Capítulo 23

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Uma semana depois!

ALICIA

Eu e Malya estamos no shopping, ela diz o quanto está animada por sair comigo sozinha depois de eu ter passado quase uma semana de regresso da minha infantilização.

Noah foi meio relutante em deixar nos duas sair sozinhas já que a polícia ainda não sabe nada do paradeiro dos meus pais.

Isso é tão assustador que até eu não queria ter vindo mas tomara que toda essa situação seja resolvida, já está demorando demais pra pegar eles!

Malya fala que vai ao banheiro e me puxa pra ir junto com a mesma mas falo que vou ficar bem e que não precisa se preocupar em me levar junto.

Tem certeza Alicia? Não quero deixá-la sozinha aqui! _ Reviro os olhos.

Eu não sou uma criança Malya sei me cuidar. _ Cruzo os braços.

Não é questão de você ser uma criança ou não! É questão de a sua vida estar em perigo por gente que nunca te amaram! _ Ofego, ela tem razão.

Tudo bem, vamos então. _ Ela pega meu braço entrelaçando com o seu.

Entramos e Malya pergunta se eu quero ir primeiro mas como não estou com vontade de fazer xixi falo que ela pode ir.

Escuto a porta fechar e em seguida a porta da cabine ao lado abrir com uma certa força, meu coração palpita como se algo fosse acontecer.

Seguro no meu pulso ativando o localizador que Noah colocou na minha pulseira pra se caso acontecer alguma coisa.

Malya, você já está terminando? _ Minha voz sai trêmula.

O que aconteceu Alicia? _ Pergunta.

Estou sentindo algo ruim no peito. _ Começo a ficar desesperada.

Que bom querida, pelo menos você não é tão sonsa como achávamos. _ Aquela voz!

Não consigo dizer nada só gemer de dor quando uma coronhada forte se faz presente na minha cabeça.

Três horas depois!

Minha cabeça dói quando acordo, esfrego meus olhos e quando os abro em vez de ver aquela escuridão eu enxergo só borrão.

Toco meu pulso e suspiro aliviada quando vejo que eles não retiraram a pulseira, tiro ela e a coloco no sutiã pra não conseguirem pegar.

Me levanto e quando tento andar um puxão nos meus pés me fazem cair de joelhos, choramingo com a dor mas tento me manter forte.

Um trovão faz um barulho ensurdecedor me fazendo encolher, odeio esse barulho! Me faz lembrar do dia que fiquei na rua com medo e toda molhada.

Hora, hora, hora a ratinha acordou! _ Abraço as minhas pernas com medo dela. Achou mesmo que iria viver um romance sem estragarmos primeiro? Hahaha!

Sua risada sai diabólica e sinto um tapa forte ser dada na minha bochecha direita.

Olha pra mim enquanto falo com você sua puta! _ Segura meu rosto com a mão apertando meu maxilar.

Graças a vocês sua vagabunda acabei ficando cega! _ Agarro seu rosto dando um soco no seu nariz.

Fico surpresa com a minha atitude, nunca gostei de bater em ninguém mas esse ser humano horrível não merece minha pena.

Me maltratou por anos dizendo que estraguei o seu corpo e que destruí sua vida, mas não usaram camisinhas por que não quiseram então a culpa não é minha.

Sua fedelha, eu vou matá-la com as minhas próprias mãos! _ Mesmo não enxergando vou fazer de tudo pra sobreviver.

Não encosta nela! _ Aquela outra voz faz meus pelos se arrepiarem.

Fica a vontade em fazer o que quiser, cansei dessa vagabunda que destruiu minha vida! _ Bate a porta com força.

Você está mais deliciosa do que me lembro Alicia. _ Me encolho mais, não quero que esse verme me toque!

Só o meu gatinho pode!

Não chegue perto de mim seu mostro! _ Me levanto e forço a visão pra tentar ver na onde que ele está.

Uma dor aguda se faz presente em meu nariz e grito de dor, ele cruda nos meus cabelos e me joga no chão fazendo minhas contas doerem com o impacto.

Sua vadia! Eu sempre manti minhas mãos longe de você, mas agora não vai ter mais ninguém pra me diz o que eu possa ou não possa fazer! _ Chuto sua virilha ganhando um outro soco de volta.

Minha mente rodopia e me encolho em posição fetal tossindo e um gosto metálico invade minha boca.

Vem queria, estou louco pra provar essa bucetinha não virgem! _ Sinto minhas pernas serem puxadas e a calça que eu estava e puxada com tudo.

NÃO ENCOSTE EM MIM SEU MOLESTADOR! _ Dou um chute em algum lugar do seu rosto e o mesmo urra de dor.

Outro soco arde em meu rosto e eu desmaio só rezando pra que meu gatinho chegue logo e me salve desse pesadelo.


NOAH

EU FALEI CARALHO! EU FALEI QUE NÃO QUERIA QUE AS DUAS FOSSEM SOZINHAS NA PORRA DESSE SHOPPING! _ Grito na cara do meu primo muito puto por toda essa situação.

E VOCÊ ACHA QUE EU ESTOU COMO NOAH! AS NOSSAS MULHERES FORAM SEQUESTRADAS E TODA ESSA PORRA É CUPA MINHA ENTÃO PARE DE JOGAR ESSA MERDA NA MINHA CARA! _ Solto um suspiro longo e coço a cabeça.

Podem parar de brigar? Já conseguimos a localização graças a pulseira que deu a sua mulher Noah. _ Um alívio percorre meu peito mas a sensação de algo ruim estar acontecendo martela na minha cabeça!

Por favor sargento ande logo, estou com uma sensação ruim! _ Digo frustado.

Eu também! _ Miguel anda de um lado pro outro.

Chefe por algum motivo a localização ficou fora de ária mas consegui salvar o arquivo antes disso acontecer.

Então o que estamos esperando vamos logo! _ Fomos correndo pras viaturas depois de quase duas horas sem notícias.

Eu sabia que deveria ter ido com elas! Mas Miguel e Malya ficaram tanto na minha cabeça de que ela precisava se divertir sem mim que eu acabei deixando.

Foi uma burrada a minha e agora nem sei se as duas estão bem, por que meu deus? Por que tudo tem que ser tão complicado?

Alicia também não tinha gostado da idade só por conta de eu não estar junto e agora nem sei onde ela está!

Que deus nos ajude e que nada aconteça com elas!




CONTINUA...

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