Capítulo 1

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Me pergunto como eu vim parar aqui: no quarto principal de uma casa de luxo particular como garota de programa. Não se engane, eu não estou aqui porque quero.

Em um dia eu estava indo pra casa após o trabalho, disfarçada como sempre. Meu cabelo prateado e olhos cinzas, olhos esses que alternam com frequência entre verde e azul, chamavam muita atenção entre os habitantes deste planeta.

Então eu havia pintado meu cabelo de preto e usava lentes castanhas, coisa que não adiantou muito pois em contato com meus olhos elas ficavam vermelhas.

Descobri que aqui eles tem seres fictícios parecidos aos habitantes do meu planeta mas nada muito igual, mesmo assim, lembrava bastante. Ninfas, elfos e fadas, coisas assim.

Cheguei aqui há um ano, como cheguei? Por acidente dos meus sequestradores, a nave deles quebrou enquanto fugiam com as vítimas dos seus sequestros, eu era uma delas, mas não se engane, eles não sequestraram apenas no meu planeta, eles faziam isso em diversos e levavam à um lugar até hoje desconhecido.

....

Uma das cápsulas que eu estava foi lançada aqui e eu pude ver enquanto era arremessada a nave explodindo, se alguém sobreviveu além de mim, eu não sei.

Cai no deserto, quase morri asfixiada até meu corpo se adaptar à Terra, o ar, a temperatura, os sons, era tudo muito mais leve.

Coisas que eu precisava em abundância: aqui eu não tinha.

Ah, e o Sol, desgraçado! Demorei meses pra conseguir sair daquela caverna graças ao maldito Sol.

Bom, eu estou amaldiçoando o mesmo, mas são pelas mágoas passadas, hoje em dia nos damos bem.

Três vezes mais fraca, é como a Terra me deixa.

Quando vi os humanos que transitavam pelo deserto, notei que tínhamos muitas semelhanças, eu escutava conversas.

As vezes conseguia pegar livros deixados ali por seus meios de transporte não conseguirem mais suportar tanto peso, portanto, tinha que abandonar parte da bagagem, isso foi essencial pra eu conseguir me estabelecer ali.

Eu podia comer cactos, acredite ou não, quase morri, as toxinas era muitas, mas era isso ou morrer de fome.

Nenhum animal dava as caras por ali, acredito que me sentiam, eu não iria caça-los, não mataria animal nenhum.  No meu planeta, eram diferentes dos daqui, mas eram vistos como companheiros.

"Ah, e o quê vocês comem?" Plantas e coisas do tipo.

"Então por quê os animais não se aproximam?" Pois minha alimentação não muda o instinto deles, eu não era uma amiga para eles, eu era mais um grande perigo que os deixava alerta.

Bom, eu consegui aprender tudo necessário para me misturar entre os humanos, mas seguia sendo destaque.

Pedi carona a um homem assim que consegui juntar dinheiro suficiente para comprar tinta preta de cabelo, coisa que descobri que meu cabelo absorve e anula os efeitos da mesma em uma semana.

Ele foi gentil, era um senhor, estava indo para o aeroporto.

Eu tinha dinheiro o sufiente pra pagar a passagem para a cidade Metropolis.

Pelo que consegui estudar sobre, possuía habitantes o suficiente pra eu não ser uma nova moradora como eu deduzi que provavelmente aconteceria em uma pequena cidade com poucos habitantes.

As cidades no deserto tinham muitas bibliotecas, eu me aproveitei disso.

Por onde eu passava recebia olhares estranhos tanto de mulheres como de homens, me sentia incomoda.

Superman... - Ah, e põe "super" nisso, e...caramba! Muito "man" mesmo, uau...Onde histórias criam vida. Descubra agora