delírios.
afogam-me sob os escombros.a armadura despedaçada dos mil encontros.
solto a dor da pele ardendo pela garganta.
temo a chegada afobada do tempo.
devaneio em mim.
quero multidões e multirões.
acabo-me por ignorar a realidade latente.
com medo do que vejo e ainda mais do que virá quando o grito silenciar em mim.
a pureza de um corpo nunca encontrará a luz de dois.
suplico pelo fim, beirando o silêncio.
esqueço-me.deixo por um instante de ser.
não vejo luz, nem sinto calor.
é como nem sequer existir.
num berço que me abraça dolorosamente bem.
lá fico.
noutra vez suplico.
aqui meu lugar, aqui vou ficar.
pra sempre dentro do delírio.
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O fim da minha eterna adolescência
شِعرO fim da minha eterna adolescência é, simplesmente, uma coletânea de muitas vivências de mim. Descobrir-se é sair de si. Como diz Saramago, é preciso sair da ilha para ver a ilha. Essa sou eu fora da ilha. E meus relatos desde então.