Vinnie Hacker.
Preso em uma teia intricada de destinos entrelaçados, Vinnie confronta não apenas seus inimigos, mas também os demônios que se manifestam através de um dilema desconcertante. Em um mundo onde o monstro conhece cada sombra do seu ser e...
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Uma semana tinha se passado desde o acordo que fiz com o Bryce. Fizemos uma reunião com a imprensa, informando sobre todas as mudanças dali para frente. Os boatos seriam desmentidos, perdendo totalmente a credibilidade. Caso um dia Bryce descobrisse sobre, ele ainda poderia ser taxado como cúmplice. Estaria tudo bem, se não fosse a outra parte.
A parte que ele queria que nos déssemos bem fora da empresa. Eu preferia lidar com ele o ignorando, mas não parecia ser esse seu objetivo. Aparentemente eu tinha que ceder também, mais ainda do que já estava fazendo.
Quanto à Olívia, agora era eu quem a ignorava. Ela tentou se aproximar duas vezes depois da conversa que tive com o Bryce, mas evitei ficar sozinho com ela, sempre inventando uma desculpa esfarrapada. Eu não poderia lidar com ela, não agora. Talvez um dia, ou nunca mais.
Emily e Winter ainda estavam confusas sobre a minha decisão, mas estavam me apoiando. Elas tentavam mais do que eu, para ser sincero. Até decidiram chamar o Bryce para sair, o que achei uma péssima ideia. Qual a chance disso dar certo?
— Terão paparazzis lá, Vinnie — Winter falou, tentando me convencer de que seria divertido. — Se eles verem vocês saindo juntos vai ser bom! Mostra que realmente firmaram uma paz.
Revirei os olhos. Aquilo era uma baboseira, mas agora precisava aguentar. Se desse sorte em breve ele se cansaria e cada um voltaria a seguir a sua vida. Se eu não desse, brigaríamos ali, consolidando o final da paz.
— Ainda não entendo porque escolheram uma boate — resmunguei. — Música alta, pessoas bêbadas, gente demais...
— Deixe de ser um velho ranzinza e foca nas mulheres que terão lá — Emily respondeu rindo, se divertindo com a minha cara. — Você vai se divertir, só tenta... não surtar.
— Acho que deveríamos ter uma palavra de segurança, sei lá — falei pensativo. — Se eu falar ela, vocês correm para me tirar de lá antes que eu cometa um assassinato.
— Você pode falar "Winter, quero te comer agora" e eu paro tudo para te socorrer — Winter falou rindo, me fazendo rir com ela.
— Enquanto isso eu faço o que? — Emily perguntou cruzando os braços, nos encarando.
— "Winter e Emily, quero comer as duas" — Winter falou forçando a voz. — Acho que um trisal soa bem convincente, não?
— Me coloque fora disso, por favor — Emily falou, nos fazendo rir.
— Acho que precisa ser uma palavra mais curta. Até falar tudo isso, já matei pelo menos três — conclui, pensando que nada disso funcionaria.
A minha tática seria me afastar dele. Quanto mais longe ficasse, mais difícil seria de arrumarmos confusão. Uma noite repleta de paparazzis, não precisávamos dar comida aos abutres.
Winter me entregou uma roupa e fui me trocar enquanto as duas terminavam de se arrumar. Eu ainda não estava seguro de que aquilo seria uma boa ideia. Era muita coisa em jogo e eu precisava me controlar.
