00- Prólogo

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Sejam bem-vindos!🧟

A lâmina fria da faca era o único conforto de Jimin naquela noite sufocante

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A lâmina fria da faca era o único conforto de Jimin naquela noite sufocante. Suas mãos, embora encharcadas de suor, seguravam-na com uma determinação feroz. O calor úmido de sua respiração formava nuvens no ar frio, enquanto gotas de suor traçavam caminhos sinuosos pelas suas costas.
O vento, um sussurro constante nas ruínas silenciosas de Busan, trazia consigo o fedor de decomposição.

Os olhos de Jimin permaneciam fechados, um esforço para se concentrar apesar do tremor que percorria seu corpo. A adrenalina pulsava em suas veias, uma melodia silenciosa de ansiedade e medo.

Atrás do esqueleto de um carro que um dia conheceu dias melhores, ele observava a loja de conveniência. A distância entre eles era curta, mas os cinco metros pareciam um abismo intransponível. O relógio em seu pulso, um lembrete de tempos mais simples, marcava nove horas da noite — a hora das sombras.
O medo de encontrar uma daquelas abominações era uma presença quase palpável, sufocando-o com a possibilidade de um encontro fatal.

A escuridão engolia as vielas, e os sons da noite — o zumbido dos mosquitos, o sibilar do vento — eram uma orquestra de inquietação.

Com passos que ecoavam como tambores de guerra, Jimin atravessou a rua deserta. O letreiro da loja, piscando em vermelho e azul, era um farol na escuridão, prometendo tanto perigo quanto refúgio. Ele empurrou a porta, e o som metálico do sino foi um grito no silêncio, um convite para o desconhecido.

O interior da loja era um túmulo de memórias esquecidas. O cheiro de ferrugem e mofo atacava os sentidos, e a poeira, uma cortina espessa no ar, era um véu sobre o passado. O apocalipse havia roubado quase tudo de Jimin, mas a alergia ao pó era um fantasma que se recusava a deixá-lo.

Ele espirrou, um som explosivo no silêncio, e praguejou contra sua maldição. A loja se revelava diante dele: prateleiras desoladas, freezers vazios, mesas cobertas de poeira e um caixa abandonado. Ele revistou cada canto, cada gaveta, mas encontrou apenas o vazio.

— Se não for uma daquelas criaturas, será a poeira a me enterrar! — exclamou, os olhos ardendo e o nariz coçando.

A frustração era uma companhia constante, e o cansaço pesava em seus ombros como chumbo. Ele se permitiu um momento de descanso, encostando-se na última prateleira e fechando os olhos. Um grito preso na garganta, ele lançou uma lata vazia na escuridão, onde ela rolou até uma porta marcada “banheiro”.

Mas algo mais capturou sua atenção — uma mochila camuflada, escondida na sombra ao lado da porta. Com o coração acelerado, ele a agarrou, uma faísca de esperança iluminando seu rosto. Por um momento, a euforia o envolveu, um breve esquecimento do perigo que o cercava.

Então, o som de passos lentos e arrastados o fez congelar. O cano frio de uma arma pressionou contra sua nuca, e uma voz cortou o silêncio:

Largue a mochila e levante as mãos.

— Largue a mochila e levante as mãos

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