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Após se arrastar de volta ao quarto, a moça recolocou a corrente ao redor do tornozelo. No desespero para salvar o filho que trouxe sozinha ao mundo, ela torcerá o próprio pé para se libertar.

A seguir, lutando contra dor, levará-o ao palácio real, ali o menino estaria seguro, tinha certeza.

Naquela altura, o rei já deve ter esquecido dela e, distraído como era, nem se preocuparia em fazer as contas. O menino acabaria no orfanato do reino. Abandonado, mas vivendo.

Quando a moça, restava-lhe acreditar que o Han jamais descobriria suas roupas sujas de placenta e de sangue do parto, que esconderá atrás da tapeçaria.

Desde que ameaça de morte, ele não entrará mais no quarto. Isso permitirá que a moça estivesse uma gravidez sem sobressaltos, apesar do Medo crescente.

Se o Han descobrisse sobre o bebê, iria matá-lo a irmã não duvidaria disso. Seria um herdeiro a menos. Além disso, nunca aceitaria se ela lhe contasse quem era o pai.

E depois, com muita sorte... Se o Jisung não encontrasse o túnel, se a moça conseguisse lidar com a torção que não sabia como tratar... Talvez pudesse sair de vez em quando furtivamente, para visitar o filho no orfanato.

Essa era a esperança que a mantinha viva. E a única, pois havia muito desistirá de conhecer a liberdade. Como único homem da família, o Jisung tinha pleno poder contra a irmã. Era costume. Se tentasse fugir, ele cumpriria a promessa de matá-la

[...]

O Jisung ficou muito contente com a visita do rei, que sem convite apareceu para jantar. Recebeu-o na porta e, sorridente, conduziu-o ao salão, onde mandou que os criados lhes servissem a melhor das refeições.

Jantaram, puseram a conversa em dia. O rei caiu na gargalhada com as piadas que só o Han sabia contar também. Lá pelas tantas, o soberano perguntou:

— Outro dia, no Jardim, reparei que uma das janelas do seu palácio está fechada com tábuas. E Fiquei me perguntando qual seria o motivo...

— Ah, majestade. —disse o Jisung, fingindo algum pensar. — Aquele era o quarto da minha irmãzinha Caçula. Lembre-se dela?

— Na verdade, não. —o rei respondi.

— Ela morreu dias após o falecimento dos meus pais naquele trágico acidente de carruagem. Tão criança ainda... Uma pena.

— Morreu de quê?

— Uma doença no pulmão ponto era muito frágil, a pobrezinha. —se fez te vítima.

— E por que a janela está trancada?

— O quarto está fechado até hoje. Nunca mais tive coragem de entrar lá.

— Faz muito tempo, não?

— Faz sim.

— Quanto tempo?

— Dez anos.

— Se estivesse viva, quantos anos sua irmã teria?

— 25 anos. Seria uma moça.

Encheram suas taças de vinho e brindaram à memória dos parentes falecidos. O rei elogiou a bebida, perguntou se poderia visitar a adega. Envaidecido, o Han disse que seria uma honra mostrá-lo o local.

Deixaram o salão, o Han indo à frente, discorrendo sobre vinhos e exibindo seu conhecimento sobre o assunto. Na porta da Adega, virou-se para o rei e, espantado, contratou que estava sozinho.

𝙊 𝙍𝙚𝙞 𝘾𝙝𝙧𝙞𝙨𝙩𝙤𝙥𝙝𝙚𝙧• 𝘉𝘢𝘯𝘨 𝘊𝘩𝘢𝘯 (𝘚𝘵𝘳𝘢𝘺 𝘒𝘪𝘥𝘴)Onde histórias criam vida. Descubra agora