29- goodbye

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Descemos as coisas do carro e adentramos o aeroporto. Segurei na mão de Damiano e meu corpo implorou para que ele ficasse, e seu sorriso quando sentiu meu toque foi como um punhal no peito. Eles embarcariam em cinco minutos.
— Acho que é isso — Ethan diz e senti a garganta queimar. Foram alguns poucos dias mas muito intensos. Foi a primeira vez que estive com pessoas novas e me senti segura. Estava entre amigos. Vivi mil sentimentos em um intervalo pequeno de dias.
— Grazie, Penny — Thomas diz e eu o abraço apertado — chegamos aqui e você fazia parte de uma banda.
— E agora você é uma rockstar solo — Vic diz. Sorrio, sentindo as lágrimas caírem.
— Vocês sabem como foi importante pra mim. Obrigada de verdade por terem me proporcionado isso — digo.
Ethan me abraçou por trás e apoiou a cabeça em meu ombro.
— Você teve tanta paciência comigo. Grazie, Penny. — ele diz e me viro, abraçando-o apertado.
— Você é incrível, sore. Obrigada pelos dias incríveis — Vic diz, e vejo seus olhos marejados também.
E então, chegou Damiano.
— Quando nos vemos de novo? — ele perguntou, o nervosismo transparecendo. Respirei fundo.
— Eu acho que... não sei. Fomos longe e rápido demais. Sinto muito — digo, e seu olhar recai sobre mim — acho melhor pararmos por aqui.
Vejo seu pomo de Adão subir e descer diversas vezes. E eu pude ver seu coração partir.
— Acho que foi o lugar errado na hora errada.
Seus lábios foram franzidos e ele me puxou, dando um beijo na minha testa.
— Se cuida, Penny.
E eles se foram. Três deles olharam pra trás. Eu torci para que ele olhasse. Eu torci tanto que tenho certeza que se olhasse eu correria para seus braços. Com coração ferido e tudo, eu entregaria a ele. Mas ele não fez. Damiano não me olhou uma última vez.
Lágrimas escorriam pelo meu rosto e senti a mão de Dody no meu ombro, me trazendo pra perto de si e um soluço foi abafado. Eu não sei de quem foi. Ela sabia. Fomos abraçadas para o carro. A chuva caía sobre o carro. Torrencial.
— Eu sinto muito...
— POR QUE TEM QUE SER ASSIM? — berrei, e minha voz se igualou aos trovões lá fora — POR QUE ISSO ACONTECEU COMIGO?
— Penny...
— EU AMEI OS DOIS... eu amo... mas não posso te-los.
Os olhos de Dody marejaram mas eu só solucei ainda mais, e uma parte minha desejou que nem Leo, nem Damiano, tivessem existido pra mim. Fomos pra casa e ficamos no apartamento de Dody. Mas, relutantemente, decidimos ir para o meu. As luzes de Natal ainda tinham seu poder de alegrar qualquer coisa. Me
Encolhi no sofá e Dody pegou uma manta. Fechou as cortinas e fez um chocolate quente. Assistimos Crepúsculo até pegarmos no sono juntas, e eu me aconcheguei em seu corpo quente. Os problemas pareciam menores quando ela me salvava da tempestade que eles eram.
Acordei ouvindo a voz de Dody e Tom.
  — Tenho muito medo do que pode acontecer... – ouvi Dody dizer. Um toque suave no rosto me fez despertar ainda mais. A mão delicada a entregava. Heidi.
  — Oi – ela disse em uma entonação reconfortante — como você tá?
  — Bem. Feliz Natal — disse.
  — Feliz Natal, Penny. Vem, estamos na mesa. Acabamos de chegar.
Me levanto, ajeitando meu cabelo e a manga da blusa. Bill corre até mim assim que me vê.
  — Feliz Natal, Penny!
  Seu entusiasmo me fez sorrir.
  — Feliz Natal, Billy. Feliz Natal, Tommy — digo e os lábios de Tom beijam minha mão enquanto Bill me abraça apertado.
  Fui até meu quarto enquanto eles se sentavam e peguei os dois pequenos embrulhos.
  — Esse é seu — entreguei o primeiro ao Bill — e esse é de vocês. Eu prometo compensar depois, não queria ter esquecido o natal — disse, rindo.
  Bill abriu e tirou o pequeno globo de neve do saquinho. Ele tinha um casal de bonequinhos cantando. Foi tão específico quando o vi, que não resisti. Era significativo para nós.
  — Penny... — ele diz, mas as palavras morrem quando ele me abraça — te amo pra sempre.
  – te amo, Billy.
  Tom abriu o pequeno globo que continha patinhas de cachorros. O casal me abraçou apertado, sem precisar dizer nada.
— Penny, esse é seu. E esse é seu, Dove. — Heidi disse — é um presente nosso.
  O meu era um fone de retorno com as iniciais PW. Com pequenos swarovskis. Caramba.
  — Minha nossa.
  — É pra dar sorte — Tom diz, piscando, me fazendo sorrir.
  — Obrigada mesmo.
  O presente de Dove era um par de brincos brilhantes, delicados.
  — Penny? — ouvi Bill me chamar.
  — Sim?
  Bill me entregou um pequeno embrulho. Abri a caixinha e era uma pulseira. Com cinco pingentes pequenos e delicados. Um microfone, uma guitarra, as letras TH, uma estrela e um coração. Era linda. Tão delicada que parecia inapropriado para uma pessoa como eu.
  — Bill... eu não mer...
  — Calada. Não vou ouvir isso. Quer colocar?
  — Sim, com certeza.
Suavemente, Bill fechou a pulseira em meu pulso e eu pulei em seu pescoço.
  — Obrigada. Por tudo.
  Senti Bill enterrar seu rosto em meu pescoço, me fazendo aperta-lo ainda mais.
— Então... vamos comer? — finalmente Heidi disse, fazendo com que voltássemos todos pra mesa.


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Honey, are u coming? - 1º TEMPOnde histórias criam vida. Descubra agora