5 - At the bar

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   Nos separamos quando ouvimos Ethan chamar por Damiano.
  — Nunca beijei um italiano — digo baixinho. Voltamos a fazer as coisas na cozinha.
   — Nunca beijei uma alemã – ele diz.
   — Eu tenho descendência italiana.
   – Mesmo?
   — Uhum.
   — Já foi lá?
   — Tem tempo que não.
   – Gente?
   — Aí, Ethan, Penny tem descendência italiana.
   — Sério?
   — Sério – digo, sorrindo. Ethan estava com uma calça jeans escura com uma camisa muscle preta — você está muito bonito, Ethan. 
  O vejo corar e Damiano sorri. Eu e Damiano saímos da cozinha.
   – Ethan, se quiser ir lá na Dody, fique à vontade.
   – Tudo bem, Thomas disse que vão vir pra cá.
   Ethan se jogou no sofá. Antes de fechar a porta do quarto, Damiano entrou fechando a mesma atrás de si. Ele segura meu rosto nas duas mãos e me beija intensamente. Deixo sua língua invadir minha boca e passeio as mãos pela sua cabeça raspada. Solto um gemido quando ele morde meu lábio.
   – Damiano... precisamos...
   – Uhum... 
   Nos afastamos com relutância e o expulso do quarto, fazendo-o rir.
   Separo uma regata preta com uma calça jeans de cós baixo. Básico que sempre funciona. Tiro uma foto no espelho e posto um story.

  Saio do quarto e ouço as vozes na sala

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Saio do quarto e ouço as vozes na sala. Vic estava com um adesivo de coração nos seios com uma casaco de renda por cima e shorts. Dody estava usando o básico vestido preto de sempre. Thomas estava com uma jaqueta jeans verde e Damiano... ele estava com uma jaqueta de couro, deixando à mostra seu peito.
— Caralho — Thomas diz — desculpa, Penny, você tá gostosa pra caralho.
— Tá mesmo — Vic diz e Ethan concorda. Damiano me devora com os olhos.
— Valeu, gente. Tô acostumada com isso já — e eles riem.
Descemos e dessa vez fomos na SUV que cabiam todos. Fui dirigindo e Damiano se sentou ao meu lado.
Os seus dedos roçavam por cima da calça, me fazendo endireitar. A música deles começou a tocar na rádio. Beggin'.
Todos cantamos. Foi divertido.
Assim que chegamos avisto os meninos os abraço. Bill deixa um beijo no meu rosto.
  — Perfeita como sempre — ele diz e Damiano observa essa interação. Acho que ele não sabe de Bill.
   Entramos no pub e o karaokê já tinha começado.
   — TEM KARAOKÊ? — Vic pergunta dando pulinhos, e quando assinto, ela grita. Vejo Dody pegar em sua mão e arrasta-la pelo lugar.
   Bill fica conversando com Tom e Thomas. Ethan está no meio das pessoas dançando.
   — Quer cantar? — Damino pergunta.
   — E o que cantaríamos?
   — O que você quiser.
   Sorrio de forma maliciosa e Damiano me acompanha. Seguimos para o palco e digito a música.
   Honey (are u coming?) começa a tocar e os gritos no bar ficam ensurdecedores.
   Damiano começa a música. Entro em it's 5am e solo essa parte sozinha. Damiano me olha encantado e o público grita, cantando junto.

It's five AM
We feel so good, it's almost frightening
It's five AM
I'm made for you, we can't deny it
(...)
It's five AM
We feel so good, it's almost frightening
Let's try again
I don't deserve you, you're a diamond

São cinco da manhã
Nos sentimos tão bem que é quase assustador
São cinco da manhã
Eu fui feito pra você, não podemos negar
(...)
São cinco da manhã
Nos sentimos tão bem que é quase assustador
Vamos tentar de novo
Eu nem te mereço, você é um diamante

A primeira parte ele faz questão de cantar olhando em meus olhos. Mas evito. Na segunda, I don't deserve you, you're a diamond faço questão de cantar olhando em seus olhos. Meu coração acelera. Não posso me envolver com ele assim. Não com meu passado.


                                     *

   Saímos do pub eram quase 3 da manhã. Ficamos relutantes em ir embora, mas o show é hoje. Dancei o tempo inteiro com Damiano. Nos beijamos mais uma vez.
Como sempre, resisti à bebida. Peguei as chaves, me despedi de Bill e Tom e fomos todos pro carro. Vic e Dody trocaram carícias. Damiano caminhou ao meu lado, em silêncio. Ele pegou minha mão e nossos dedos entrelaçaram. Não resisti. Eu sabia que deveria tirar, mas não tirei. A sensação do toque era boa e ele a segurava de forma firme.
Meu corpo estava exausto. Esqueci de trazer a insulina.
— Achei que fosse beber — Damiano diz.
— Não. Não bebo mais — digo, sem qualquer ânimo.
— Poppy? Você tá bem?
— E-estou.
— Me dá as chaves. Vou dirigir.
Não relutei. Entreguei as chaves e Damiano deu a volta para abrir a porta e me sentar. Damiano colocou o cinto e pude sentir seu cheiro. Era cítrico.
Enquanto todos entravam, Damiano me checou e checou meu pulso.
— Poppy... você é diabética?
— Uhum — sinto meu corpo desfalecer.
— Merda.
Lembro que tinha no carro. Verdade! Tinha no carro.
Tento levantar do banco pra abrir o porta-luvas, mas fracasso.
— O que, Poppy?
Damiano abre o porta luvas e o revira.
— Gente, o que tá havendo? — Dody pergunta — Sissy. Porra.
    Eu só conseguia ouvir a agitação toda. Meus olhos estavam pesados.
   — Vamos pro hospital — Vic diz.
  A porta ao meu lado abriu e era Damiano. Senti a agulha na veia. Acho que foi Dody que furou. Damiano fez com que minha cabeça se apoiasse em seu peito.
   — Damiano, vai atrás com ela. Um de vocês vem aqui comigo.
  Aos poucos comecei a retomar a consciência. Fiquei quietinha enquanto Damiano me abraçava em seu peito com todo cuidado. O carro parou e ele me ajudou a descer. Os outros ainda conversavam, mas sentia o olhar de Dody em mim. Cada um foi para o apartamento.
   — Penny, você tá melhor?
  — Estou, sim, Ethan. Obrigada. Só preciso descansar agora.
  Ethan concordou e veio me dar um beijo na cabeça.
   — Obrigado por tudo, Penny.
   Sorri e ele foi pro quarto.
    — Está bem mesmo? — perguntou, colocando uma mecha de cabelo para trás da minha orelha.
   — Uhum.
   – Poppy.


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Honey, are u coming? - 1º TEMPOnde histórias criam vida. Descubra agora