Em primeiro momento não entrei em pânico, mais ao ver a reação de Tristan comecei a entrar em desespero. Os homens olhavam de um lado para outro a procura de alguém , ainda não tinham nos vistos. Tristan pegou minha mão e fez sinal de silêncio para mim. Ele me deixou num canto escondido, onde dava para mim ver os homens, porém eles não me viam. Ele tirou algo de trás de sua calça que provavelmente era uma arma. Como eu não sabia que ele estava com uma antes ?
Tristan colocou o capuz de sua blusa e deu o primeiro tiro que acertou em cheio um dos homens que caiu morto no chão.
Ele deus mais alguns tiros e foi pra cima deles. Ele lutava bem. Mesmo apavorada eu tinha que reconhecer isso. Fechei os olhos quanto mais tiros foram soltos. Alguns segundos, ou minutos, não sei ao certo, se passaram e alguém me puxou pela mão. Meu coração parou e comecei a recuar até que abri os olhos e vi que era Tristan, ele não falou nada apenas começou a andar rápido me puxando com ele. Vários corpos caídos no chão, alguns estavam realmente mortos, outros desmaiados, tinha uns que estavam com os olhos abertos mais não conseguiam se mover. Quando parei perto de um o reconheci. O cara de preto que queria me atacar no dia da festa, o cara que eu vi na escola uma vez... Eles estavam atrás de mim?
Subimos na moto o mais rápido possível e saímos em alta velocidade, não sei para onde.
Apertei bem a cintura de Tristan e coloquei meu rosto contra suas costas, não sei ao certo quando tempo fiquei em estado de choque depois que vi aquela cena e nem sei porque não conseguia lidar bem com aquilo já vi meus irmãos entrarem em várias brigas, bem eu nunca vi alguém disparar uma arma sem nem ao menos dizer uma palavra... Deve ser por isso.
Meus olhos estavam fechados quando senti a velocidade diminuir então os abri, olhei em volta quando Tristan entrava em uma rua com prédios que pareciam abandonados. A moto parou e Tristan ficou rígido, havia esquecido que estava segurando Tristan com força e o soltei rapidamente com o rosto vermelho imaginava, ainda bem que eu estava de capacete quando ele se virou e o tirou de mim.
Estávamos ambos em silêncio quando ele o quebrou. Ele estendeu a mão.
- Vamos. Aqui dentro você estará segura.- Disse.
Ra até porque entrando em um prédio abandonado todo caindo aos pedaços seria o lugar mais seguro no momento.
No momento em que coloco os pés dentro no prédio vi que era um depósito bem antigo mais com móveis bem novos, uma TV grande no canto da parede e um sofá, uma cama na lateral na um tapete no chão. Deixei de ficar olhando o lugar e logo queria respostas.
Olhei para Tristan que me levou até seu sofá mais não tinha nenhum motivo para sentar e fiquei em pé esperando ele falar, o meu medo era que no momento em que abrisse a boca coisas ruins aconteceriam.
E foi o que aconteceu.
- Você está bem?- ele perguntou quando me olhava esperando que eu chorasse ou pirasse em algum momento. Se eu abrisse a boca talvez aconteceria.
Então balancei a cabeça.
Tristan suspirou.- Não parece bem mais tudo bem, Olhe Eu não sou o tipo de homem que você tem que ficar com medo. A gente pior que eu, acredite.- ele declarou. Continuou a me olhar esperando qualquer reação que poderia ter mas eu não sabia o que dizer, as palavras sumiram, e minha voz também.
Respirei fundo e abaixei a cabeça para evitar olhar pra Tristan quando murmurei:
- Preciso de Kenny - essas foram as únicas palavras que escaparam da minha boca. talvez meu cociente sabia que meu único conforto seria meu melhor amigo.
Estava olhando para minhas mãos quando senti seu olhar em mim. Tristan levantou e andou em minha direção.
Sua mão grande e forte veio ao meu encontro e encolhi, depois relaxei quando ele colocou os dedos no meu queixo e o levantou lentamente, ele me tocou como se eu fosse quebrar e apreciei isso. Porque talvez no final de contas eu quebrasse mesmo. Então olhei em seus olhos e esperei.
-Lanna -sussurrou.- Você vai ter tudo que quiser se eu puder dar.
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Cruel Reality
RomanceSinopse: Alanna Ambriel é uma colegial dona de uma personalidade que deixa todos ao seu redor de boca aberta. Ela vive uma vida aparentemente perfeita, com país ricos que se amam e os irmãos mais fiéis e gatos que alguém gostaria de ter. Após a mort...