𝟬𝟬𝟭 𝙖 𝙣𝙤𝙞𝙩𝙚 𝙙𝙚 𝙘𝙖𝙘̧𝙖

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Era noite de caça, minha barraca estava armada e meu arco em minhas mãos, já passava de meia-noite, era frio, nublado e a lua ficava atrás das nuvens que cobriam o céu todo! Era uma noite tranquila, tranquila até demais.

Mesmo que minha mãe fosse uma vencedora dos Jogos Vorazes, sempre me ensinou a viver na mata, para sobrevivência, já que, 60% dos que morrem na arena sua causa é fome, 20% insolação e 10% picadas de mosquito.

Des dos meus 12 anos nunca fui chamada para ser tributo, no distrito um, jovens que crescem treinando nas academias para os jogos, ao completar 18 anos se tornam voluntários, de qualquer jeito eu jogaria.

Com minha cabeça longe tomo um susto com o barulho de galho estralando no lado de fora, como se tivesse sido pisado. Saio da barraca imediatamente e não vejo nada, até mãos geladas encostarem em minhas costas, era minha mãe, com uma lata de sopa requentada.

─ MÃE ─ Não êxito no grito e qualquer coisa que estivesse ali, se espantou, ótimo, mais um dia de caça sem resultados

─ Desculpe meu amor, só queria lhe trazer um pouco de comida, você não come nada desde que saiu de casa. ─ Ela tinha razão, eu não como nada desde que saí de casa antes mesmo do sol nascer, meu estômago estava embrulhando de tão vazio.

─ Obrigada mãe, desculpa pelo susto ─ finjo um sorriso amarelo

─ Tudo bem, bom eu trouxe duas colheres, posso me juntar a você?

─ Claro que sim mãe ─ Ela coloca a sopa com cuidado no chão da barraca e me da um abraço

Eu e minha mãe sempre fomos muito próximas, por ela ter me tipo com quase minha idade, aos 16 anos.

Ela foi a tributo mais jovem a ganhar os jogos, com 14 anos, por ser apenas uma criança, minha mãe e sua família foram morar na capital, e por ser muito bonita, acabou atraindo muitos olhares e nem sempre apenas olhares, e aos 16, conheceu meu pai, Ares Angler, um morador do distrito 4, um distrito extremamente perto do distrito 1, 28 minutos para ser mais exata. Se casaram mas ele morreu por intoxicação alimentar, em uma festa na capital.

Estávamos deitadas na grama verde, conversando e vendo as estrelas aparecendo a cada vez que as nuvens se afastam da onde estamos.

Levanto e me sento, logo minha mãe faz o mesmo

─ Mãe, você sente falta do meu pai?

─ Claro que sim, todos os dias! Eu era muito nova quando ele se foi, fui muito julgada pelos seus avós por ser burra e não ter que cuidar de você sozinha

─ Não foi sua culpa. ─ digo mas ela virá seu rosto, ouço a mesma aspirar pelo nariz, insinuando que ela estaria chorando, meus instintos foram abraçá-la, é a última coisa que me lembro após apagar de tanto sono.

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No dia seguinte, teríamos a colheita e é claro que meu nome estaria lá e se a sorte estivesse a meu favor, não precisaria me voluntariar.

Acordei fui ao banheiro, a água estava morna já que fazia algum tempo que eu havia a fervido. Abri as portas de meu armário e pego um vestido branco, não justo, mas que eu mesma fiz! Coloco meus sapatos de couro e saímos para a colheita.

Eu suava frio, era nítido, mas minha ansiedade falava mais alto que minha consciência, palavras que não conseguia decifrar falavam na minha cabeça, um murmuro sem fim, como mil pessoas em um pequeno quarto, sem janelas, sem luz, e pior, sem saída.

As vozes param imediatamente assim que furam meu dedo e o carimbam em um papel, com certeza pegaria alguma doença com essa agulha, parecia muito usada e desgastada.

Me sento com todas as crianças e jovens do distrito 1, todas as crianças estavam com medo, seria seu primeiro ano, não estavam preparados! Até mesmo os meninos, que costumavam ser mais corajosos, não que fossem mais que eu, claro!

Ao virar para o lado vejo um menino abraçado no que devia ser seu irmão, suas mãos tremiam, mas ele parecia estar fingindo ser forte para o mais novo. Ele notou o olhar e uma troca de olhares foi feita mas rapidamente quebrada por mim. Logo uma mulher alta aparece para chamar os sorteados e um frio passa pela minha espinha

Ela anda até as caixas de vidro fazendo barulho do salto em atrito com a madeira do palco. ─ Bom primeiro os cavalheiros... Claver Chevalier! Claver? Onde está querido, não precisa se esconder ─ Claver era o nome do que eu olhava mais cedo. Rapidamente uma lágrima sai do olho do garoto e ele é retirado dos braços de seu irmão.

─ Agora as damas... ─ a dificuldade para dizer o nome era nítido, até que ela solta um sussurro como treino para falar o nome da futura tributo ─ hari... HARIASA TESSER, Hariasa Tesser! ─ o frio agora era no meu estômago, como mil borboletas azuis, mesmo sendo um momento de medo, elas me acalmavam de alguma forma.

Volto a realidade quando pacificadores me puxam pelos braços até o palco, me deixando lado a lado com claver que se derramava em lágrimas.

─ Uma salva de Palmas para os tributos do 74° Jogos Vorazes. ─ Os aplausos duram até os pacificadores nos levarem para uma espécie de salão, mas pequeno

Minha mãe rapidamente entra na sala, me fazendo esquecer todos os pensamentos ruins na minha cabeça.

─ FILHA! querida está tudo bem, eu quase morri naquela arena não vou deixar o mesmo acontecer com você!

Ela estava certa, não deixaria, ela era amiga de minha futura mentora Cashmere.

─ Mãe, voce não entende, e se eu não conseguir? E se eu não sobreviver?
E se todos os anos de treinos forem em vão?

─ Entenda Hariasa, só tem uma diferença entre mim e você, eu não tive ninguém além do meu mentor, você tem a mim e sua mentora, ela te guiará no que for preciso, todo resto eu te ensinei.

Os pacificadores a retiraram da sala e apenas o fato dela estar comigo me deixou tranquila.

Eu fiquei parada observando através da janela até que um pacificador entra no pequeno quarto, me levando até o trem.

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𝐁𝐋𝐔𝐄 𝐒𝐏𝐀𝐑𝐊𝐒 | Finnick OdairOnde histórias criam vida. Descubra agora