Helena Roberts
Quando ele se afasto para fazer uma ligação não sei pra quem, achei que era a oportunidade perfeita para escapar e finalmente poder ter uma vida digna de respeito, sem precisar me prostituir para ter o que comer
Comecei correr desesperadamente em direção a rodovia na esperança alguém de coração puro me ajudar a sair dos braços daquele homem. Consegui apenas uns três metros quando ouvi o mesmo gritar, logo depois um barulho muito alto e imediatamente uma ardência insuportável na minha perna
— AI - caio no chão colocando a mão onde estava ardendo e trazendo até meu campo de visão vendo sangue,
Escuto passos rápidos até mim logo, logo sinto meu corpo sair do chão
— Há minha loira, isso foi um erro. Um grande erro – sinto meu corpo ser levantado e ser jogado no ombro dele, logo em seguida um tapa estralado na minha bunda – e terá uma punição
Escuto um barulho de carro perto de nós, logo sou colocada no banco de trás e Zyan senta ao meu lado
— Vamos para casa – é a última coisa que esculto antes de apagar
Zyan LaBlanc
Estava mexendo no celular, quando percebo que helena esta muito quieta ao meu lado, saio do celular olhando para o lado e percebo que ela desacorda e sangrando muito
— MERDA- grito desesperado indo pra cima dela tentando estancar o sangue
— O que ouve senhor? – o Éder pergunta
— Minha mulher está quase morrendo de tanto sangrar, então acelera esse carro e vamos logo para casa
— Já estamos no limite de velocidade senhor, se eu acelerar mais seremos multados – Eder alega
— Foda-se o limite de velocidade e as multas, eu tenho a PORRA de todo dinheiro do mundo. E se você não acelerar esse carro e minha mulher morrer, você não acorda amanhã de manhã.
Ele acera sem falar nada.
[...]
Já chegamos a alguns minutos. Assim que cheguei, liguei para o médico da família, Dr. Estevão. Agora ele está estancando o sangue da sua perna.
-- Ela vai ficar bem? - pergunto analisando ele retirar a bala
— Vai sim, mas precisara ficar de repouso
[...]
Já se passaram alguns dias e Helena ainda não acordou, mas como o doutor disse que seria bom pra ela descasar já que a mesma perdeu muito sangue
Helena Roberts
Vou abrindo os olhos de vagar para me acostumar com a claridade e percebo que não estou mais no carro de Zyan e sim em um quarto que não reconheço
Aproveito que estou sozinha e começo analisar o mesmo. Até tento me levantar, mas falho miseravelmente, então decido ficara na cama mesmo
O quarto é todo branco com moveis em madeira escura, a cama é enorme e muito confortável e pelo visto tem uma sacada, um closet e uma suíte que, infelizmente, não poderei explorar agora já que não consigo me mexer direito.
— Que bom que a senhora acordou – sou tirada dos meus pensamentos com uma senhora que não faço a mínima ideia de quem seja
A olho com a confusão estampada em minha face
— Onde eu estou?
— Ai, me desculpe senhora. Eu sou a senhora Alice e sou governanta da casa do senhor LaBlenc
Por um momento achei que alguém teria visto o que aconteceu no estacionamento e que tinha conseguido me livrar daquele homem, mas, pelo visto não
— Quanto tempo eu dormi?
— A alguns dias, quando vocês chegaram, a senhora já estava desacordada
Depois disso ela sai do quarto
Zyan LaBlanc
Estou no meio de uma reunião com um homem que estava dando uma ideia para um novo projeto, quando meu celular começa a tocar, logo o nome de Alice aparece no visor do aparelho.
A sala fica um silencio e todos me encaram
— Peço desculpas senhores, mas terei que atender - sai da sala sem dizer mais nada- Espero que seja algo importante Alice, pois eu estava no meio de uma reunião
— Me desculpa Zyan, e liguei somente pra lhe avisar que Helena acabou de acordar
— OK Alice, fez muito bem. Já estou indo para casa, até logo – desligo a chamada
Vou ate a minha sala e pego minhas coisas, antes de sair fui falar com Jessica, minha secretaria. Quando ela entra no meu campo de visão, percebo que a mesma desabotoou um dos botões da sua camisa discretamente para marcar seus peitos
— Estou indo para casa, trabalharei de lá hoje, desmarque toda minha agenda, e peça para que Henrique me repasse tudo que for de importante da reunião que abandonei.
— Sim senhor – ela me olha como um predador olha para uma presa
Jessica sempre teve uma queda por mim, desde que foi contratada para ser minha secretaria. Eu nunca teria nada com ela, pois a mesma não faz meu tipo. Porém nunca cortei as investidas dela porque adoro ver ela se humilhar por migalhas da minha atenção, isso aumenta muito meu ego.
Saio da empresa e vou direto para casa, o mais rápido que consigo para ver como minha mulher está
Helena ficou uns três ou quatro dias descordada, fiquei muito preocupado. Mas, o Dr. Estevão me tranquilizou dizendo que seria normal, já que ela perdeu muito sangue porque a bala acabou acertando uma veia.
Ou seja, eu quase matei minha mulher.
Entro em casa sem cumprimentar ninguém, não estava me importando nem um pouco com isso agora
Ela acordou, era só isso que importava
Entro no seu quarto sem bater mesmo, eu estou na minha casa. Helena se assusta e acaba se movendo rápido demais na cama e resmunga
— Hum – sua feição de dor era muito visível
—Por favor, não faça movimentos bruscos – me aproximo da sua cama, ela tenta se afastar – não precisa ter medo de mim minha loira
— Você me deu um tiro filho da puta, e ainda tem a audácia de dizer que eu não preciso ter medo de você? Você só pode ser louco – ela esfrega sua mão na testa
— Não queria lhe machucar princesinha, só estava protegendo o que é meu
— VOCÊ QUASE ME MATOU CARALHO
— QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA GRITAR COMIGO, EM SUA VAGABUNDA. NÃO TERIA TE DADO UM TIRO SE VOCÊ ME OBEDECECE.
Saio do quarto batendo a porta com toda a minha força e vou em direção ao meu escritório tentar esfriar a cabeça e trabalhar um pouco.
