Capítulo_17

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Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos!

Boa leitura a todos!

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Levei dez segundos inteiros para acreditar que ele estava falando sério.

— Você está falando sério? — acusei totalmente chocado.

— Por que motivo eu brincaria com uma coisa dessas, Jung? —  agora ele estava zangado — E não fuja do assunto!

— Assunto? Que assunto? —  gargalhei, a situação era tão sem sentido que chegava a ser ironicamente engraçada.

— Do que você está rindo? —  a mão dele alcançou a minha, apertando-a.

— Do que você está falando? — respondi no mesmo tom ríspido que ele usou.

— Eu já pedi para você parar de fugir do assunto. Por que você estava flertando com meu primo?

— Flertando com o seu primo? De onde você tirou isso?

— Eu vi vocês dois! Amor, eu estive lhe procurando — fez uma infame imitação de Mingi.

— Ele estava me ajudando a sair de um pequeno problema.

— Sei.

O tom irônico com que ele disse aquela pequena palavra teve o poder de me irritar de verdade.

—Você bebeu Choi ? — soltei minha mão.

— O quê?

— Eu perguntei se você ingeriu algum líquido alcoólico.—  falei bem devagar, irritando-o propositalmente — Porque essa é a única explicação plausível para nós estarmos tendo essa conversa absurdamente ridícula.

Ele estava agindo como um namorado ciumento. Eu me dividia em feliz por ele estar com ciúmes e bravo por ele desconfiar de mim.

— Ridícula? Você é que vem agindo como ridículo!

Agora eu estava totalmente bravo. E com raiva. Com muita raiva.

— O que você disse?

— Em um momento você decide me ajudar e no seguinte, tenta sabotar tudo? Por que não disse não de uma vez? — começou a andar de um lado para o outro passando a mão pelos cabelos, o que eu reconheci como um gesto tipicamente de San demonstrar descontentamento e nervosismo. — Você não vai ao nosso jogo, você flerta com meu primo no cinema, você flerta com meu primo em uma festa onde toda minha família está presente. Não é mais fácil ir até eles e contar de uma vez que é tudo mentira? Pouparia esforços desnecessários de sua parte.

Meu queixo caiu. Então era isso. Eu deveria ter desconfiado desde o principio.

Todas essas atitudes era medo de ser descoberto, não ciúme.

— Eu nunca ouvi uma besteira tão grande em uma respiração só, Choi. —  ergui meus braços, meu tom beirando a histeria — Como você disse, eu estou lhe fazendo um favor.—  falei ríspido — Se quisesse pôr um fim a tudo isso, não usaria qualquer tipo de desculpa. Eu não sou tão imoral assim. Por isso acho bom você se controlar porque não tem qualquer tipo de direito sobre mim. Nós temos um acordo, eu dei minha palavra e vou cumpri-la.

Engoli em seco. E só agora percebi que estava tremendo.

— Então não há necessidade de você sair por aí batendo no peito e grunhindo como um homem das cavernas. Ainda mais quando não tem ninguém vendo, não é?— sorri cínico — Não precisa agir como um namorado ciumento.

A última parte foi totalmente carregada de ironia, mas isso doeu mais em mim do que poderia tê-lo atingido. Doia saber que nunca passaria de ironia, que ele nunca seria meu namorado e que nunca sentiria ciúmes de mim.

— Wooyoung…— seu tom continha um aviso.

— Oh! Talvez seja uma estratégia! Talvez você esteja usando desculpas. Você quer arrumar um motivo para nós terminarmos — fiz aspas com os dedos.

Eu soava maluco aos meus próprios ouvidos, mesmo assim não conseguia parar.

— Ora! Você não precisava de todo esses esforços desnecessários.— fiz questão de usar o mesmo termo que ele usou — Era só ter me falado. Quer uma cena grande com lágrimas e tudo que temos direito? Ou prefere um rompimento clichê do tipo não é você, sou eu?

— Wooyoung...

— Ou nós podemos terminar agora mesmo! Poupar tempo! Nós...

San se moveu tão rápido que eu nem vi o ataque chegando. Em um momento ele estava na minha frente, no seguinte ele estava colado a mim, prendendo-me em seu carro. Uma mão segurava minha cintura, a outra estava em minha nuca.

Ele estava perto, muito perto.

— Chega — falou baixo.

Tive a impressão de que ele se referia a algo além da conversa. Porém meus pensamentos, no momento, não tinham muito crédito, pois meu cérebro virou mingau no segundo em que o hálito de menta bateu em meus lábios.

— Chega —  repetiu, um pouco mais alto que um sussurro. Então, ele abaixou a cabeça e seus lábios encostaram-se aos meus. Não foi suave e calmo como na outra vez.

Dessa vez foi San quem tomou o controle. Ele mordiscou meu lábio inferior a fim de que eu abrisse a boca e saísse do estado congelado em que me encontrava.

Queria poder dizer que fui forte e não me deixei levar. Queria poder dizer que me lembrei das acusações absurdas que ele me fez, por isso o empurrei e o deixei sozinho no estacionamento, saindo com a cabeça erguida e a dignidade intacta.

Não preciso nem mencionar o quanto essa vontade foi inútil. Não fiz o que eu queria. Melhor, não fiz o que minha razão queria que eu fizesse. Porém fiz exatamente o que meu coração minado clamava: apertei os lábios e correspondi ao beijo.

Nossas línguas duelavam, fazendo uma gama de sensações e reações atingirem meu sistema nervoso. Sentindo meu coração disparar e minhas mãos se moveram quase que de maneira automática, pousando nos ombros fortes dele. Seus braços eram barras de ferro ao meu redor, me abraçando de maneira firme, mas sem machucar. Eu me senti seguro ali. Eu me sentia em casa.

Ele mudou o ângulo, aprofundando o beijo e eu senti que flutuava em um sonho doce onde à única coisa real e importante era San. Senti meus pulmões implorarem clemência, mas eu não sairia de lá por nada no mundo...

Uma falsa tosse interrompeu meus pensamentos e nosso beijo. San virou a cabeça e eu imitei sua ação. Parada a poucos metros de nós, senhora Choi sustentava um sorriso satisfeito.

— Queridos, nós estávamos procurando vocês. Shownu vai fazer o discurso em dez minutos e gostaria que todos nós estivéssemos lá para apoiá-lo. Vejo vocês lá dentro em dois minutos.— dizendo isso, caminhou de volta ao prédio.

Senti minha garganta secar, para logo em seguida formar um bolo horroroso que quase me impedia de respirar.

Empurrei-o para longe, saindo de seus braços. 

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𝗢𝗯𝘀𝗲𝘀𝘀𝗮̃𝗼_𝗪𝗼𝗼𝘀𝗮𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora