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— Caralho, por um momento tive que perguntar pra eles se estávamos mesmo como atração principal — Vic diz e vem me abraçar apertado — Sou Vic de Angelis.
   A garota simpática abraça todos como se fôssemos amigos de anos. Bill rapidamente se enturma.
    — Esses são Ethan, Thomas e Damiano.
   Eles não foram tão extrovertidos quanto Vic, mas são igualmente receptivos.
    — Sou Pennellope — digo — mas me chamam de Penny. Georg, Gustav e os gêmeos Tom e Bill.
    Ethan conversa com Gustav, enquanto Thomas e Vic conversam com Georg e os Kaulitz. Eu e Damiano sobramos. Ah, que maravilha.
   — Achei que fosse vocalista – ele diz, pegando um cigarro e tentando acender o isqueiro. Estamos vendo a interação entre as bandas.
   — Não – digo, sem jeito.
   — Mas pelo visto é talentosa.
   — Um pouco.
   — Toca mais o quê?
   — Tudo.
   Ele para e me olha, e volta a acender o cigarro que finalmente pega. 
   — Penny, chega aí! — Gustav me chama.
   — Licença.
   — Ethan quer saber mais sobre o tambor.

DAMIANO POV's

  — Eu tenho que admitir, eles são bons — Thomas diz.
   Quase não presto atenção, meus olhos estão vidrados nela. O jeito que ela se move pelo palco, como canta e toca. A voz dela é deliciosa, mas não posso negar que pensei e imaginei em outras ocasiões. Me pergunto se ela e o loirinho têm um lance.
A última música começa e não poderia ficar mais impressionado. Olho para Ethan e o vejo olhar fixamente para ela enquanto toca o tambor.
     – Puta merda — Vic diz dando pulinhos.

  PENNY POV's
  
   – Vocês conhecem a cidade? — Bill pergunta.
  — Quase nada. Quando viemos na primeira vez, mal saímos — Ethan diz.
   — Podíamos levar eles na Pub Chateau.
   — Eu e Georg não poderemos ir — Gustav diz — mas seria ótimo levar eles lá.
   — Adoro um pub — Thomas diz.
   — Como faremos, então? — pergunto.
   — Bom — Damiano começa e surpreende pela primeira vez falando — Nem temos quartos ainda.
   — Quê? — Tom diz, rindo – como?
   — O check-in deu problema. A cidade tá cheia, então não temos quartos — Ethan explica.
   — Acho que é a primeira vez que uma banda vem cantar em um país e não tem onde ficar — Georg diz, rindo e eu dou um soco em seu braço.
    — Meu apartamento é grande. E tem o da minha irmã também, de frente pro meu.
   – Eu consigo acomodar duas pessoas na minha casa, mas o apê de Penny é maior.
   — Ai, isso seria ótimo — Vic diz.
   — Vamos pra lá agora, aí vocês podem conhecer, qualquer coisa, quem for ficar com Bill, pode ir direto com ele.
   — Perfeito — Ethan diz.
   Desmontamos tudo e entramos na nossa van e a deles nos seguiu. Eles vão ensaiar na parte da tarde. Chego no meu edifício e os quatro, além de Bill, entra comigo. Tom e os G's foram pra casa.
    — Com todo respeito, Bill — Vic começa — acho que vai ser difícil não querer ficar aqui.
   Entramos no elevador e Damiano fica ao meu lado. Endireito a postura e mando uma mensagem pra Dove, explicando rapidamente o que aconteceu e não pega-la desprevenida.
   Saímos do elevador e abri minha porta.

O sol estava em sua melhor hora na minha sala, deixando o lugar quase paradisíaco

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O sol estava em sua melhor hora na minha sala, deixando o lugar quase paradisíaco.
– É, Bill. Realmente vai ser muito difícil não querer ficar aqui — Ethan diz, rindo e nos juntamos à ele.
— Eu tenho um quarto além do meu, mas que cabe dois colchões de solteiro. O de hóspede comportam duas pessoas também e tem a sala.
— E por quê diabos você ainda ofereceu o da sua irmã? — Thomas diz.
— Ela é maluca — Bill diz — as duas bandas caberiam aqui facilmente e mais umas cinco pessoas.
Levo eles até o apartamento de Dove. Abri a porta e chamo-a.
— Dody? – vou entrando e logo ela vem.
— Sissy! Como foi lá?
— Ótimo. Dody, esses são os Måneskin — digo e apresento um por um. Vic a devora com o olhar e é recíproco.
— Acho que vou querer ficar aqui — Vic diz.
— Bom, tem espaço pra mais gente. Meu apartamento é quase igual da Sissy.
— Eu posso ficar aqui também — Thomas diz.
Olho pra Ethan e Damiano, esperando uma resposta.
— Podemos ficar no seu? Que aí não tumultua muito em um único lugar — Ethan diz.
— Parece que queremos bagunçar o máximo que pudermos — Damiano diz, rindo.
— Claro, sem problemas. É, Bill. Então você pode ir embora.
— Droga. Ninguém nunca vai na minha casa.
– Estávamos lá há dois dias!
— É, mas vocês não contam.
— Idiota – digo e ele me puxa para um abraço. Eu e Bill éramos os mais carinhosos e quem demonstrava mais na banda. Qualquer oportunidade de abraçar, estávamos fazendo. Damiano nos olhava atentamente.
— Ah, não esquenta não — Dove diz ao lado de Damiano — eles fazem isso o tempo todo.
Descemos e nos despedimos de Bill. Vamos sair às 10h. Aproveitamos e pegamos as coisas do pessoal. Enquanto Thomas e Vic iam pro quarto de Dove, Ethan e Damiano se ajeitavam no meu.
— Fiquem à vontade. O quarto de hóspede tem suíte. E tem outro banheiro ao lado da cozinha.
Os meninos entraram e subi com eles, que ficaram no quarto de hóspedes. Peguei alguns lençóis, toalhas e cobertores.
— Tem colchões embaixo da cama, só puxar.
— Obrigado, Penny. Já é demais — Ethan diz e eu sorrio.
— Vou mostrar a casa pra vocês.
Andamos pela minha casa e mostrei os quartos, o banheiro, a sala de música.
— Isso é legal pra caralho — Ethan diz, vendo todos os instrumentos que tinha. Bateria, instrumentos de corda, sopro, teclado.
— Você gravam aqui? — Damiano pergunta.
— Às vezes. Nosso estúdio mesmo fica no centro de Berlin. Aqui só compomos e ensaiamos.
Entro na minha biblioteca particular e Ethan ri.
— Você tem muita cara de quem gosta de ler — Ethan diz e Damiano se aproxima da estante.
— Ah... Não é nada muito culto.
— Tô vendo. Cinquenta Tons de Cinza. After. Corte de Rosas e Espinhos. Não é esse que é pornô de fada? — Damiano diz e Ethan explode em uma risada. Tiro o livro da mão de Damiano que sorri cinicamente pra mim.
— Fofoqueiro.
— Pervertida.
Continuamos a andar e descemos as escadas, mostro a sala e a cozinha.
— Tem bastante coisas nos armários, eu faço minha própria comida.
— Tem alguma coisa que você não saiba fazer? — Ethan pergunta.
— Mas cozinhar é o básico.
— Diga isso à Ethan que transforma qualquer comida em carvão. É só colocar fogo e grelhar a carne.
Ethan mostra o dedo do meio e eu rio alto. Damiano me olha, sorrindo, e eu sinto meu rosto corar.
Os meninos foram para os quartos e aproveitei pra fazer uns cookies, já que eles sairiam daqui a uma hora. Damiano sai do quarto e encosta na bancada da cozinha.
— Ethan foi tomar banho. Quer ajudar com alguma coisa?
— Prove. Veja se está doce demais.
— Não prova o que você mesma faz? — ele diz e coloca o dedo na massa, levando-o à boca e o chupando-o. Preciso me concentrar bastante diante do gesto — está muito bom. Deveria provar.
— Não acho as coisas que faço tão saborosas assim — digo e Damiano coloca outro dedo na massa, mas dessa vez, leva à minha boca. Chupo a massa e o vejo me observar.
Meu corpo inteiro formiga.
— E então? — ele pergunta.
— Isso está cheiroso — Ethan diz, entrando no recinto e eu me afasto um pouco de Damiano.
— Ethan, literalmente não tem NADA assando ainda — Damiano diz.



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Honey, are u coming? - 1º TEMPOnde histórias criam vida. Descubra agora