02 Refuge in the storm

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O trabalho estava sendo dificultado pelo clima ensolarado, o sol sobre as cabeças dos dois do lado de fora daquela casa fazia com que o sangue podre e fétido grudasse em suas roupas e corpos como cola

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O trabalho estava sendo dificultado pelo clima ensolarado, o sol sobre as cabeças dos dois do lado de fora daquela casa fazia com que o sangue podre e fétido grudasse em suas roupas e corpos como cola. O quintal espaçoso da única casa de um andar continha uma cerca de arame galvanizado com cerca de 3 metros de altura, que impedia a entrada dos mortos na propriedade.

A casa, com um tamanho mediano, possuía três quartos, dois banheiros, uma sala de jantar, cozinha e sala de visitas, tornando-se um espaço aconchegante.

Quando o pequeno grupo encontrou a propriedade, o portão da frente estava trancado, então tiveram que entrar pelos fundos. Não havia uma porta de entrada, mas as corta vergalhões salvaram-nos de um grupo de mortos-vivos que os seguiam.

—  Essas criaturas não param de aparecer, mas que coisa. - A mão foi levada à testa, limpando parcialmente as gotas de suor que escorriam.

— A situação está piorando na rua de baixo, eles estão se aglomerando, você sabe o que vai acontecer daqui a alguns dias, não é mesmo, Seokjin? - O rapaz suspirou, com as mãos na cintura, a exaustão tomando conta do seu corpo. — A rua será fechada, não teremos para onde fugir, e estamos desarmados, cara.

—  Só nestes três dias, já eliminamos cerca de 35 dessas criaturas que se grudaram na cerca, você sabe para onde devemos seguir. – Ouviu-se um grunhido, mais um morto se aproximando do cercado. —  Eu odeio esses sujeitos! Argh! -–O jovem soldado bateu com a mão no cercado, sua frustração e raiva de ter que viver mais um dia nesse lugar, cercado pelos detestáveis.

— Não fale assim deles... – A voz trêmula foi ouvida, e os dois rapazes olharam em direção à porta em que a garotinha se encontrava. â Eles são seres humanos, não animais...

—  Oh minha querida, se há uma coisa que aqueles seres não são, é serem humanos. –  Ele sentiu um tapa estalar em sua nuca. — Ai! Isso dói, capitão. – A mão livre massageou o local onde ardia pelo tapa dado.

—  Se você não parar de falar essas bobagens perto da criança, vai levar mais do que um tapa. –  Seokjin caminhou até a menininha de 10 anos, a expressão de choro o comoveu. — Escute, criança, o que estamos vendo ali, essas coisas, elas já foram pessoas, mas infelizmente não são mais. – a mão acariciou os cabelos da criança, buscando dar apoio.

Kim Suan, uma menina de 10 anos, perdeu os pais em circunstâncias misteriosas quando tinha apenas 3 anos. Seokjin e Suan tinham  um irmão chamado Kim Taehyung, que foi internado em um hospital psiquiátrico há 2 anos. Desde então, eles nunca mais o viram.  Embora não fossem próximos, eles não trocavam muitas palavras, seu irmão sempre foi reservado. Três anos antes, Seokjin teve que tomar uma decisão difícil: assinar os papéis para a internação de Taehyung. Ele estava se tornando mais violento do que o habitual, devido ao abuso de drogas e álcool. Essa responsabilidade o envergonhava profundamente, sentia-se culpado por tê-lo colocado lá. A menina não entendia completamente o que estava acontecendo com seu irmão, mas lembrava-se de que ele gritava muito com a tia deles. Embora não compreendesse, ela sentia um vazio em sua mente e tinha medo de se tornar como ele.

The Living Dead - Dias FinaisOnde histórias criam vida. Descubra agora