Capítulo 5

187 21 11
                                    

Os quartos do castelo da Pomefiore eram cintilantes e cheios de detalhes dourados por toda a parte, eram considerados luxuosos e dignos de realeza. Para Evie era como se estivesse dentro de um conto de fadas em que era a princesa, passava a mão pelo tecido da cama e seus olhos brilhavam com encanto.

— Aqui é tudo tão lindo! – Evie estava agindo igual uma criança abrindo seus presentes de aniversário. Correu para o guarda roupa – Eu poderia lotar isso de roupas!

Vil, o líder do dormitório, observava satisfeito a garota se encantando com o belíssimo quarto que havia ganhado. Na visão dele, Evie tinha potencial para se tornar uma celebridade, não à altura dele, mas de nível satisfatório em pouco tempo. Ele faria o possível para manter sua convidada nos eixos até que ela consiga voltar para casa, a vigiaria igual vigia um certo calouro.

— Parece que você gostou!

— Eu amei! Obrigada! – Evie falou animada.

O líder pensava no que a sua hóspede poderia precisar. Ele já estava pensando nas dezenas de roupas e acessórios que a faria experimentar, e já tinha noção dos produtos de beleza que mandaria para o quarto, ela parecia que iria amar receber esse tratamento. Muito diferente do calouro que Vil constantemente perde a paciência.

— Mais tarde, mandarei o que será preciso para o dia a dia. – Vil deu um sorriso – Eu tenho uma boa experiência com roupas. Acredite, querida.

Evie estava com um sorriso que ia de uma ponta da orelha até a outra. O tratamento que havia recebido em Auradon era bom, havia ganhado um belo quarto para dividir, mas nada se comparava ao quarto de princesa que acabara de receber e o bônus de roupas e produtos.

— Muito obrigada!

Um barulho de porcelana cara se espatifando pedacinho por pedacinho pelo chão ecou pelos corredores. Alguém havia entrado de forma totalmente deselegante.

— O que foi isso?– Vil correu para a entrada do dormitório, o lugar de onde vinha o barulho. Logo um choro começou e um barulho de quem tentava acalmar estava se tornando uma versão violenta de música de dormir para crianças.

Evie foi atrás de Vil. Ela entrou em choque ao ver a cena. Havia um rapaz loiro, de cabelo cortado em um perfeito chanel, no chão segurando alguém que parecia uma pequena garotinha de rosto angelical e cabelo lilás que estava em lágrimas e um corte na mão.

— ROOK! O QUE ACONTECEU?– Vil perguntou com um tom de voz irritado. Para Evie, Vil era tão gentil que seria incapaz de falar assim mas logo se surpreendeu.

Rook olhou assustado, para Vil, parecia está mais com medo dele do que preocupado com a “garota” no chão.

— Roi du poison! Sua beleza está radiante hoje!– Rook elogiou Vil na tentativa de que ele não percebesse a criança no chão. Seus olhos foram para a garota ao lado.– Oh, não sabia que estávamos na presença de uma mademoiselle, principalmente uma de beleza tão agradável. – Rapidamente se levantou e foi em direção a Evie. – Prazer em conhecê-la. Caçador Rook Hunt e vice-líder ao seu dispor.

Evie em primeira vista o achou educado mas com um toque de estranheza.

— Prazer! – Evie falou meio nervosa, não conseguia tirar os olhos da pessoa no chão.

— Rook, querido, essa é Evie. Ela ficará conosco na Pomefiore por um tempo, depois te conto os detalhes…– Vil falou com um sorriso gentil no rosto. Um sorriso que logo se tornou uma cara irritada.– Agora me diga, o que aconteceu com o Epel?

Rook arregalou os olhos, havia poucas coisas que o caçador tinha medo e uma delas era sua rainha irritada com ele. Em geral, ter medo um certo medo de seu líder era um pré requisito dos estudantes da Pomefiore.

— Bom…Acontece que  o corpo de Monsieur Pommette é muito delicado para o arco e flecha. Acidentalmente deslocou o braço enquanto aprendia a atirar.

— E?

— Eu achei que seria melhor o carregar até a enfermaria… mas não esperava que um estudante da Savannaclaw dissesse “Eu gostaria de carregar Epel assim!”.

— Rook…

— Você sabe como é o espírito forte dele. Epel tentou puxar briga com um uma presa muito maior que ele, no fim ele levou um soco em seu precioso rostinho .– Rook lamentou.

— E por que ele está aqui e não na enfermaria?– Perguntou irritado.

— “ É muito vergonhoso ser carregado para a enfermeira por alguém assim!” e esbarramos naquele porcelanato. Epel feriu a mão.

Vil respirou fundo. Evie estava tentando entender a dinâmica que aqueles dois tinham, pareciam um casal discutindo o que havia acontecido com o filho. Vil foi para onde estava Epel.

— Epel? Eu vou te levar para enfermeira – Pegou Epel no colo assim como uma mãe faria.

Os olhos de Epel perceberam a garota que estava perto de Rook, ele não havia percebido que havia mais alguém alí. Seu corpo entrou em choque, isso significa que ele estava fazendo papel de garotinho fofo e delicado sendo carregado no colo pelo seu líder na frente de uma garota? Seu rosto ficou vermelho igual uma maçã de vergonha. A última que queria era que uma garota o visse assim, começou a se debater para ir para o chão.

— VIL, EU ESTOU BEM! ME COLOCA NO CHÃO! – começou a gritar. O líder havia percebido oque estava acontecendo e começou a rir. – Eu não preciso disso!

Epel se jogou no chão. Ele olhou com raiva para Vil.

—  O que foi? Está se sentindo melhor? Assim de repente? – Era quase possível ver o veneno saído da boca de Vil.

— Eu estou completando ótimo – Epel começou a força uma voz mais grossa. Se virou para Evie.– Meu nome é Epel Felmier!

Evie deu uma risada discreta. Aqueles três pareciam uma espécie de família, ela estava feliz que ficaria junto de pessoas…digamos que engraçadas assim. E em sua visão o Epel parecia adorável. Pomefiore era de fato o lugar ideal para Evie e ela se sentia muito bem acolhida.

Na Scarabia, um dormitório em formato de palácio no meio de um deserto, era estava sempre tão quente de uma forma que fazia os estudantes se sentirem bem. Com Jay não foi diferente mas para Carlos está como se estivesse em um forno. Aqueles dois foram recebidos por um enorme banquete que Kalim havia mandado para Jamil fazer e ganharam um quarto para dividir, Carlos ficou felizes em ter um quarto. Na vida ele só havia tido dois: um em Auradon e agora um na Scarabia.

No final do banquete Kalim estava insiste com a ideia de um voar com o tapete.

— Kalim, tantas pessoas no tapete pode ser perigoso! – Jamil alertou.

Carlos torcia para que Kalim escutasse Jamil, ele tinha um medo de voar em tapetes. Já Jay estava ao lado de Kalim. No fim, Kalim mudou misteriosamente de opinião, como se alguém o tivesse hipnotizado.

𝐕𝐢𝐥𝐥𝐚𝐢𝐧𝐬 - 𝐓𝐰𝐢𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐖𝐨𝐧𝐝𝐞𝐫𝐥𝐚𝐧𝐝 𝐱 𝐃𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐝𝐞𝐧𝐭𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora