"As pessoas dizem qualquer coisa quando estão com raiva, cabe a nós dar ouvidos ou não."
– A Bela e a Fera.Mais uma das mil frases que passavam em forma de raciocínio na cabeça de Jimin e o fazia questionar sobre situações em sua vida. Mais uma das frases que ele colocava como exemplo sua vivência para somente então, definir se aquela frase era uma mentira ou não.
Aquela era.
Nunca, jamais, deveria caber a nós decidirmos o que fazer com as palavras impulsivas e horripilantes de outra pessoa. Não deveria caber a nós lidarmos com as frustrações ou dor do outro. Não é somente porque alguém sente dor, que automaticamente ele tem passe livre para descontar suas raivas em outros seres humanos que sentem as mesmas coisas que ele. Sentir dor não significa que o outro tenha que sentir também. Sentir dor significa que você é humano, que você vivenciou, que você está vivo, que você está aprendendo, que você continua caminhando. Isso não é culpa de ninguém.
Deveria caber ao outro lidar com seu coração amargo, sem amargar a alma de outra pessoa.
Porém, como descobriremos se algo que nos foi dito foi realmente vindo de um coração ruim? Como Park Jimin poderia descobrir aquilo sendo que maldades de uma alma amarga lhe foram ditas durante toda sua vida, fantasiadas de uma falsa preocupação e compaixão?
Jimin odiava não ter respostas para seus próprios raciocínios, odiava se sentir incapaz de concluir um pensamento simples. Odiava o branco, o vazio, o eco que sua mente fazia quando sua linha de questionamentos ia longe demais. Mas, principalmente, odiava quando para suprir esse vazio, ele tinha a vontade imensa de perguntar aos seus avós sobre esse assunto, e assim todo o ciclo se iniciava novamente.
– Park Jimin. - O garoto foi chamado pela sua orientadora, fazendo com que o menino fosse arrancado dos devaneios que ele tinha enquanto encarava aquela frase do livro, o livro do tal qual ele já havia parado de ler a muito tempo, tentando entender a bagunça dentro de si. Tentando entender o porquê aquela bagunça estava ali.
O loiro já estava sentado em uma cadeira de plástico completamente desconfortável á um tempo. Antes, Lalisa Manoban estava ao seu lado também esperando para ser atendida pela orientadora, o que fez com que o loiro sentisse calafrios internos e externos, lembrando-se da mentira que criou.
De qualquer forma ele sabia que ainda teria aquela presença ao seu lado por um bom tempo, já que eles estavam competindo um com o outro por uma única vaga. Inclusive, eles estavam juntos naquela sala de espera exatamente pelo mesmo motivo.
A alguns dias atrás o loiro concluiu o artigo e então decidiu que ele precisava de uma segunda opinião, fazendo com que ele entregasse para sua orientadora. Até porque ela estava encarregada em auxiliar os alunos naquela pressão de último ano, ainda mais Jimin e Lisa que estavam competindo e iriam competir um com o outro o ano inteiro por uma vaga.
No entanto, para seu azar, Lisa havia tido a mesma ideia de ter a opinião da senhorita Jeong e ocupava o mesmo local que Jimin se fazia presente. Eles estavam no mesmo ambiente a no máximo dez minutos, mas se pareciam dez décadas para Jimin. Ele estava tão afobado com aquela presença, que quase agradeceu aos céus quando a de franja foi chamada antes dele. Park pode até jurar que o local havia até ficado maior sem aquela ao seu lado.
Porém, os minutos de paz foram tirados de si quando foi chamado para dentro daquela sala também, após Lisa ter saído.
Ao se levantar, ele quase deu de frente com a Manoban que precisava passar em frente as cadeiras para se dirigir até a porta. Estranhou quando a citada permaneceu em sua frente mesmo quando o menino tentou passar por ela, com um sorriso e uma expressão que Jimin não tinha certeza do que queria dizer.
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For Deserving.
Fiksi Penggemar[EM ANDAMENTO] [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA.] Crescer sem saber quem é se torna difícil para todos que conhecem outras pessoas com personalidades fortes e determinadas. Como previsto nessa fase da vida, a sensação de deslocação percorreu por P...