Hexagram - Uma fanfic Jojo (hiatus)

XII - Memórias Vividas - II

- JOSUKE!!! - Jonathan berrou, tentando utilizar seu Za Passion para segurar o jovem.

- Não, não, nada de trapacear. - Disse a figura feminina, atirando bolas de baseball em Jonathan. - Acho que eu venci...

- Ainda não, baranga!!! - Berrou uma voz ecoante, era... Josuke!

Josuke agarrou-se as vinhas e subiu novamente na pilastra, com seu rosto avermelhado pela batida.

- Senhor Joestar! Preciso que atrapalhe essa baranga, eu vou ir atrás da Jolyne!

- Certo, Josuke! Boa sorte! - Jonathan prendeu a figura com as vinhas de seu Za Passion.

⬢⬢⬢

- Onde... Eu tô? Aí, merda... Minha cabeça...

Jolyne levantou a cabeça, percebendo o bizarro meio em que se encontrava - Estava em meio de um céu estrelado, com água até os joelhos. Suas mãos estavam presas por algemas.

- Merda... Eu preciso sair daqui-

Jolyne...

- Huh...? - A jovem se arrepiou com aquela voz. Ela parecia tão distante, mas tão perto... Era tão familiar.

Jolyne... Lembre-se, por favor.

- Eu... Não consigo!

Lute contra isso, você é capaz. Você... Sempre foi forte.

Jolyne respirou fundo, se levantando lentamente da água. O universo a seu redor parecia um tipo de cúpula, que a deixava presa no espaço.

- Eu... Preciso sair.

A garota começou a andar pelo espaço, cuja atmosfera era úmida e pesada. Quanto mais andava, mais longe qualquer saída ou parede pareciam. Pensou por um momento que não haveria alguma forma de sair, isso até encontrar um CD ao chão.

- Mas o que...?

No disco, havia a imagem de um homem do qual ela se recordava muito bem. Ele utilizava um estranho chapéu roxo e dourado, seus olhos eram azuis e suas feições sérias. O disco começou a brilhar estranhamente.

- Pai... - Disse em quase um sussurro.

Sentia-se tão solitária e confusa ali... Não conseguia recordar. Não conseguia recordar o porquê estava naquele local com aqueles homens estranhos e sabia que no fundo já sabia a resposta, mas nada emergia de seus pensamentos, absolutamente nada. Abraçou o CD. Por mais que aquilo fosse apenas um objeto inanimado com a imagem de seu pai, sentia como se houvesse um pedaço dele ali.

Seu coração estava apertado, tudo o que queria era pedir por ajuda a seu pai, mas sequer possuía a certeza de que ele iria aparecer, a final, ele nunca esteve lá por ela. Nunca esteve quando teve problemas na escola, quando foi presa aos 14 anos, quando entrou em uma gangue, muito menos quando sua mãe teve problemas e precisava de um ombro amigo. Não exerceu seu papel de pai, sempre estando ausente em suas apresentações da escola, nas festas de família e até mesmo em seus aniversários... Vovó Holly dizia que seu pai a amava mais do que tudo neste mundo, que era jovem demais para entender o porquê de ele ter estado tão longe esse tempo todo, mas a verdade é que - Até mesmo depois de crescida, jamais entendeu os motivos de seu pai. A final, o que poderia justificar um homem que desliga na cara de sua própria esposa e que nem ao menos manda cartões postais? Seria uma amante? Uma segunda família? Uma vida secreta?! Caiu de joelhos.

Uma lágrima desceu dos olhos da garota, uma lágrima salgada de seu olho esquerdo. Não demorou para que várias outras acompanhassem a primeira, fazendo também sua respiração ficar mais oscilante. Com as mãos trêmulas, observou as lágrimas respingarem no CD, e repentinamente, as imagens ali pareceram mudar. A princípio isso assustou um pouco a garota, mas decidiu observar as imagens.