Um Presente do Acaso

Meu mundo, seu mundo

Hi, my loves! Espero que vocês estejam muitooo bem. Desculpem pelo sumiço, é que estou trabalhando num projeto bem maior e que eu não imaginava poder trabalhar com ele, e também estou morrendo de vontade de contar pra vocês!
E eu vou, em breve. Eu prometo!

[...]

— Não vai mesmo me dizer pra onde está me levando, P'Great? — Chon perguntou enquanto tinha seus olhos tapados pelas mãos de Great e o mesmo o guiava por algumas escadas. Ele podia sentir o vento frio bater em seu rosto e arrepiar sua nuca. Era um lugar alto, pois ventava e os ventos uivavam. O farfalhar das folhas soavam a medida que as árvores balançavam e Chon tentava identificar qual era o lugar, mas foi inútil.

— Por que tão impaciente? Vamos chegar de qualquer maneira, por que não pode esperar para ver você mesmo? — Chon suspirou e sorriu ao perceber a frustração na voz de Great — Mais cedo você disse que queria descobrir meus limites, certo? Bom, eu trouxe você num lugar onde nenhuma outra pessoa pode vê-los, apenas você.

O trajeto parecia ter chegado ao fim, pois seus pés pararam de subir os degraus ou até mesmo de caminhar, até Chon ouvir o girar da chave numa maçaneta e ser guiado cuidadosamente para dentro — seu corpo aqueceu-se de imediato e Great tirou suas mãos dos olhos do baixinho.

— Você não me trouxe aqui... — começou, surpresa — P'Great! — Chon o encarou de novo e o viu sorrindo com suas reações. Seus olhos brilhavam e ele de fato podia sentir-se no céu. Minutos antes de chegar até o destino, Chon havia entrado num elevador junto a Great, um elevador que demorou pouco mais que o normal para chegar ao andar desejado, mas quando chegou, vieram os degraus.
A vista era deslumbrantemente inacreditável! O lugar onde estavam era o único cômodo do lugar, parecia uma bola, mas inteiramente de vidro, permitindo que quem estivesse dentro, visse as estrelas sem muitas nuvens ou poluição luminosa. O lugar era cercado por árvores verdes, arbustos podados, flores em suas mais diversas cores, e luzinhas brancas, parecia neve, mesmo havendo a neve natural. Através do vidro, Chon via as milhares de pequenas luzes no fundo do abismo.

— Estamos no topo do mundo — começou Great, tocando a cintura de Chon quando ele virou-se novamente —, eu sempre quis mostrar você para o mundo.

— Mas aqui não tem ninguém...

— Eu não me refiro as pessoas, eu me refiro ao mundo, o verdadeiro mundo. Mostrar você para os astros, para cada estrela do céu acima de nós e depois desse vidro. Queira mostrar você para os flocos de neve que caem unicamente todos os dias, eu quero apresentar-lhe a eles, pois só assim, cada um veria você pela primeira vez e de forma única também.

O vidro que os envolvia não enchia de neve no topo, havia um sistema quente que impedia a neve de acumular e manchar a parede invisível. O pequeno círculo tinha uma cama embutida no chão, com lençóis fofos e macios e travesseiros que afundavam seu rosto ao deita-lo neles. Great sentou-se e puxou Chon para juntar-se a ele no colchão. Ninguém os veria ali, ninguém atrapalharia a declaração mais linda que alguém poderia receber, Great se certificou disso.

[...]

— Espero que ele nos pague o dobro por isso — resmungou Ohm, batendo o queixo enquanto segurava um guarda-chuva —, e você, em? Por que abriu a boca?!

— Não enche, Ohm...

[...]

— Eu quero que cada momento que eu passe com você seja inesquecível. Quero te mostrar coisas novas, coisas que você nunca viu, tocou ou ouviu. Quero te mostrar o mar à noite ou num dia de chuva, quero que você o veja após uma ressaca, o quão calmo ele está. — Great falava cuidadosamente, contornando as linhas das mãos de Chon e encarando seus olhos brilhantes — Eu quero ser a pessoa pela qual você irá chamar quando tiver um dia ruim, quero ser o seu abraço conforto, sua zona segura em qualquer momento, e eu prometo ser, prometo não o deixar desamparado. Você é a minha vida — disse, beijando sua mão —, e eu pretendo te dar motivos para viver também...