Autopoema

8 0 0
                                    

e aí eu declamo
linha por linha
na frente do espelho,
sozinha,
querendo que meu eu
encontre na solitude
uma velha esperança minha
enquanto grito no silêncio
o que arde,
o que queima,
e o que se desalinha.

nem tudo o que eu escrevo
é libertinagem.
na maioria das vezes
é pra guardar,
o que nunca se cabe no peito,
mesmo que metade voe pro ar.
no meio disso,
falando com as paredes,
eu tento rimar.
não por que tem que ser assim
mas pra ficar bonito
quando de novo eu for falar,
sobre dores que se movem
e o que seja lá que há de estar.

O fim da minha eterna adolescênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora