Talismã

Imprinting proibido

Ao chegar onde Jungkook havia informado que avistou o Park cair encontraram o mestiço desacordado e coberto de sangue, Yoongi estava com medo pela primeira vez em anos, e não queria que o mais novo visse ou presenciasse nada daquilo.

— Não olha para ele. — Falou virando o rosto do mais novo. — Eu vou ajudar ele, sim, só não olha para ele! — Repetiu o gesto. — Fica de olho, vou tentar esconder o corpo dele. Aish, que caralho você tem razão, me ajuda com ele, precisamos tirar ele daqui sem deixar rastro.

Jungkook colocou o Park desacordado nas costas do mais velho e o viu seguir com ele em suas costas até a primeira casa que avistaram por perto, Yoongi largou o rapaz no chão e voltou para buscar o rosado que ficou para trás.

— Jungkook, seu idiota, o que tá fazendo aí? Quer ser pego? — Brigou com o outro. — O quê? Como assim? Eu sei que eu disse que era para levar ele sem deixar rastros, mas você tá deixando por toda parte seu louco. Tá, vou te ajudar. — Foi até o outro ajudando ele a fazer trilhas sem sentidos no mato e voltaram para a casa onde o Park estava.

Todos que estavam na residência ficaram em silêncio e em pontos cegos da casa, o ancião do lugar analisou o mestiço ferido e cuidou de seus machucados.

— Vocês estão bem? — A mulher falou ao ver os mais novos assustados. 

— Sim, estamos bem. — Virou o rosto do rosado para sim. — Meu bem, não olha para ele, já falei. Eu sei que ele é seu imprinting, mas por favor, não fique olhando para isso.

— Ele não fala?

— Não. — Falou seco e grosso já prevendo as acusações e repulsas da mais velha.

— Ele fala bem o suo, você que ensinou?

Aquilo realmente surpreendeu o mestiço, jamais imaginava que a mulher falaria algo daquele gênero. 

— Sim, fui eu quem ensinei.

— E quem ensinou a você?

— Na verdade, eu fui aprendendo sozinho, apenas olhando os outros experientes que sabiam escrever, então eles escreviam as palavras para mim e aprendi.

— Ele é o último de sua espécie, né?

— Sim.

— Ele e o mandarim ali são um casal?

— Não... Aii, o que foi? — Olhou feio para o outro que segurava seu rabo. — Não são, vocês não são um casal, oras, porque eu não deixei! — Deu de ombros. — Não tô com ciúmes de você, muito menos dele. Voltei porque você me fez voltar e ir até ele, e para não sermos pegos, por mim ele tinha sido levado pelos humanos. Já falei, se você fizer isso de novo, eu quebro sua cara e arranco seu pompom fora, isso, bom garoto. — Beliscou leve a ponta do nariz do mais novo ouvindo a mulher rir.

— Vocês foram criados como irmãos?

— Isso.

— Mas vocês têm um imprinting...

— Si... Como você sabe? — Franziu o cenho olhando torto para a mulher que apenas riu.

— Vocês não são os únicos em três nesse lugar...

— Não?

— Não, eu sou casada com dois mestiços, e o terceiro mestiço tem um imprinting com outra espécie...

— Qual espécie? — Se sentou no colo do mais novo que passou suas mãos em sua cintura.

— Uma espécie proibida...