Era bom exercitar as pernas mas eu ainda não podia sair de casa e o meu maior desejo era sentir a grama úmida de novo.
Eu olhava pela janela do quarto Elvis andando no jardim a cavalo devagar e com Jesse no colo, Lisa estava sentada no colo de Vernon em uma espreguiçadeira e também observava o mais novo papai cavalgar.
Desejei estar com eles nesse momento... só até a porta do meu quarto ser aberta repentinamente por Davada que trazia algumas peças de roupas perfeitamente dobradas em suas mãos e as colocou sobre a cama.
— Como você conheceu o Vernon? — Perguntei a mulher.
— Foi na Alemanha, a princípio ele não era o meu objetivo mas deu para o gasto. Enfim, a vida nos surpreende de maneiras estranhas e complexas. — Ela falou antes de sair do quarto.
Como assim ele não era o meu objetivo? Ela queria o Elvis? Isso explica muita coisa.
Na verdade só explica o fato dela odiar ele com todas as forças. Ele não a quis.
Elvis desceu do cavalo e acenou para mim ao ver que eu o observava. Acenei de volta brevemente antes de ir guardas as roupas em cima da cama.
Já era tarde de noite quando ouvi batidas suaves na porta do meu quarto. Me levantei e fui me apoiando em todos os móveis até chegar na porta e abri-la.
— O que está fazendo aqui? Deveria estar dormindo. — Eu sussurrei.
Tudo estava escuro e silencioso.
— Eu deveria e você também mas eu planejei muitas coisas para essa noite. — Elvis falou e eu o olhei desconfiada.
— Você sabe que horas são? Está todo mundo dormindo Elvis... — Eu falei um pouco mais alto e ele tapou a minha boca, entrou no quarto e fechou a porta. — O que pensa que está fazendo?
— Fica quietinha Little Cat. — Elvis falou indo até o meu guarda roupa e pegando um vestido.
— Eu odeio quando você me chama assim. — Resmunguei.
— Eu sei, agora veste isso. — Ele falou me entregando a roupa.
Eu peguei mesmo sabendo que isso seria complicado, eu mal ficava de pé sozinha quem dirá trocar de roupa sem a ajuda de Davada ou Minnie. Ainda mais na frente... dele.
— Eu não posso. — Eu disse baixo. — Eu não consigo fazer isso sozinha.
— Eu te ajudo.
— Não. Você é... bem, um homem e eu sou uma mulher. É errado você me ver nua, por mais que sejamos casados eu não me lembro de você e eu me odeio por isso mas eu... — Parei de falar e respirei fundo — Quer saber... me ajude.
Eu disse por fim e o garoto se aproximou de mim hesitante.
— Como eu posso te ajudar? — Ele perguntou.
— Eu só preciso que me dê apoio para que eu não caia está bem? — Eu falei e ele assentiu.
Assim ele fez, segurou meu braço e me ajudou a me livrar da minha roupa de dormir. Ele evitava o máximo possivel olhar para o meu corpo e me tocava de forma respeitosa sem malícia.
Quando terminei de me vestir falei:
— O senhor é um cavalheiro senhor Presley.
Ele sorriu e me ofereceu seu braço para que eu enganchase nele.
— Eu sei. Agora vamos ao cinema, aluguei o seu filme favorito para nos assistirmos. — Ele falou.
Elvis me ajudou a entrar no Cadillac e ele dirigiu até o cinema que estava fechado somente para nós.
— Você fez com que o cinema abrisse meia noite só para mim? — Eu perguntei no meio do filme.
— Faz tempo que você não se diverte, fica só dentro de casa sem fazer nada, eu não gosto nem um pouco de vê-la daquele jeito amor... quero dizer Grace. — Ele falou rapidamente.
Assistimos ao filme e depois voltamos para Graceland, mas quando Elvus me ajudou a descer do carro me conduziu para os fundos. Que estava completamente escuro.
— O que estamos fazendo aqui Senhor Presley? — Eu perguntei e ele se ajoelhou na minha frente. — Vai me pedir em casamento?
— O que? Não, claro que não, eu já sou casado com você. — Ele falou tirando os próprios sapatos e eu ri.
— Tem toda razão.
Ele pegou meu pé delicadamente e colocou sobre a sua perna, ele tirou o meu sapato e depois repetiu o mesmo processo com o outro pé.
— Ainda não entendi. — Eu falei e ele se levantou.
— Antes de você ganhar os bebês e se machucar, você vinha aqui atrás, tirava os sapatos e andava pela grama depois que ela era regada, as três da manhã. Você não podia sair de casa então agora eu estou te trazendo aqui. — Ele falou me levando mais para o meio do quintal.
— Como sabe disso? Você ficava me espiando? — Eu perguntei.
— As vezes.
— Mas ainda não são três da manhã. — Eu disse.
— Ainda não.
Não deu nem 5 segundos. Os regadores automáticos começaram a jogar água para cima me assustando e me molhando inteira.
Comecei a rir junto com Elvis que se aproximou de mim e perguntou:
— Quer dançar Little Cat?
— Não vejo o porque não. — Falei — Mas eu tenho uma condição...
— Eu já sei qual é. E eu deixo.
Sorri ao ouvi-lo dizer isso, me segurei em seus ombros e posicionei meus pés descalços em cima dos dele.
Suas mãos seguraram a minha cintura e nós apenas ficamos ali nos balançando de um lado para o outro enquanto a água caia sobre nós.
Quando a água desligou fomos até a piscina, não entramos, apenas ficamos sentados na borda com os pés na água.
— Obrigada por essa noite. — Eu falei olhando para o garoto encharcado ao meu lado e ele assentiu.
Não sei se foi o reflexo da piscina nos olhos dele, ou a camisa colada em seu corpo, ou tudo que ele havia feito por mim que me levaram a beijá-lo, mas aconteceu.
Eu praticamente o agarrei pelos cabelos e quem nos visse nesse momento teria a certeza que a gente queria engolir um ao outro. Sem exagero.
Mas eu parei de beijá-lo ao sentir uma dor aguda na cabeça. Era como se eu botão tivesse ligado no meu cérebro e eu falei:
— Eu me lembro.
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Pretty Woman - Elvis Presley
RomanceA história de Pretty Woman se concentra na prostituta de Memphis e de pouca sorte Grace Toof que acaba grávida de um famoso cantor, Elvis Presley, para que a reputação de ambos não se torne alvo dos sensacionalistas eles decidem se casar, e a relaçã...