Em um mundo pós-apocalíptico, onde a desolação e o desespero reinam, Jimin é uma sombra entre as ruínas. Perseguido pelas perdas que sofreu, ele se fecha para o mundo, incapaz de confiar novamente. Mas a vida tem planos diferentes para ele.
Ao enco...
É quase meia noite Algo mal está espreitando no escuro, Sob a luz do luar Você vê uma visão que quase pára seu coração. Você tenta gritar Mas o terror leva o som antes que você o faça, você começa a congelar. Como o horror te olha bem entre os olhos. Você esta paralisado
Thriller - Michael Jackson
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A tensão era palpável, uma presença quase física no ar carregado e estagnado do ambiente. A frieza metálica do cano da arma pressionada contra a nuca de Jimin era um lembrete cruel de sua mortalidade, fazendo-o tremer com uma intensidade que ele não esperava.
Após meses de isolamento e desolação, a ideia de encontrar outro ser humano era algo que ele havia descartado como impossível. Ele estava convencido de que todos os outros estavam mortos, todos exceto seu irmão.
A voz que rompeu o silêncio não era a de seu irmão, e isso sozinho foi suficiente para desencadear uma enxurrada de emoções conflitantes em Jimin. Surpresa, alívio, medo e uma pontada de esperança se misturavam enquanto ele lutava para manter a compostura.
Os sons do mundo exterior eram abafados, distantes, como se ele estivesse submerso em águas profundas. Sua mente vagueava, perdida em pensamentos nebulosos, enquanto seus olhos não viam nada além de borrões de luz que se infiltravam pelas janelas sujas. O peso da exaustão pressionava contra suas têmporas, e o medo de uma morte iminente, enviava ondas de ansiedade, que faziam suas mãos tremerem incontrolavelmente. O arrepio que percorria sua espinha era paralisante, e a ideia de deixar seu irmão sozinho, vulnerável e doente, era insuportável.
A voz do estranho cortou o ar novamente, mais dura e impaciente.
— Esta é a última vez que repito!
A pressão do cano da arma aumentou, um aviso claro de que o tempo de Jimin estava se esgotando.
— Esta bolsa é minha, eu escondi e voltei para buscá-la. – A determinação na voz de Jimin surpreendeu até ele mesmo, ele quase acredita na própria mentira.
— Não vou sair daqui sem minha bolsa! Você é um filha da puta mentiroso. Eu a encontrei e ela é minha.
Ele precisava dessa bolsa, não apenas pelo que poderia conter, mas também pelo que representava: uma chance de sobrevivência, um sopro de esperança em um mundo despedaçado.
A silhueta do homem que o ameaçava era visível apenas como uma sombra imponente contra a luz fraca. Jimin sabia que não tinha chance em uma luta direta contra alguém de tal estatura, mas o desespero o impulsionava. Ele precisava daquela bolsa, precisava de qualquer remédio que poderia salvar seu irmão, ele estava contando que teria algo útil naquela bolsa.
