinha, isso não me afetava até alguns parentes começarem a debochar quando eu era a última a sair da mesa nas refeições em família, ou quando eu ia experimentar uma roupa infantil em uma loja e a roupa não me servia. Agora isso tá mais de boa, mas já fui muito insegura, ainda uso roupas largas e me preocupo se as dobrinhas estão mostrando, mas não sinto nojo e vergonha de mim mesma como eu sentia antes.
Sei que não existe um padrão, cada corpo é lindo independente da forma, e apesar de ser um processo difícil, a aceitação é muito importante, uma dica boa é, palavras de afirmação para si mesmo ajuda muito. Com isso e com o que o Pedro me disse, acho que sou capaz...
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2/3Mais tarde posto o próximo cap. Não esqueçam de votar e deixar um comentário!! Beijos da Pudim!🍮✨️
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Nossa sorte - Nle Doprê
FanfictionCarolina Ferreira conhece Dopre pessoalmente em uma batalha de rima da forma mais aleatória possível, estaria aí a sorte um do outro?