☆TROCAS INESPERADAS☆

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— Já falei o quão linda você está com esse novo corte? — pergunta Hiroshi, aplica um selinho em meus lábios.

— Você diz isso a cada 5 minutos. Vou acabar enjoando de você.

Ele contorce o rosto em um careta e dá partida com o carro.

Tiro a caixa de dentro da sacola e a coloco em meu colo.

Hiroshi começa a batucar no volante.

— Ainda bem que você abriu a sua mente para um celular — diz ele, olha de canto.

— É — afirmo. — Agora não precisarei pedir o das pessoas emprestado.

Abro a caixa da melhor edição de um IPhone X até agora. Consegui comprar de maneira fácil e rápida com a ajuda do Hiroshi, mas consegui apenas pelo dinheirão que ele pagou. Foi como eu já disse anteriormente: o que o dinheiro não pode comprar, não é mesmo?

— Eu gosto de te emprestar o meu celular.

— Quer que eu continue pedindo o celular emprestado para homens desconhecidos, cuja a única intenção é me comer? — retruco.

Ele bufa e se ajeita no banco.

— Já ligou para que arrumassem as suas malas? — pergunta ele.

Aceno que não com a cabeça, entretida com o meu, agora novo e primeiro, celular.

Hiroshi tira a mão do volante e a leva para o topo de minha cabeça. Eu o encaro, vendo seu olhar de súplica para que eu desça minha boca até seu íntimo.

Deixo o celular de lado e inclino meu corpo para próximo do dele. Aperto sua pulsação. O sinto estremecer ainda com os olhos na estrada; Mordo o nódulo de sua orelha, depois desço para seu pescoço e o beijo.

Volto para sua orelha.

— Não vejo uma aliança no meu dedo — sussuro em desaprovação.

Subo minhas mãos até seu maxilar e o puxo para um beijo. Sinto sua língua pedir passagem, mas nego e me distancio.

— Quero algo diferente desta vez — esclareço, me ajeito no banco.
— mas se você não quiser isso e sim, apenas uma transa, eu aceito, e depois nunca mais nos veremos.

O vejo morder o canto de seu lábio.

Eu sei o que eu quero, mas não sei o que ele quer.

♤————————♤

Quando eu tinha quatro anos, Eiko, minha empregada pessoal, foi aceita para trabalhar na mansão Haruno. Como Seline e meu pai ainda se preocupavam comigo, acharam melhor contratar alguém para cuidar de mim enquanto eles não tinham tempo para.

Pensei que Eiko seria temporária; até que eu pudesse cuidar de mim mesma. Mas felizmente não foi assim.

— Aqui está, querida — diz Eiko, mostra algumas bolsas prontas em cima da cama.

A encaro como nas outras vezes em que ela o fez, mesmo comigo dizendo que não é necessário.

— O Sasuke contou, não foi? — pergunto, coloco meu celular em cima da mesa de cabeceira.

Ela acente e vai em direção às malas.

— Coloquei as coisas importantes que você sempre usa nessa bolsa aqui, menos- ah, você sabe — ela dá de ombros e pega outra bolsa. — eu sei que eu não deveria fazer isto, mas aqui eu coloquei preservativos; tem de todos os tipos, pra que não tomemos um susto.

— E ali, estão as minhas roupas? — indago, sem ver uma mala de roupas.

Ela solta uma risada.

— Pra quê mais peso, quando você sempre compra a roupa que vai usar nesses dias nas lojas por lá?

MEU PESADELO EM FORMA DE VIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora