Capítulo 7

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Ben estranhava a aparência do líder a sua frente, como alguém com orelhas de gato e uma cauda poderia lhe causar medo? Pela aparência concluiu que aquele em sua frente era Leona, segundo príncipe de um dos maiores reinos daquele mundo, Yuu o havia contado, sabia que ele havia motivo para reclamar do que havia acontecido, um dos seus estava em apuros.

— Eu sinto muito. Não era nossa intenção causar problemas...– Ben estava um tanto envergonhado. Olhou para Ruggie que estava catando os donuts no chão. Em Auradon, se sua comida caísse no chão, logo alguém iria vir limpar, nunca viu algum aluno cantando com a intenção de comer.

Leona suspirou, nada o irritava mais que um rei de postura fraca que não conseguia nem ao menos fazer que seus súditos não saiam por aí roubando a comida dos outros. Particularmente, seu ódio era principalmente por terem pego a comida de seu amigo e agora ele teria que catar do chão para comer.

— Pelo menos mostrem respeito ao vice-líder do Savannaclaw! Vamos Ruggie, eu te pago algo novo pra comer.

— Ok!– Ruggie concordou. Na mão dele estava uma carteira familiar para Jay. – Droga, não há que preste aqui...

Um silêncio se instalou entre eles. Ruggie havia pegado a carteira de Jay em algum momento e estava a vasculhar em busca de dinheiro, mas havia apenas encontrado notas sem valor naquele mundo. Não havia menor vergonha em mexer nos pertences de outra pessoa na cara dura.

— hãm? Por quê estão me olhando?– se fez de dissimulado perante a situação. Os olhos azuis da hiena se voltaram para o leão com cara de quem já havia desistido. – Ora, me defendeu porque quis. Não sou nenhum filhote indefeso. – Uma risada irritante começou.

— Você não tem jeito. – Leona fez uma cara de desaprovação para Ruggie e se virou novamente para Ben – Considero que estamos quites.

O café da manhã seguiu normalmente. Enfim era o horário das aulas, a primeira do dia para Mal, Evie e Carlos, de acordo com os horários que receberam, seria a aula de poções. Jay e Ben ganharam vagas na aula de história.

Seguiram para a sala de aula de poções do professor Crewel. Ouviram algumas coisas a respeito desse professor pelos corredores da escola. A primeira coisa: Ele tinha uma estranha mania de tratar seus alunos como cachorros e os punir se forem "maus filhotes", a Segunda e Terceira: Seu nome era Divus Crewel e era bom está bem vestido durante suas aulas a não ser que gostaria de receber um sermão sobre moda.

Havia um certo receio, de fato, já haviam tido professores malvados mas conhecer um, mais uma vez, sempre era de deixar qualquer criança com frio na barriga. Por sorte, quando chegaram, todos os lugares estavam vazios. Carlos resolveu ficar junto com os outros garotos e correr junto pelos corredores do castelo.

Mal sentia a necessidade de aproveitar o momento para contar a Evie sobre o acontecido estranho na noite anterior. Não eram todos os dias que quartos eram invadidos por estranhos que cantam canções de ninar assustadoras.

— Evie, preciso te contar uma coisa sobre ontem.– Mal falou em um tom sério.

— Claro, amiga! Também preciso te falar algumas coisas.

— Para começar, o líder do meu dormitório não parecia nada feliz com eu estar lá. E adivinha? Somos, tecnicamente, da mesma família.— Desabafou. A amiga olhava curiosa – E a maioria dos estudantes que eu conheci são estranhos...de madrugada entrou alguém cantando uma música assustadora.

Essa parte parecia mais interessante do que a do "O meu irmão não me dá atenção". Evie fez sinal para que continuasse a falar.

— Eu estou tendo que dividir o quarto com um garoto, que é tão sonolento que parece filho da Aurora, mas é gentil e escolheu dormir no chão. E quando eu acordo de madrugada, está alguém o cobrindo e cantando uma música de dormir. Foi assustador.

𝐕𝐢𝐥𝐥𝐚𝐢𝐧𝐬 - 𝐓𝐰𝐢𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐖𝐨𝐧𝐝𝐞𝐫𝐥𝐚𝐧𝐝 𝐱 𝐃𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐝𝐞𝐧𝐭𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora