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POV.Maraisa

Bruna e eu chegamos à delegacia o mais rápido possível.
Eu tava nervosa e com medo, mas eu tinha que fazer isso.
Olhei pra Bruna que tinha acabado de estacionar e perguntei.

Mara: vai dar certo né?-falo meio insegura.

Bru: é claro que vai! Não precisa ter medo maraisa..eu tô com vc tá bom?

Mara: tá..

Saímos do carro e entramos, e adivinha? Danilo estava saindo da sala do delegado algemado e segurado por dois policiais,puta merda eu dei de cara com ele.

Dani: ahh mais olha que surpresa! A vadiazinha chegou, vc demorou em!-ele dá risada debochando da minha cara- pelo visto vc conseguiu oque queria.

Mara: SEU DESGRAÇADO!! VC QUASE MATOU A MINHA FILHA SEU DEMÔNIO!-digo olhando nos olhos dele com raiva.

Bruna pega no meu braço com medo de que eu parta pra cima dele, minha vontade era essa mas não podia.

Mara: VOCÊ VAI APODRECER NA CADEIA DANILO! APODRECER!!

Dani: você que pensa..-ele diz enquanto os policiais levam ele.

Que raiva desse DIABO!
Sentei no banco e bruna tentou me acalmar, afinal, não poderia conversar com o delegado nesse estado.

O delegado abriu a porta, e me olhou.

Marcos: Carla Maraisa?-ele diz me olhando.

Mara: Sim sou eu- me levanto em seguida.

Marcos: me acompanhe por favor- diz abrindo a porta.

Bruna me olha com um olhar de confiança e eu acento com a cabeça, entro na sala e o  delegado fecha a porta.

Marcos: Sente-se por favor-ele aponta pra cadeira em frente a sua mesa e eu me sento.- me conte o seu caso.

Mara: bom, è.. eu..

Eu tava nervosa de mais! Como eu ia explicar uma coisa tão traumática?

Marcos: se acalme, vai no seu tempo- ele me olha com um olhar calmo e sereno.

Mara: tudo bem..-faço uma pausa e respiro- então, a 14 anos atrás, eu fui em uma balada com minha irmã, e lá encontrei Danilo, nunca tive boas convivências com o Danilo, mas vc sabe como são os fãs..nem todos apoiam nossas decisões..

Marcos: entendo..E oque aconteceu nessa balada?

Mara: ele me agarrou e me jogou dentro de um carro, colocou uma venda nos meus olhos, e me levou para um motel afastado da cidade.

Marcos: e que hotel era esse? Vc se lembra?

Mara: sim, quando eu fui embora, eu vi o nome na placa da recepção. O nome è "amores da noite"

Marcos: ok, prossiga.

Mara: dentro do carro ele me disse que se eu tentasse pedir ajuda ele me matava, então quando chegamos no hotel, eu ainda estava vendada, ele me empurrou até o quarto e trancou a porta..-meus olhos enchem de lágrimas ao lembrar disso tudo de novo- E-ele me jogou na cama, algemou os meus braços, e..-minha voz embarga.

Marcos: ele abusou de você?-ele diz meio com raiva, mas sem desmontar muito.

Mara: s-sim..ele me estrupou .., depois disso, eu não quis fazer a denúncia por medo, mas semanas depois descobri que estava grávida, eu decidi levar a gravidez adiante, e cuidar da minha filha.

Mara: mas assim que ela nasceu, quando eu tinha acabado de dar a luz, o médico que fez o meu parto, levou ela pra dentro de uma sala, minha pressão caiu e eu desmaiei, quando acordei eles disseram que a minha filha estava morta..foi o pior dia da minha vida!-digo derramando lágrimas.

Será vc meu pequeno amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora