Capítulo 7

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Sentindo uma dor terrível nas costas eu abro os olhos, eu estava de bruços e assim que recobro meus sentidos vejo algo brilhante por cima dos meus ombros.

Tento me sentar e enquanto fazia o procedimento para: eu me sento completamente arqueada quando sinto uma parte de mim encolher e minhas costas arderem.

Olho por cima dos ombros vendo nada menos nada mais que asas, lindas asas cristalinas, uma das coisas mais lindas que eu já vi estava bem ali, nas minhas costas.

Arregalei os olhos, eram enormes.

As admirando, sinto e vejo elas se estenderem para o alto, de acordo à minha vontade.

— Magníficas...- A voz rouca e suave soa me assustando e de repente as aladas em minhas costas são diferentes, afiadas e duras, prontas para defender ou atacar.

Olho surpresa para Clark e ele parecia tanto quanto eu, assim que meu susto passa as asas voltam a ser penas reais.

— O quê aconteceu comigo? - Pergunto confusa e olho pro meu corpo notando que não estou usando nada além de uma cueca.

— E por quê estou assim? - Pergunto séria e sinto minhas asas darem uma leve chacoalhada.

— Eu vi todo o processo delas brotando, te deixei na água quente pois supus que aliviaria a dor e evitaria encharcar tudo de sangue, tirei apenas sua calça, a blusa você mesma tirou antes, aliás.- Diz calmo me olhando com os braços cruzados desde a passagem da porta aonde ele estava escorado.

Seus olhos não ousaram descer até meus seios.

— Entendo, como elas...saíram?Ah, me dê uma blusa. - Pergunto puxando o lençol lençol me cobrindo e meu pedido saiu como uma ordem, não me importei.

— Foi da maneira em que ficaram quando você estava em alerta, estavam parecendo diamantes, e a coisa mais indestrutível que acredito ter visto na minha vida. Elas pareciam apenas estar saindo das suas costas, cortando tudo pra isso.- O Kent diz enquanto estava de costas pra mim mexendo no seu guarda roupas.

Logo uma blusa é arremessada em cima das minhas coxas.

— Vire. - Mando e ele o faz sem questionar, passo o blusão preto por minha cabeça e então quando chega nas minhas costas simplesmente não passa quando a sinto roçar nas minhas asas, uma das sensações mais loucas que já senti na minha vida.

Um gritinho me escapa quando sinto um espasmo se espalhar desde a base das asas aonde a blusa roçou até minha cabeça e pés. Me sinto arrepiar por completo e se eu tivesse pelos como a maioria dos seres: eu estaria como um porco-espinho.

— O quê foi isso? - Kent perguntou se aproximando preocupado, suas mãos erguidas em minha direção sem saber o que fazer ou onde tocar.

— Não pode encostar nelas. - Me refiro a blusa que eu já havia jogado do outro lado da cama.

— Por que? - Pergunta curioso mas já se dirigia até o guarda-roupas novamente.

— Não é da sua conta. Só não deve encostar! - Digo emburrada o que soou muito rude.

— Me...desculpe. Não pode tocar pois são extremamente sensíveis. - Digo resignada tentando concertar minha forma de falar.

Escuto uma risada nasalada e logo vejo duas espécies de lazer cortando as costas de um casaco de moletom branco de capuz.

Ele vem até mim com calma, eu abraçava meus seios tentando cobri-los ainda sentada sobre a cama com as asas recolhidas perto do meu corpo.

— Estenda-as. - Diz calmo e educado, firme, sem comentar nada sobre minhas desculpas ou a informação que lhe dei.

Superman... - Ah, e põe "super" nisso, e...caramba! Muito "man" mesmo, uau...Onde histórias criam vida. Descubra agora