Juntos!

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— Como está se sentindo? — Perguntei e ele finalmente me olhou.

— Com certeza não estou nos meus melhores dias. — Ele riu sem humor. — Minha cabeça está doendo um pouco mas nada além disso. Pelo menos por enquanto. Eu sei que vai piorar.

Eu desviei o olhar por alguns segundo para recuperar minhas forças e poder dizer da maneira mais convincente possível: "vai ficar tudo bem!"

Mesmo sabendo que não é tão fácil assim. Temos muito chão pela frente e não vai ficar mais fácil. Eu sei disso. E ele também. Mas é um sacrifício necessário. Pela Lisa. Pelo Jesse. E quem sabe até mesmo por mim. Nem que fosse pouco.

— Mas eu estou aqui para você. Sempre, pode contar comigo. — Comecei. — Vamos passar por isso juntos, por essas duas criaturinhas que nós dois fizemos juntos, e que agora vamos criá-los juntos entendeu? — Perguntei segurando os ombros dele.

— O que seria de mim sem você?

— Quer que eu diga?

— Não. Muito obrigado, estou bem assim. — Ele falou e eu ri baixinho para não acordar os bebês.

Acho que nós fizemos as pazes já que ele me beijou, um beijo lento e de certa forma apaixonado. Ele me puxou para o seu colo, coloquei uma perna em cada lado dele sem parar o beijo em nenhum momento. Minhas mãos subiram de seu pescoço para a sua nuca e meus dedos se enfiaram entre os fios de cabelos negros.

As mãos dele na minha cintura deslizaram lentamente pelo meu quadril e desceram para as minhas coxas.

Levada pelo calor do momento comecei a me mover lentamente no colo do Elvis que gemeu baixo contra os meus lábios.

— Acho... acho melhor pararmos por aqui. — Falei entre beijos.

— Tem razão... não precisamos de mais um bebê por enquanto... acho que dois já são o suficiente para agora. — Ele falou e eu parei de beijá-lo.

— Elvis, porque seu pai estava aqui? Pensei que ele já tivesse se mudado com a Davada.

— Ele se mudou, mas veio pegar algumas coisas no escritório. — Ele explicou e eu assenti. Após alguns segundos de silêncio ele perguntou. — Você está bem?

— Pode ser um pouco mais específico?

— Depois que ganhou os bebês, você ficou bem? Não tem dores ou algo assim?

— Eu estou muito bem, obrigada por perguntar. — Respondi rindo e beijando lhe na ponta do nariz.

Elvis desamarrou o meu roupão e o jogou em um canto do quarto, quando começou a tirar a minha camisola eu segurei suas mãos.

— Elvis eu... eu não estou muito... — Suspirei sem saber ao certo como dizer e ele franziu o cenho. — As únicas coisas que eu ganhei após a gravidez foram estrias, alguns quilos a mais e peitos sensíveis demais.

— Little Cat, quando eu casei com você nós prometemos um ao outro que seria na alegria ou na tristeza, com estrias ou sem estrias, acima do peso ou abaixo, com peitos sensíveis ou não. Eu não me casei pela sua aparência Grace, eu me casei por que você é a mãe dos meus filhos e eu aprendi a te amar. O fato de você ser a garota mais linda e sexy da terra é apenas um bônus. — Ele falou e eu sorri para não chorar.

— O que eu fiz para merecer você? — Perguntei e ele deu de ombros antes de selar nossos lábios em um celinho demorado.

— Posso? — Ele perguntou e eu assenti.

Elvis tirou a minha camisola e sorriu enquanto admirava o meu corpo, suas mãos deslizaram pela lateral das minhas coxas subindo pela minha cintura e depois pararam nas minhas costas.

— Você é linda. — Ele falou enquanto distribuía beijos molhados por todo o meu pescoço. — Muito linda. A mulher mais linda do mundo.

— Desse jeito você está me mimando Elvis. — Eu disse rindo.

— Você é a minha garota preferida, me deixe mimar você, só um pouquinho, enquanto a gente ainda pode. — Ele falou acariciando a minha bochecha.

— Hoje não. Já está tarde demais e precisamos dormir, sem contar que não podemos fazer barulho, as crianças estão dormindo. — Falei saindo do colo dele e me deitando no meu lugar.

— Você vai me recompensar por isso? — Ele perguntou se deitando de frente para mim.

— Claro que vou. Amanhã. — Falei me aproximando dele. — E depois de amanhã, e depois de amanhã, e depois de amanhã.

— Eu gostei disso. — Ele disse abraçando a minha cintura. — Gostei mesmo disso.

— Que bom, agora durma bem e boa noite. — Falei dando um beijo em sua testa.

— Boa noite Little Cat.

Que bom se fosse tão fácil assim. No meio da noite me mechi na cama e senti falta do meu marido. Olhei em volta naquela escuridão e não o vi. A luz do banheiro estava acessa, caminhei nas pontas dos pés até lá e quando cheguei perto da porta entre aberta levei um susto ao ouvir uma tosse alta e continua.

Abri a porta e meu coração doeu ao ver aquela cena deplorável, ele estava sentado no chão abraçando os próprios joelhos e pela pia e pelo vaso sanitário estava uma mistura de vômito com sangue.

Fechei a porta atrás de mim e fui até ele, que só me viu quando o puxei para um abraço.

— Você... você não pode... Grace, não pode me ver assim... — Ele falou chorando.

— Não foi você que disse que prometemos um ao outro que seria na alegria ou na tristeza? Elvis seu eu não cuidar de você e você não cuidar de mim, ninguém mais vai poder fazer nada! — Eu falei segurando o rosto dele para que me olhasse mas ele sempre desviava. — Olhe para mim, olhe nos meus olhos. — Falei firmemente e assim ele fez. — Eu vou cuidar de você. O que eu disse para você hoje mais cedo?

— Vamos passar por isso juntos. — Ele sussurrou.

— Exatamente. Juntos. Nós dois. — Eu falei me levantando. — Agora eu vou te dar um banho e nós vamos voltar para a cama e dormir está bem? Você precisa descansar.

Ajudei ele a se levantar e deixei a banheira enchendo enquanto eu o despi. Ele entrou na banheira e eu comecei a esfregar delicadamente os seus ombros.

— Isso é bom. — Ele falou com os olhos fechados. — Seria melhor ainda se você estivesse na banheira comigo.

— Elvis eu não acho que você esteja em condições de flertar. — Eu falei tentando não chorar na frente dele.

Ele acariciou a minha bochecha e eu fechei os olhos com o seu carinho.

— Eu te amo. — Ele sussurrou.

Pretty Woman - Elvis PresleyOnde histórias criam vida. Descubra agora